Esta semana o Link-Estadão publicou uma nota sobre o lançamento do documentário Good Copy Bad Copy, feito por uma trinca dinamarquesa, sobre direitos autorais à luz da internet.
Uma busca no Google pelo título na terça-feira passada levava ao site original. Baixei via Torrent. Demorou umas duas horas no máximo. Dois dias depois, assisti o vídeo – que, diga-se, foi lançado apenas online.
Sem palavras. Tem que assistir. A declaração do produtor de cinema nigeriano resume o Long Tail. Na Nigéria, ele comenta, tem um ditado que diz que você não pode ser grande e pequeno ao mesmo tempo. “Se os EUA escolheram dominar o mercado mundial de cinema, bom para eles, mas isso nos deixa muitas brechas aqui em baixo para produzir e ganhar dinheiro.” A internet e a tecnologia digital são as ferramentas.
Voltei ao Google para pegar o link para publicá-lo e, surpresa: o site original já não está na primeira página de resultados da busca. Ao invés disso, recomendações da pesada. Blogs populares como o Boing Boing e o site do Creative Commons estão promovendo o vídeo.
Muito educativo. E é curioso notar como um dos modelos de negócio mais originais do nosso país está no extremo da nossa periferia e é tocado por pessoas que nunca pensaram em fazer MBA.
Já falamos aqui sobre o open business no Pará. Mas o assunto é o documentário: baixe aqui. [Webinsider]
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Juliano Spyer
Juliano Spyer (www.julianospyer.com.br) é mestre pelo programa de antropologia digital da University College London e atua como consultor, pesquisador e palestrante. É autor de Conectado (Zahar, 2007), primeiro livro brasileiro sobre mídia social.