Para chegar a uma boa criação, o designer deverá ter um ótimo conhecimento sobre o produto. O processo criativo é longo e o profissional deve ter um domínio enorme sobre o tema proposto e usar artifícios de pesquisa para conhecer o “dono” do site.
Com domínio e conhecimento, ele saberá expressar e apontar as idéias necessárias mostrando novas técnicas e fazendo as adaptações necessárias.
Ao transformar “coisas” simples em “coisas” simples não tão perceptivas, mostrará seus conhecimentos técnicos e mostrará também o valor real do produto.
O o seu cliente permite inovação?
Em relação ao processo criativo, temos que destacar a visão “padrão” de algumas criações – como o menu no topo, o logo na esquerda, o endereço no rodapé, o link Contato e outros “vícios” padronizados pelos criadores, que durante um tempo já foi tema abordado. Ousar e buscar novas técnicas é fundamental.
Jogo na roda um fator importante nesse processo e discutível – a “Organização Espacial”.
Onde o designer entra nessa história toda?
O designer tem como processo estabelecer pontos em seus projetos com foco em seus usuários e definir locais estratégicos para percepção do usuário. Trata-se de um item que deve ser estudado e muito bem planejado, pois quando mal apontado causa um desconforto para o usuário. O equilíbrio e o senso crítico são fatores essenciais para todo o processo.
Poderia citar vários casos de organizações bem sucedidas, mas um exemplo simples e real disso tudo é o site do UOL.
Vocês lembram da publicidade no canto superior do site? Quem nos disse que é “padrão” a utilização desse recurso? A prova real está aí. Hoje os organizadores da home do UOL dão espaço à publicidade na lateral do site sem qualquer vínculo com os demais temas e com o melhor de tudo, sem perder a funcionalidade!
Até a próxima. [Webinsider]
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Tatiana Sandim
<strong>Tatiana Sandim</strong> (tsandim@uol.com.br) é webdesigner e atua na Petrobras.
Uma resposta
Olá Tatiana, gostei da matéria, mas discordo em alguns pontos.
Você diz que os designers são sempre responsáveis por estar buscando novas técnicas e inovando na interface. Mas uma coisa que aprendi lendo o livro do Felipe Memória (Design para a Internet – Projetando a Experiência Perfeita) é que o usuário já está acostumado com certos padrões e esses padrões não foram criados por designers da internet, e sim, pelos designers mais antigos, dos materiais de impressão. A linha de leitura diagonal (topo esquerda rodapé direita) é um padrão ocidental para QUALQUER tipo de leitura.
Não me faça pensar. É essa a frase que qualquer usuário usaria. Por isso, esses vícios como você chama, na verdade são padrões necessários para o maior conforto do usuário no site. Concordo que em alguns projetos o design é o que deve chamar mais atenção num site, e uma inovação nesse caso não cairia mal, mas normalmente a informação mais importante de um site é o conteúdo, e para que o usuário absorva com facilidade esse conteúdo, o design tem que seguir certos padrões para que o usuário não se sinta perdido nem desconfortável, aumentando as chances de ele ter uma experiência perfeita.