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Ninguém mais tem dúvidas de que a internet exerceu um impacto muito grande em toda a indústria do entretenimento. Fala-se muito sobre música, talvez por ser a ponta mais visível do iceberg, mas a revolução vai muito além e a ?web 2.0? só vem agravando os problemas. Não para os consumidores, claro, mas para as grandes empresas do setor, que resistem em adotar novos modelos de negócio.

Por exemplo, depois dos CDs, agora quem começa a sofrer são os DVDs. Mesmo com preços cada dia mais baixos já há um sinal amarelo aceso no painel dos gigantes do setor. O curioso é novamente vermos a Sony envolvida em uma batalha de formatos, assim como aconteceu com o videocassete no passado ? VHS versus Betamax. Pelo menos desta vez ela se deu bem com seu formato Blu Ray, mas acredito que essa batalha não terá vencedor: a web está se consolidando como uma grande plataforma para troca e compartilhamento de conteúdo; some-se a isso a diversificação de equipamentos portáteis ? celular, pendrive, iPod – capazes de armazenar e transportar cargas cada vez maiores de arquivos.

Para que eu precisarei de um DVD? Meus filmes favoritos estarão todos disponíveis online, para baixar ou assistir online quando eu quiser. Aliás, estarão não, já estão: veja como exemplo o Vudu, um serviço apoiado por grandes estúdios de Hollywood. O acervo já oferece 5.000 títulos, incluindo sucessos recentes como Bourne Ultimatum e Ratatouille, até clássicos como Cabaré.

Resultado? A Blockbuster, mais famosa marca do setor, já fechou todas suas lojas na Espanha e, no Brasil, encolheu seus pontos de venda e começou a dividir espaço com as Lojas Americanas, que, aliás, pagou 128 milhões de reais pela marca, que segundo boatos, deve desaparecer por aqui também dentro de um ano.

Do lado da música, com a maioria das grandes gravadoras abrindo mão do DRM em seus produtos, o download legal de faixas deve crescer ainda mais e sepultar de vez as vendas de álbuns em CD. Na Inglaterra foram 77 milhões de downloads legais em 2007, 50% a mais que no ano anterior.

Todavia, um novo fator de preocupação começa a assolar o segmento musical, que é a venda de ringtones. Se até ontem a venda de toques para celular propiciou uma receita extra e inesperada para artistas (e gravadoras) e até mesmo uma parada de sucesso na tradicional revista Billboard, pesquisas mostram que na Inglaterra, França, Alemanha, Espanha e Itália, a porcentagem de pessoas que adquirem ringtones vem caindo de forma constante nos últimos 12 meses. Pois é, quando tudo parecia ir bem…

A indústria de games foi outra que também teve que se reinventar e criar serviços que permitam às pessoas jogar via internet a partir de seus consoles. Foi só a Sony piscar os olhos para a Microsoft com seu XBox ganhar fatia considerável de mercado, principalmente pela sua plataforma Live, que permite a jogadores do mundo todo disputar corridas ou trocar tiros uns contra os outros, em tempo real, online.

Poderia continuar falando sobre jornalismo, varejo, automóveis e todos os outros segmentos que estão tendo que se reinventar graças à internet. Mas as novas fronteiras do entretenimento sem dúvida geram mais interesse a um número maior de pessoas – afinal, quem não quer se divertir? [Webinsider]

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Avatar de Marcelo Sant'Iago

Marcelo Sant'Iago (mbreak@gmail.com) é colunista do Webinsider desde 2003. No Twitter é @msant_iago.

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3 respostas

  1. A Web 2.0 é um chute no traseiro para os preguiçosos no mercado web. Aliás, pra mim, não tem nada de 2.0 nisso aí. Quem fazia bem feito já tinha um grande nível de interação com o usuário/cliente.
    A diferença é que agora a proporção é maior, um ou outro grande fez, e todo mundo teve que fazer pra não perder uma fatia do mercado. tsc… tsc…

  2. Muito boa a matéria!

    A web 2.0 vem atingindo de forma positiva diversos segmentos de mercado, e o entretenimento não fica longe disso, ao contrário, é um dos ramos que mais se pensa em atingir.

    Eu trabalho numa empresa de webmarketing onde sou responsável pela área de web 2.0 e novas tendências web, e aqui atendemos uma empresa famosa que já está com projetos de vender músicas (.mp3) não só em seu site, mas também em supermercados e diversos outros estabelecimentos de forma inovadora, interagindo online com offline. Esperem para ver! =)

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