Com a competitividade global entre corporações, a Tecnologia da Informação (TI) é o carro-chefe para obter representatividade no mercado. E é de suma importância, pois TI deve ser capaz de convergir as várias áreas da empresa e ser agente de cooperação entre elas.
Estes são os reais propósitos da área: ser integradora e capaz de gerar resultados. Neste sentido, vê-se claramente que TI não é modismo de mercado, e sim modelo de gestão para a sobrevivência das empresas.
Acontece que é sempre um trabalho árduo definir quais são os hardwares, softwares e servidores que representem as melhores alternativas para o molde organizacional, além de qual mão-de-obra utilizar para otimizar processos.
As propostas e projetos são intermináveis. Para que as consultorias se sobressaiam e conquistem novos clientes, é comum a utilização da publicidade e do marketing. A maioria das estratégias de marketing são justas, enfim, a conquista de clientes é o que nos mantém no mercado. Mas, o fundamental é saber se a empresa, de fato, apresenta soluções coerentes com as necessidades apresentadas; se não são apenas os vendedores, que passam dias e dias falando do que há de mais moderno no mercado.
Nem sempre o top de linha é benéfico ou rentável para a empresa-contratante.
Para ser considerada estratégica dentro de uma organização, a área de TI deve estruturar-se em três patamares: bons profissionais, qualificados e preparados para a gestão de possíveis crises; hardwares e softwares compatíveis com o modelo da organização e as necessidades; segurança, pois a informação é o maior bem da organização.
Ao consultar esses serviços, tenha em mente que, primeiramente, sua empresa deverá ser estudada a fundo pelos consultores. As soluções para um problema só poderão ser trazidas depois que ele é conhecido.
Os exemplos de sucesso obtidos com outros casos são importantes, pois funcionam como referência. Mas lembre-se, cada empresa tem suas particularidade e culturas. Nenhuma empresa é igual à outra. Portanto, sua área de TI não é igual ao da empresa vizinha. Quando um serviço está sendo prestado, exija seu cumprimento conforme o de acordo combinado.
O planejamento e o alinhamento à cultura são fundamentais, pois o choque de uma área de TI gerida de forma ineficiente e amadora poderá desencadear crises nos processos internos, ser vitima de hackers, lentidão de atividades, redução de rendimento da equipe de trabalho ou ainda investimento de capital maior que o esperado.
A posição de quem contrata os serviços da área de TI é tão complexa e importante como quando vamos comprar qualquer produto de uso pessoal. E até mais, pois é o nome da corporação que está em jogo. Exija o prometido, reclame se não atender suas necessidades. E tenha cuidado, aquela que promete muito, nem sempre é a mais eficiente. Lembre-se: TI é mais do que marketing. [Webinsider]
Miguel Ruiz
<strong>Miguel Ruiz</strong> (linkmrconsultoria@linkportal.com.br) é diretor da <strong><a href="http://www.mrconsultoria.com.br" rel="externo">MR Consultoria</strong></a>, que atua em outsourcing de TI.
2 respostas
ótimo texto mesmo, porém quem geralmente bate o martelo na decisão final, nunca ou raramente é quem vai trabalhar com os produtos…
Ótimo texto!!! Argumentos muito bons!!
Só pra dar uma complementada: uma boa postura para agir neste meio é documentar todo tipo relacionamento, parceria e/ou proposta, pois isto garante parâmetros de garantia e proteção legal para ambas as partes e elimina em parte vários blá-blá-blás de marketeiros. Isto é o que é geralmente feito pelas empresas mais sólidas e idôneas do mercado.
Argumentaçõr sobre cases, ferramentas, metodologias/tecnologias utilizadas tb são meios de filtrat os vendedores de TI. Corram de tudo que estiver meio obscuro.
Porém, o mais importante sempre é saber bem o que se busca, para não ser vítima de produtos não alinhados à sua necessidade e que no fim acabam virando um maior transtorno.