O preconceito e o profissional acima dos 40 anos

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A mais brilhante definição de preconceito de que já soube veio-me de Voltaire, em seu Dicionário Filosófico: “preconceito é uma opinião sem julgamento, ou seja, adquirimos uma opinião qualquer, não verificamos sua razão de ser e passamos a acreditar naquilo, simplesmente.

Voltaire disse isto por volta de 1760. Passados mais uns cento e oitenta anos, em meados do século vinte Einstein lastimou que “hoje, infelizmente, é mais fácil partir um átomo ao meio do que quebrar um preconceito”. Pois, somando-se as coisas, conclui-se que preconceito deve realmente ser algo indestrutível, ou perto disso.

Tão indestrutível, que o preconceito dos nazistas contra os judeus ainda perdura no coração de muita gente, mesmo após tanta propaganda contrária. E dos judeus contra os árabes, e dos árabes contra os judeus, e dos brancos contra os negros, e dos negros contra os brancos, e dos que são contra os mulatos, contra os cafusos, os mamelucos, os letrados, os iletrados, as mulheres, os homens, os advogados, os políticos, os publicitários, os jornalistas, os nordestinos, os açougueiros, os torneiros-mecânicos (sim, porque, sem dúvida, haverá alguém cultivando preconceitos contra açougueiros e torneiros-mecânicos), os velhos, as crianças, os gays e o escambau. Existe preconceito até contra o escambau.

Assim como não tem fronteiras e nem escolhe raça, faixa etária ou sexo, o preconceito também não escolhe porta-vozes ou causas. Ele existe dentro de todos nós, tem diferentes intensidades. Não tem função nem propósito. Apenas existe, desde que o ambiente seja favorável ao desenvolvimento de um raciocínio qualquer, um sofisma destes capazes de fazer-nos acreditar no ilógico. Algo como a prestidigitação. Nada além de opiniões sem julgamento.

Nunca vi alguma pesquisa sobre onde o preconceito ocorre com maior ou menor incidência. Talvez os americanos, que adoram pesquisar de tudo, já a tenham feito, mas nunca ouvi falar dela. Mas também não é difícil concluir que o preconceito não é privilégio de um ou outro segmento da população. Nada disso. Ele existe em todo lugar, em todo tempo, em todo tudo! Tem em casa, tem no futebol, tem nas estações de trem.

E tem, claro, nas empresas; porque existem pessoas nas empresas. E pessoas são a única condição ambiental indispensável para a reprodução do preconceito. Nos últimos anos surgiu, por exemplo, uma espécie de preconceito no meio empresarial, mais especificamente na administração de recursos humanos, que é a rejeição a priori do profissional com mais de quarenta anos de idade.

O quarentão, candidato a uma vaga qualquer, pode e deve desistir de antemão à sua pretensão de colocação profissional. Ora, exatamente porque ele já tem mais de quarenta anos. E o que isto significa? Nem Deus sabe. E, claro, muito menos um certo tipo de recrutador: papagaio de repetição, este recrutador só sabe que o candidato tem mais de quarenta anos e, por isso mesmo, não pode ser contratado. É a política da empresa, ora!

Mas se perguntarmos a razão de ser desta política da empresa (ora!), ele, autômato burocratizado não saberá responder. Basta que ele saiba, e isto o satisfaz plenamente, que a política da empresa é esta. E ponto. Para ele, políticas empresariais são, por definição, indiscutíveis (mas que cara teimoso você é! Pare de querer discutir a política da empresa!).

Gente assim cabe com exatidão de mecanismo de relógio suíço na definição títere porcessionário, criada por Laurence Peter, a maior autoridade mundial em estudos sobre a incompetência. Títere é sinônimo de fantoche, marionete; processionário é aquele que segue, apenas segue. Há, para exemplificar, uma espécie de larva que segue a da frente. Colocadas em círculos, estas larvas processionárias ficam dando infinitas voltas umas atrás das outras até morrerem de fome, mesmo quando, como se fez em várias experiências de laboratório, havia alimento em abundância ao alcance de todas.

O títere processionário, portanto, é um verme que apenas segue e, assim, se manipula com facilidade. Como sabemos, há muitos deles nas empresas e demais organizações humanas.

Tem da portaria até a presidência. Porém, quando na administração de recursos humanos, passam por uma metamorfose peculiar e de origem desconhecida para assumirem a forma mais letal que se pode verificar na espécie dos títeres processionários: a forma que age sob estímulo exclusivo do preconceito, aquela opinião sem julgamento à qual já nos referimos, com poder de determinar a vida de pessoas.

Visto que o títere processionário não pensa, ele é evidentemente incapaz de julgar. E dá-se a um sujeito destes o tal “poder de vida e de morte” sobre profissionais que cometeram o terrível engano de não contrariar a natureza das coisas e, imprevidentes, deixaram o tempo passar, atingindo os quarenta anos.

Pela lógica titeriana-processional, nada mais justo que punir estes ineptos que não combateram com vigor o passar dos anos. E ousaram envelhecer. Já que o profissional não foi capaz de fixar-se na idade dos trinta anos, também não será capaz de fixar-se na empresa ou num projeto qualquer. Corte-se-lhe, pois, a cabeça.

Mas os sujeitos que mudaram o mundo o fizeram, em sua esmagadora maioria, após completarem bem mais do que quarenta anos. Leonardo da Vinci, Isaac Newton, Gutemberg, Sidarta Gautama (vulgo Buda), Churchill, De Gaule, Henry Ford, Mahatma Gandhi, Roger Mila (que, até uns cinqüenta anos, jogou um bolão pela seleção de Camarões)… dê uma olhadinha em qualquer livro de história e confira.

Só Jesus Cristo não conseguiu; certamente porque não lhe deram chance de mostrar do que ele seria capaz após os quarenta (se aos trinta e três já era um terror, imagina aos quarenta!). Talvez os romanos fossem os precursores desta atual tendência da administração titerianoprocessional de recursos humanos: “Está a caminho dos quarenta?!? Crucifica o cara!

Falei com um executivo europeu e ele disse que lá no velho continente idade não é fator de importância crucial. O que conta é o mix de vontade-competência-experiência. Então, estamos, no Brasil, criando know-how para exportação. Preconceito globalizado, mas made in Brazil! Nossos preconceitos em relação à idade nos fazem esquecer de sujeitos como Lee Iacocca, Antonio Ermírio de Morais e mais um punhado de sessentões, setentões e oitentões que, ainda hoje, estão à frente de seus barcos, são produtivos, arrojados, geram empregos e fazem suas empresas dar muito lucro.

Por outro lado, sobre os idiotas que recusam um profissional por questão etária, estes não poderão jamais ler algum texto primoroso que Manuel Bandeira ou Cora Coralina, ou Goethe ou Ernest Hemingway, tenham escrito, idosos, no final de suas vidas: por coerência, devem recusar tudo o que estes e outros tantos velhos desprezíveis tenham produzido.

A propósito, quando escreveu seu Dicionário Filosófico, Voltaire já tinha uns oitenta anos. Também convém que alguém conte a estes sujeitos (por pura sordidez e maldade) que logo, logo eles mesmo chegarão aos… quarenta!

Esta gente que cultiva opiniões sem julgamento o faz porque, evidentemente, não é capaz de julgar coisa alguma. Assim sendo, também não serão capazes de tomar, com equidade, alguma decisão que exija mais do que alguns neurônios e raciocínios primários. Devemos desprezá-los, embora com compaixão. E devemos, por pura lógica, desprezar também, e principalmente, quem lhes confiou o cargo que exercem. [Webinsider].

………………………………………

Extraído do livro Propaganda é isso aí! – Um Guia para os Novos Anunciantes e Futuros Publicitários, publicado pela Editora Atlas.

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Avatar de Zeca Martins

Zeca Martins é é sócio-diretor da Editora Livronovo.

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25 respostas

  1. trabalhei em uma industria ha 19 anos no processo produtivo,conclui formação acadêmica em serviço social,mas não possuo experiencia.gostaria de trabalhar na Área administrativa,porem o mercado também não aceita por falta de experiencia e não oferece uma oportunidade para os que não possuem.todos nos somos capazes de aprender algo novo,eu só gostaria de uma oportunidade para desenvolver meu potencial e habilidades profissionais.

  2. Todos os profissionais de RH que tive contato eram verdadeiros imbecis, que no alto de seus 20 e poucos anos, e sua gigantesca experiência de vida e profissional..Simplesmente me disseram que eu não servia mais ao mercado mediocre das empresas deste nosso mísero e ignorante paísinho..O melhor pra quem é rejeitado,é se sentir aliviado por não ter sido aceito em uma empresa “meia boca”, do que se sentir ultrapassado ou inútil pque um débil mental não lhe deu aquela porcaria de emprego……E no mais vc é muito mais do que uma idade….

  3. Muito a calhar com minha situação atual, pois fiz o “beabá”. Faculdade, pós-graduação, inglês, alemão, e mais algumas coisas. Porém caí na armadilha de ser “colaboradora” por 17 anos de em uma empresa multinacional investindo na carreira e esperando a minha vez, e quando comecei a me dar conta, estava nos quarenta e resolvi ser “colaboradora” em uma conhecida empresa nacional. Atualmente estou fora do “estado” colaborativo, tentando outros caminhos para minha vida profissional e sustento próprio. O que me envaidece, pois sinto-me agraciada pelos dons que tenho. Me orgulho ainda dos 44 anos, sendo que deles 28 anos foram dentro de várias empresas. Sou solteira e não tenho filhos, escolhas estas feitas por opção, ou até que alguém me convença que será muito bom reavaliar minhas opções e muda-las.

  4. Que não tem emprego pra todo mundo está claro. Portanto, regra numero l pra quem está empregado, é defender seu emprego. Aconteceu comigo,há poucos meses, funcionário que era em um grupo nacional de mais de 5000 funcionários:

    Estava trabalhando na organização da área de produção, tentando implantar etiquetas com código de barras nas peças de produção, etiquetas estas geradas via banco de dados dos pedidos.

    Num pacote de funcionarios demitidos devido a essa crise, pra minha surpresa, eu estava no meio.

    Dez dias depois já em minha casa, toca no telefone, era um diretor da empresa que trabalhava:

    _Por que voce foi despedido, perguntou ele a mim.

    Motivo economico, respondi.

    Nada disso, seu gerente viu que voce sabia organizar a fabrica melhor do que ele. Não teve dúvida, o primeiro pacote que teve pos voce no meio e passou uma borracha em voce.

    Dificil é arrumar emprego, dificil é ficar no emprego, principalmente se voce não é puxa saco do chefe e não faz parte da turma de apoio a ele. Oou voces pensam que aquela zona que tem no Senado, só tem lá?

  5. Boa Noite!
    Sou aux. adm. estou desempregada a quase 3 anos porque a idade não é compatível para com a vaga, sigo confiante em dias melhores de chances maiores e, que o preconceito deixe de existir dentro de nossa classe. Para dizer a verdade ninguém merece passar por tal constrangimento.
    Saudações

  6. Preconceito e maldade: uma combinação perfeita! Sou mulher, Analista de Sistemas, muito experiente nesta área. Não concordei com a política suja e desumana na empresa onde trabalhava, há três anos. Chegaram ao ponto de pedirem para eu mentir, enganar os usuários sobre um sistema podre que traria um certo status ao novo Gerente de nossa área. Aquilo foi o meu limite. E claro: fui demitida por não conseguir agir sem a ética daquele grupo imundo que me rodeava. Hoje, com 40 anos, falando inglês fluentemente e tendo uma grande experiência em TI não consigo me empregar. Faço entrevistas e quando chego perto da última (geralmente com o gestor da área que irá me empregar) ouço: mas você tem muita experiência. Será que você vai se adaptar com algo um pouco inferior ao que você tinha (aqui também entra o medo dele em perder o seu lugar…)? Sempre respondo que quero voltar à minha área e que não me importaria em retroceder um pouco, afinal, tenho a capacidade de recuperar o tempo perdido no desemprego e dar a volta por cima rapidinho. Graças a Deus inteligência não me falta. Mas o final da história é que sou posta sempre de lado e dão chance a pessoas mais novas com 1/3 do salário que mereço ganhar. É assim mesmo. Mas certa estou de que um dia essas pessoas que nos causam tantos males aprenderão que também estão vulneráveis e que poderão passar pelas mesmas dificuldades que hoje enfrento no campo profissional. Deus realmente tenha misericórdia deles!

  7. Tenho 37 anos, trabalho em uma empresa de celular no setor de produção, estudo administração de empresas e faço mais dois cursos paralelos, um de extenção e um de linguas. Passei muito tempo me preocupando com esse negócio de idade, pois desde os 35 anos estava me sentindo um velho. Sendo que na verdade perdi tanto tempo em minha vida com futilidades que cheguei a essa idade tendo que trabalhar e estudar feito um doido para reconquistar a minha auto estima e uma vida cofortável. Na verdade acho que os maiores preconceituosos somos nós mesmo em relção a nós(é claro que existem uns dementes que mal sabem falar direito que se julgam superiores por serem mais novos e terem um emprego estável). Aprendi muito ultimamente a custa de muita dor e sofrimento e a coisa mais importante que eu aprendi é que: enquanto eu estiver vivo vou continuar lutando e que nada vai me impedir de alcançar meus sonhos, nem eu mesmo.

  8. Li o texto hoje. Ótimo. Critica a alma de muitas pessoas (se é que tem uma). Não é a toa que existe milhões (no ano) de candidatos a uma vaga no setor público. Muitos acima dos 40 e se, quando conseguem, enraizam o mesmo preconceito que um dia sofreram. Danem-se os outros, já consegui o meu. Não estou nem ai com a ética. Agora não vou largar o osso. Políticos, empresas com RH fraco ( a maioria), funcionários públicos encarnam o personagem com facilidade.
    Sigo o último parágrafo do texto. …devemos desprezá-los, embora com compaixão. E devemos, por pura lógica, desprezar também, e principalmente, quem lhes confiou o cargo que exercem.

  9. Concordo plenamente com o texto. Há a discriminação sim.
    Eu e meu marido estamos vivendo isso. Quando tem uma vaga no jornal, enviamos o curriculum, aí eles chamam, elogiam um monte e nunca mais dão resposta. Ter mais de 40 anos é muito complicado. O que acontece é que a gente chega a procurar outas áreas para tentar voltar ao mercado de trabalho e ainda assim não consegue. O recurso é tentar ir p/outro país onde existe a falta de mão de obra especializada, mas ai entra a burocracia e acabamos voltando a estaca zero.
    Enfim se agora esta assim, imagine quando chegarmos aos 50 anos..

  10. Eu trabalho por dinheiro, diversão é com a família, fé é em Deus, então trabalho é apenas uma simples troca, serviço por dinheiro e vice-versa.

    Muitas empresas querem ser uma religião, cheias de doutrinas ridículas, ou familiares, querem te tratar como filho ou banir se desobedecer.

    Por isso, muito cuidado na hora de escolher um emprego e sempre verifique se não está na hora de partir para um melhor, uma hora você vai encontrar.

    Obrigado, Carlos Daniel.

  11. O que, então, dizer sobre preconceito quando se é mulher, negra, bem perto dos quarenta, estudante(ainda, brasileira, em um país europeu onde o preconceito é muito vivo? Acho que os seres humanos não aprendeu que envelhece. E enquanto envelhecemos a expectativa de vida também aumenta. A um século o homem de 40 anos já estava condenado. Hoje ele viverá até os 75. Lembro me bem que Niemeyer ainda está bem vivo e trabalhando. E muito ainda demandado em seu trabalho. Pena não sermos todos famosos como ele.

  12. Continuando a minha revolta. ( Preciso desabafar )

    O depto comercial, vendeu uma cadeira de ouro e vc tem 40 dias pra desenvolver ela.. e ela precisa ficar flutuando quebrando a regra da gravidade e vc tem que pensar em todos os adventos que podem acontecer, como vento, chuva, sol, tempestade de areia, seu sobrinho jumento chutar a bola nele, TUDO. E se a pessoa que usa a cadeira acidentalmente quebrar o culpado É VOCÊ!!! parece regime da união soviética, não é?

    Ok, meu intuito não é só meter o pau nos departamentos menos favorecidos de inteligência afim de engolir talentos e usurpar de qualidades de profissionais de até 40 anos ( acima disso é velho imbecil fracassado, esse é o pensamento de muito filho da puta )

    Vivemos numa sociedade que foi mal-educada, salva em alguns lugares, veja só vc, nunca vi alguem dizer VOU PRA BAHIA VIRAR PROGRAMADOR! pq nao ? pq o sudeste do brasil odeia baiano,nordestino,paraibano e etc, eu quase nunca li uma noticia dizendo que a microsoft,oracle,ibm e afins vaum investir por aqueles lados.

    eu sou Paulistano, nasci e fui criado aqui e posso afirmar que é normal vc ver alguem chamando Esse velho nao sabe de nada ou Quem fez essa merda foi aquele macaco vivo em uma sociedade minimalista e preconceituosa, aonde quem mora na zona sul é rico e nas outras zonas é tudo nordestino,desempregado e negro.

    É doentio vc ver isso…nao quero ser papa mas acho que essa situação tem q mudar,ja é insustentável, eu tento ajudar as pessoas trazendo elas pra trabalhar comigo ou dando aulas de graça a elas pra tentar incluir elas nessa elite preconceituosa e voraz.

    Acho que todos, pra acabar com o preconceito racial e da idade tem que abraçar a causa e orientar as pessoas a não fecharem portas e sim dar oportunidades e oferecem andaimes, não quero ser presidente tbm, mas se eu fosse o lula eu faria lei as empresas aceitarem profissionais de até 70 anos ( Negros, azuis, verdes… ).

    enfim..é isso..
    Para o alto e avante!

  13. Prenconceito existe. isso é fato.
    Eu nunca vi um Negro como gerente,coordenador ou analista pleno pra cima. sempre vi HOMENS caucasianos e/ou pardos.

    Nunca tive uma chefe mulher, mas trabalho com diversas mulheres como Webdesigners, analista de negocio e coordenadoras de projetos.
    Preconceito com Mulheres existe mas em um nivel muito baixo.

    Minha empresa eu cito como modelo pois temos pessoas contratadas de até 57 anos (( tirando a diretoria que ja passou dos 65 )), lembrando que são 2800 empregados com regime CLT.

    Esse preconceito esta mto menor hoje.. antigamente quem tinha Tatuagem no corpo era bandido.. hoje é gerente de operações…esse mito ja foi embora faz tempo… e acredito a idade tbm vai deixar de ser um impecilho.

    Existe o MEDO acima do preconceito.
    1 – Na entrevista vc demonstra que esta 20x acima do que empresa precisa, nisso vc é derrubado pq vc tem atributos demais. nisso vc poderia roubar o emprego de muita gente.

    2 – Você é bonita demais, logo então vc deu a bunda pro diretor ou gerente pra estar do lado dele nas reuniões. (( ISSO é FATO, quase todo mundo pensa isso das mulheres ))

    3 – Você tem 3 faculdades, eu gerente só tenho 1…então vc nao serve, Nós entraremos em contato.

    4 – Eu sou programador, faço 20 linguagens diferentes, tenho 30 certificados sou reconhecido no mundo, quero salario de 2 mil. ( CONTRATADO!! )

    4.1 – Eu sou analista de negocios só tenho 1 faculdade,sou meia lerda, mas sei fazer o cliente comprar e sei mandar em pião, quero salario de 12 mil ( CONTRATADA!!! )

    Infelizmente é assim.. analista de TI estuda anos.. é matemático,físico faz chover pra cima e ganha salário de miséria e pra piorar contratam uma pessoa q nao tem nem 2% de sua inteligência.. e ganha 84% a mais que o programador.

    o mundo de cão…..

  14. Infelizmente eu vejo muito preconceito, principalmente na minha área (programação).

    Agora, sejamos sinceros. Quem aqui é livre de preconceito? Todos nós temos! Sei de alguns meus. Alguns até ilegais 🙁

    Já trabalhei em lugares que a pessoa era chamada de recurso! Mais fácil então chamar por algum número, letra, não?

    Concordo com Edinei Pacheco (comentário número 8). Pessoas acima de 30 anos tem um visão muito mais apurada, capaz de tomar decisões com mais calma e cautela. E isso causa medo para empresas.

    Já para a Fernanda Pompeu (comentário número 4), eu não tenho preconceito nenhum com mulheres acima dos 40 anos 🙂

  15. Devemos tomar cuidado para não encobrir a incopetência com a mascara do pré-conceito. Creio que aquele que coloca a cara sem medo vence qualquer tipo de pré ou pós conceito…

    É muito comodo se esconder atrás de algum tipo de rótulo. Desde quando existe esse tipo de problema no mercado da tecnologia, se isso fosse verdade não teriamos a Google, Orkut, Facebook, Yahoo!, Microsoft, Apple – todos criados por pessoas muito jovens.

    Podemos ainde pegar a Google como exemplo oposto, creio que o Eric Schmidt já tenha ultrapassado a barreira dos 40 a pelo menos uma década.

    Concordo que exista pré-conceito, mas discordo com o contexto do texto.

  16. Não vejo tanto esse preconceito!
    A área de TI está repleta de vagas… e pessoas com 40 ou mais, como eu, estamos muito satisfeitas com aspropostas recebidas praticamente diariamente.
    É claro que se você for um programador com 40, se ferrou! Mas se você partir para outras áreas da TI, tem emprego com bons salários sobrando.

    []s

  17. Posso estar até enganado, mas se tem um atributo que provavelmente fazem as empresas evitarem o profissional +40 – e que tal atributo é escondido sob a máscara do preconceito – é justamente o seu amadurecimento: um homem, com esta idade, além de serem mais reflexivo e cuidados, fica mais difícil de ser enganado; conseqüentemente, perdem o domínio e o controle sobre ele. Sem contar ainda a malandragem e a malícia adquirida aos longos dos anos tornando-os ainda mais imprevisíveis. Se podem ter alguém mais novo, com capacidade técnica suficiente para a necessidade (custo vs benefício) e menos difícil de se impor controle, porque não?

    É minha opinião pessoal. Se eu estiver enganado, me corrijam. &;-D

  18. Algumas mulheres já devem ter sentido na pele o que já senti de ter sido rejeitada para um cargo ao qual você está qualificada por estar na suposta idade de ter filhos, afinal embora você não esteja grávida e nem planeje ter filhos no momento a empresa já pre-supoe que você pode decidir ter filhos logo que foi empregada. Fora o fato de que a maior parte das mulheres ganham menos que os homens de mesmo cargo e as vezes menos preparo, ou seja empresa burra pois desmerece alguém mais qualificado simplismente por causa de seu sexo. Realmente desprezível.

  19. Tamanha é a falta de empatia desse povinho de RH que usa viseira similares as que usam em cavalos para que não sejam vistos os lados.
    A partir do momento em que a empresa trata o funcionário como número ela já está confinada a um futuro desgraçado.
    O funcionário ou colaborador(um termo instituído pelos gestores de RH para camuflar o nome funcionário, só pra dizerem que são preocupados com o tal, fazendo pose, modinha).

    Parceiro seria o termo mais correto para funcionário, agrega mais orgulho e valor pra quem representa a corporação. Pois bem, os parceiros são a maior conquista de uma empresa, pois eles suam para o desenvolvimento de bem comum.
    Uma vez que isso acontece, não há idade que deixe de dar o que a empresa precisa.
    Na verdade, o problema não está na idade, mas sim no câncer que há em muitas companhias. Esse câncer não escolhe idade, são aquelas pessoas que fofocam, que atrasam a empresa e seus colegas de trabalho, pessoas que só olham para o próprio umbigo, que não têm caráter, que não produzêm. Essas devem ser banidas das corporações até serem recicladas.

    Aproveito a oportunidade e peço aos empresários conscientes que lêem esse artigo e opiniões que revejam os processos admissionais empregados nas corporações, pois são imprecisos e uma vez que despensam pessoas excelentes e com maturidade profissional sem par acabam assolando a proposta de qualquer negócio no mundo corporativo: produzir.

  20. Desde meus 35, hoje tenho 46, senti a força de tal pensamento enraizado, não só nas empresas, de qualquer porte, como na sociedade como um todo.

    O mais irritante é que sou procurado para aconselhamentos, e nunca deixei de ajudar quem tenha chegado a amim, mas fui rejeitado em muitos processos seletivos.

    Aprendi que empreender é sobreviver numa comunidade nefasta…

    Sobreviver às agruras humanas, que desrespeita o maior de todos os bens: o conhecimento.

  21. O homem com quarenta anos sofre para arrumar emprego mesmo e não é de hoje. Washington Olivetto até fez um filme publicitário sobre o assunto intitulado Homem com mais de quarenta anos. Os exemplos no texto são motivadores. Existem, realmente, muitas personalidades que fizeram coisas fantásticas em idade tardia, mas vale lembrar que eles não ficaram inteligentes e prodigiosos depois dos quarenta, eles vinham exercitando-se, apostando, correndo riscos desde cedo na vida. Talvez essa seja a melhor maneira de se chegar aos quarenta respeitado e com seu espaço preservado, mostrar serviço cedo.
    Quero falar ainda sobre os empresários citados no texto. São verdadeiramente grandes homens, mas, certamente, em suas empresas o preconceito com a turma acima dos quarenta também é praticado. Eles, como grandes exemplos de produção na idade madura, devem observar isso de perto e evitar que a prática continue.
    E, finalmente, à turma jovem que está chegando, eu daria um pequeno toque: aprendam a escrever o português como ele é.Além de manter vida essa linda língua serve para mostrar que você tem cérebro. Pois quem escreve errado costuma ser ignorado mesmo.

  22. Concordo com o cara de cima.

    Até jovem de mais sofre preconceito. E muito.

    Afinal, quem vai ouvir um muleque de 17 anos? pff deve tá pedindo mamadeira né? HAHA

    🙂

  23. O preconceito não é apenas com pessoas acima dos 40, mas também com aqueles abaixo dos 30, com aqueles que possuem qualificação superior à exigida, com aqueles que possuem mais experiência do que se espera, com pessoas que pensam fora da caixa, com pessoas que não se encaixam nos rótulos, ou seja, com qualquer um que não seja o esteriótipo buscado pela empresa.

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