O software livre é uma tendência forte no mercado web. Traz benefícios para os seus utilizadores e proporciona uma solução livre de licenças que funciona num ambiente aberto e sem vírus, CDs piratas, downloads suspeitos (de sites mais suspeitos ainda) e versões “crackeadas”.
Porém, nunca é demais lembrar (especialmente para usuários de sistemas operacionais proprietários) que não existem versões das conhecidas aplicações comuns e proprietárias do design e da web para Linux.
Os usuários Linux utilizam versões aproximadas dessas ferramentas, obtendo os mesmos resultados desejados no “fazer” web, de uma maneira geral.
Em alguns casos, a utilização de emuladores (softwares especiais que funcionam no ambiente Linux “simulando” um ambiente Windows) podem ser utilizados. Confira este artigo de Helton Eduardo e saiba mais sobre o emulador wine rodando Dreamweaver no Linux.
A fim de auxiliar na tarefa de escolher os softwares corretos para cada tipo de trabalho em desenvolvimento e criação web e traçar um comparativo entre softwares livres e proprietários para web, propomos a seguinte lista:
Ilustrações, logotipos, símbolos vetoriais:
Inkscape (software livre)
Corel (software proprietário)
Criação de layouts, tratamento de imagens, otimização:
Gimp (software livre)
Photoshop (software proprietário)
Edição Visual do código:
NVU (software livre)
Dreamweaver (software proprietário)
Animações vetoriais:
Ktoon (software livre)
Flash (software proprietário)
Observação: existem diversas outras ferramentas e linguagens no mercado que também efetuam tais trabalhos.
A ferramenta escolhida dependerá de uma série de fatores. Porém, analisando o ambiente competitivo de agências web, cabe ressaltar que a utilização de software livre é uma tendência forte.
O aprendizado dessas novas ferramentas torna-se essencial aos que trabalham com web para que se mantenham preparados para o mercado. A utilização do software livre traz custos mais baixos de desenvolvimento e investimentos mais racionais para as produtoras web.
Migração para o software livre
É comum encontrar um certo receio por parte de quem está habituado a ambientes proprietários de sistemas operacionais em mudar e/ou experimentar Linux, em qualquer distribuição.
Qual o motivo?
Sabemos que em muitas lojas existem computadores novos mais baratos por trazerem distribuições Linux instaladas, fugindo do monopólio de licenças de uso das empresas de software proprietário.
Ao mesmo tempo, existem várias prestadores de serviços, digamos assim, especializados em desinstalar Linux das máquinas e instalar sistemas operacionais crackeados. Aparentemente, a procura por este serviço é grande.
A máquina de marketing dos softwares proprietários é poderosa e emprega grandes somas na propagação de suas ferramentas. São ajudados pela difusão de conceitos, muitas vezes infundados, do tipo “é preciso ser especialista para usar Linux” ou “os programas livres são ruins”.
É necessário conhecer, experimentar e vivenciar, antes de criticar (e críticas construtivas são bem-vindas). A experiência remove qualquer equívoco que possa ocorrer.
A idéia deste artigo (e subsequentes) é tratar do tema da migração progressiva de qualquer sistema operacional pago para diversas distribuições Linux, com foco especial nas pessoas que utilizam o computador para o “fazer web” de uma maneira geral e considerando a economia proporcionada (e a fuga do uso indevido, ilegal ou pirata de programas proprietários, que pode ser um risco para as empresas, sujeitas e expostas a penalidades).
A idéia é fazer uma transição tranqüila: conhecer versões em “live CD” e versões Windows de softwares livres para web (conhecer antes de mudar). Depois deste processo, fica muito mais fácil a decisão da transição efetiva.
Mesmo a transição efetiva pode ser feita mantendo uma partição com o software de sistema operacional proprietário instalada, onde o usuário pode escolher qual OS deseja carregar, no boot da máquina. Até lá. [Webinsider]
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Fabiano Pereira
Fabiano Pereira (bipereira@gmail.com) é designer gráfico (com especialização em UX design e interface design), front-end developer, wordpress developer, educador, escritor, músico, curioso de plantão.
9 respostas
Os softwares livres são uma tendência muito forte para o futuro, grandes empresas já estão aderindo a esta onda por não conseguir controlar as versões piratas! Mas não podemos negar que a maioria destes programas ainda deixam muito a desejar comparando as funções e ferramentas disponíveis nas versões pagas…
os links não apareceram lol,
postando novamente
Bem, comigo o NVU não deu muito certo, ele não abre páginas PHP, ao menos não abria até a versão que eu testei. Gostei muito do editor SCREEM http://www.screem.org/, que se trata de um editor wywiwyg (o que você escreve é o que você obtem. Ele conta com diversas facilidades, como por exemplo Inline Tagging, que consiste em você abrir uma tag e ele listar as opções disponíveis para a tag informada, para outras caracteristicas do screem acesse http://www.screem.org/features.php.
Bem, comigo o NVU não deu muito certo, ele não abre páginas PHP, ao menos não abria até a versão que eu testei. Gostei muito do editor SCREEM , que se trata de um editor wywiwyg (o que você escreve é o que você obtem. Ele conta com diversas facilidades, como por exemplo Inline Tagging, que consiste em você abrir uma tag e ele listar as opções disponíveis para a tag informada, para outras caracteristicas do screem acesse .
Deixo meu testemunho: em casa tenho dois computadores, um roda XUbuntu (por ser mais antigo e o Xubuntu ser mais leve)onde eu rodo Apache + PHP + MySQL, trabalhando também para compartilhar a Internet a cabo com o resto da rede, que, por enquanto, é o outro PC ;-)) e até o aMule pra baixar umas coisinhas… E no outro computador, meu desktop, eu uso Kubuntu (distribuição linux Ubuntu com Kde) e nele eu uso Kate, pra desenvolvimento web, Gimp, Inkscape, XaraLX, Eclipse com plugins aptana e Android. Minha esposa, que é advogada, usa muito o BROffice e o firefox.
Apesar disso tudo, de vez em quando preciso fazer alguns ajustes para instalar ou usar alguns dos programas acima e vejo que um usuário leigo precisaria ter um pouco de paciência e boa vontade em pesquisar a respeito para resolvê-los.
Recomendo a quem ficou curioso testar essas opções, aposto que vai gostar. Abraços.
Gostaria de expressar a minha opinião sobre o assunto também.
Acredito eu que todos devam pelo menos conhecer o linux antes de dizer realmente que é ruim.
Casos onde você necessita com urgência de um software proprietário e que somente roda em no MS Windows é um grande entrave para o linux ainda, porém existem realmente software muito bons (e alguns até melhores) para plataformas livres.
Eu migrei totalmente do XP para meu Slackware 12. Desenho, programo, faço meus trabalhos da faculdade, etc. e não vejo motivos para regredir.
Encorajo a todos os que quiserem fazer o mesmo.
Aqui no Ubuntu personalizado de MAC OSX, roda com ótima estabilidade, Apache2 + PHP + MySQL. BlueFish Editor, GIMP, XARALX. Crossover (não é versão pirata, foi pago no cartão)
Java + Eclipse e agora com o Android do Google.
Usuários podem contribuir para a melhoria do software livre. Isso é quase uma condição para sua existência. Colaborem!
Acho que essa transição de Windows para Linux é bem complicada para o usuário comum, como eu por exemplo.
Tentei usar o Kubuntu na minha casa nas ultimas 2 semanas e acabei voltando para o XP porque tudo dava muito trabalho. Sempre tinha que fazer um script, rodar comando no prompt e por ai vai. Fora os programas que eu não encontrava equivalentes e também não funcionavam com emulador.
Se a empresa possui um profissional no know-how para dar suporte ao usuários pode ser uma alternativa válida. Mas se for migrar para manter a legalidade, sai mais em conta comprar uma licensa do windows e usar outros softwares livres, como o Paint.NET e o Open Office para Windows.
É uma questão polêmica. O NVU parece ter bem menos funcionalidades que o Dreamweaver por exemplo.