Eu vou pedir licença, principalmente aos meus leitores mais constantes, e fazer uma pausa na série de colunas sobre os termos e jargões, para voltar, antes que seja tarde, ao assunto que comecei a explorar no final do ano passado: o futuro do vídeo de alta definição no Brasil.
De dezembro de 2007, quando postei palavras supostamente “proféticas” numa coluna sobre Blu-Ray no Brasil, para cá, muita coisa positiva, no estabelecimento deste formato como padrão de vídeo de alta definição mudou, mas os efeitos destas mudanças não chegaram ainda nas nossas praias. E creio eu que se alguma coisa não for feita logo, não vão chegar tão cedo.
Fazendo um micro retrospecto sobre o assunto, o que se viu ultimamente no mercado lá de fora mostra uma aceleração de atitudes de implantação de discos Blu-Ray, fazendo com que esta mídia se estabeleça de vez no mercado, como um padrão semelhante ao que foi o DVD, nos tempos do Laserdisc.
Vemos sinais como a adesão de praticamente 100% dos estúdios americanos e das principais emissoras de TV que produzem seriados em HD no mundo; o aumento da prensagem de discos e da sofisticação dos processos de autoração; a inserção de novos chipsets, cuja integração possibilitará finalmente a queda de preços dos leitores, e a queda nos preços dos discos a varejo!
De fato, de janeiro de 2008 para cá tudo mudou. Diante da realidade do mercado, e da forte evidência de que o sucesso do Blu-Ray se deve principalmente ao interesse específico pelo cinema em casa, estúdios como a reticente Universal partiram para repensar todo o catálogo de títulos anteriormente exclusivos do formato HD-DVD.
Em anúncio recente, a Universal divulgou a remasterização de vídeo e áudio como parte do processo de aproveitamento dos 50 GBytes dos novos discos, coisa que está fazendo muitos adeptos do HD-DVD pensarem em reinvestir naquilo que já haviam afobadamente comprado. E não é para menos, porque só a qualidade de melhoria do áudio é de deixar qualquer exigente no assunto sem ter o que reclamar.
Em outro anúncio, a Paramount, que havia abandonado o barco no meio da viagem, se redime do prejuízo que eles mesmos causaram a si próprios, relançando todo o catálogo anterior em Blu-Ray. E quando a gente lê que a Criterion Collection, detentora de um dos mais prestigiados catálogos no mundo do home vídeo, está fazendo o seu début na área de alta definição, alguma coisa nos diz que o formato veio para ficar.
Preços precisam cair
Mas falta uma coisa importante, mesmo para os padrões internacionais: uma queda no preço dos leitores de mesa. E enquanto o preço não cai oficialmente, as iniciativas nesta direção começam a pipocar no resto do mundo. Um exemplo disso é o fabricante OEM japonês FUNAI, que, debaixo da estampa Magnavox, lança seu primeiro leitor, com preço abaixo de 300 dólares.
E, de maneira ainda mais significativa, a Panasonic traz à baila o super chip que compreende todo o processamento interno necessário à integração eletrônica e naturalmente à melhoria de performance e barateamento do custo de fabricação, que beneficiam a mídia e o consumidor.
A nossa experiência nos mostra que software em oferta generosa e leitores de discos a preços abordáveis são os ingredientes que tornam um produto deste tipo parte do mercado de massa. Se a gente levar em consideração que se trata de um produto de elite financeira (e portanto potencialmente excludente), a proeza é ainda maior, e no caso o que se espera é que, no final, tudo dê certo, porque a alta definição não envolve somente o aspecto financeiro, ela envolve também hábitos e padrões dos usuários de vídeo em geral, os quais, acreditem, não são fáceis de mudar!
O que falta no Brasil
É mais fácil hoje em dia falar da situação em outros países, onde certas restrições de mercado ainda não fazem parte da realidade do dia-a-dia. Mas, e no Brasil, o que é que está faltando?
O Brasil é um consumidor de alta tecnologia feita lá fora. Por motivos que não adianta discorrer aqui, nós consumimos o que os outros países desenvolvem, e no ramo de áudio e vídeo esta situação atinge as raias do patético. Mas, não é desesperadora! O Brasil tem como incentivo um consumo alto na área de home vídeo, suficiente, dizem alguns, para justificar o investimento feito em qualquer tecnologia capaz de atender a uma demanda reprimida.
Teoricamente, nós poderíamos fazer, em bases razoáveis de prática de preços, jus a fabricação de leitores e discos, em território nacional, e com uma parte devidamente dedicada ao sofrido mercado interno.
O governo, que, na minha modesta opinião, não devia se intrometer em questões de indústria e mercado de bens de consumo, e na maioria das vezes atrapalha em vez de ajudar, bem ou mal editou, no ano passado, uma portaria interministerial que regulamenta a fabricação de discos Blu-Ray no Brasil.
Só em Manaus
Esta portaria até que nos poderia trazer uma esperança de incentivo à fabricação de discos sem restrições, mas já no seu parágrafo primeiro do primeiro artigo, os seus signatários impõem que todos os processos pertinentes a esta fabricação sejam feitos na área de Manaus, exceto ao que concerne ao material gráfico.
Note-se, entretanto, que, em qualquer hipótese, as empresas interessadas em fabricar e vender discos Blu-Ray no Brasil têm prazo até 30 de junho de 2008, para começar a cumprir totalmente, em território nacional, o que se chama de “Processo Produtivo Básico” (envolve desde a moldagem até a embalagem) do disco Blu-Ray nacional. Na prática, isto significa que nenhum estúdio de cinema poderá continuar a lançar discos importados numa embalagem moldada aqui, sob qualquer pretexto. Resta saber se a portaria vai ser cumprida.
Não há dúvida, no meu espírito, de que os estúdios americanos estão se preparando para isso. Recentemente foi veiculada uma notícia de instalação de um laboratório de autoração para alta definição, pela Sony, em Manaus. Mas o sinal mais importante vem de fora: com a futura edição Columbia (Sony Pictures) em Blu-Ray do filme do diretor Wolfgang Peterson “In the line of fire” aparece, pela primeira vez, a inclusão no disco da trilha sonora completa em português, já em Dolby TrueHD 5.1, coisa que anteriormente nem os discos japoneses tinham.
É claro que, para entrar de vez no mercado brasileiro, além da prática de preços baixos, é necessário adequar o produto às exigências locais, no caso presença em todos os discos de legendas e possivelmente de áudio, no idioma pátrio.
Eu entendo que existe mais chance atualmente de se ter alta definição em áudio e vídeo nos padrões mais recentes em Blu-Ray do que por qualquer outro meio de transmissão.
Eu afirmo isso por causa da lentidão com que a implantação de transmissões em HDTV tem se cercado, em diversos pontos do país. E para corroborar isso, eu fui conversar com pessoas em quem eu confio, que estão na linha de frente do mercado, e cuja opinião ou informação, embora longe de representarem qualquer tipo mais conclusivo de estatística a respeito, pelo menos refletem um estado de ânimo no assunto.
Problemas de custo e instalação
Na realidade, a questão é bem mais complexa do que se poderia imaginar inicialmente, e seriam precisas várias colunas deste tipo para se começar a esgotar o problema da DTV brasileira. Primeiro, porque a transmissão digital de sinais de televisão é apenas a ponta do iceberg: transmitir digitalmente não significa necessariamente sinal de alta definição ou sinal exclusivo para receptores de TV.
O destino poderá ser, por exemplo, o telefone celular ou microcomputadores. E neste particular, tudo leva a crer que o mercado seja mais favorável, por causa do custo de implementação de recursos.
Na área de broadcasting, a HDTV é uma realidade, mas não se concretiza com muita facilidade, por vários motivos. Um deles, certamente, é que se um usuário interessado decidir comprar o equipamento necessário para assistir HDTV do ar, vai esbarrar de cara em dois problemas básicos: o custo e a instalação.
O custo é devido ao decodificador: segundo informações que eu colhi, o decodificador ainda tem que ser instalado por fora, mesmo naqueles aparelhos “preparados para o ISDTV”, ao preço de cerca de 1000 reais ou mais por peça.
Na parte de instalação, a situação ainda é mais problemática, porque o sinal do ar, mesmo digital, carece de cobertura com o uso de relays (repetidoras), para evitar que acidentes geográficos possam impedir uma recepção de qualidade. Pelo menos por enquanto, ainda nem se sabe se locais em que a quantidade de montanhas, morros e prédios altos, a má qualidade da recepção poderá ser contornada com facilidade.
Em qualquer hipótese, é bastante provável que o uso de antenas externas se faça necessário, mas cuja instalação geralmente está fora do alcance da maioria dos usuários, ou seja, vai ser preciso muita paciência, poder de convencimento (no caso de condomínios e síndicos) e profissionais da área (antenistas), para resolver isso.
Isso é tão evidente, que o assunto se tornou ponto de venda de empresas de distribuição de sinal, como a Net, por exemplo. Só que, ironicamente, a Net depende muito das emissoras abertas, para oferecer hoje, sinal de HDTV, o que arrasta o problema para a intenção de mercado das mesmas, que é diferente das TVs por assinatura, cujo assinante procura uma programação alternativa à do sinal aberto.
Críticas feitas ao ISDTV (International System for Digital TV, novo nome do Sistema Brasileiro de TV Digital) continuam presentes e sem resposta, e a gente já sabe hoje que as distribuidoras de sinal por assinatura tiveram autorização para usar outro tipo de sinal de HDTV, como o DVB, por exemplo, e neste caso não existe nenhuma preocupação das mesmas quanto à natureza do áudio, como o Dolby Digital versus AAC, nem software de interatividade, ou seja, duas das ditas “inovações” do ISDTV não são sequer levadas em consideração, o que, aliás, eu acho mais do que justo com o consumidor.
Eu me arrisco a dizer que se as empresas de distribuição de sinal por assinatura deixarem de lado a ganância de oferecer decodificador a preço alto em comodato, e começarem a oferecer uma programação fora do ambiente terrestre, voltando, portanto, aos objetivos de assinatura mais mundanos por parte do consumidor, o ISDTV ficará definitivamente em segundo plano, correndo sério risco de ter o mesmo destino do PAL-M, que nunca chegou ao mercado de home vídeo neste país. [Webinsider]
.
Paulo Roberto Elias
Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.
9 respostas
Olha, Fred, o meu filho costuma brincar comigo, dizendo que eu sou bruxo de nascença e não sei. Mas, a verdade é que a gente precisar usar a cultura que ganhou a duras penas, e usar o bom senso, sempre que possível.
Por causa disso, eu acho muito difícil o Blu-Ray perder o rumo da história. Primeiro, porque o formato tem méritos técnicos inegáveis e se adapta a qualquer sistema (eu já experimentei até numa dessas TVs de 14, que só tem entrada de vídeo composto). Segundo, porque o formato foi desenvolvido para ser tecnicamente competente (tanto em áudio quanto em vídeo) e cost-effective a relativo curto-prazo. Tanto assim que lá fora o preço do disco chegou ao nível do DVD. Eu mesmo já comprei discos a 12, 14 dólares e nesses dias a Warner promete lançar uma campanha de redução drástica de preços (espera-se que sem avacalhar a qualidade dos discos!…)
Esta coisa horrível de player super caro e preços abusivos é prerrogativa nossa. No momento em que as prensagens comecem aqui, eu espero que este absurdo acabe!
Quanto à Toshiba, para te ser sincero, eu não quero nem ouvir falar mais nessas ameaças, todas elas um verdadeiro contra-senso na maneira como se trata o público. Recentemente, quem comprou HD-DVD deve, no mínimo, estar se sentido traído, por ter jogado dinheiro fora. Um formato que, aliás, quando começou, a maioria dos entusiastas rapidamente se deu conta que tinha limitações.
Por mim, a Toshiba pode ameaçar quanto quiser. Não vai ser a primeira vez que uma empresa promete oferecer uma alternativa melhor do que o Blu-Ray e não consegue. E o tempo, meu caro, é que dirá se estou com a razão nisso tudo ou não, portanto vamos esperar para ver. Neste interregno, entretanto, eu dou o meu aval pessoal e aconselho a quem quiser ouvir a minha presunção, que compre o seu Blu-Ray sem medo!
Obrigado pela resposta, Paulo. Li a coluna que você indicou e fiquei mais bem informado ainda. Excelente. Agora, gostaria que você tentasse me ajudar:
você acha mesmo que o blu ray vai vingar ou vai perder o bonde da história? a redução de preço dos player e dos discos é uma tendência ou é impossível prever alguma coisa? A Toshiba anuncia um contra-ataque. É pra valer ou desculpa de perdedor?
Muito obrigado
Fred,
Eu estive em uma palestra aqui no Rio, sobre DTV, e ouvi de um engenheiro envolvido nesta área que a Net não tem capacidade, em termos de banda passante, para distribuir o sinal de HDTV em toda a sua plenitude de qualidade. Em tese, seria o mesmo que dizer que o sinal do ar sempre será superior ao da Net HD. A deterioração do sinal digital por cabo é parecida com aquela que eu comentei em uma coluna recém-publicada (leia, por favor, em http://webinsider.uol.com.br/index.php/2008/07/17/dtv-e-hdtv-a-tv-digital/).
Existe, creio eu, uma maneira didática de entender isso: basta você comparar um DVD Superbit com um DVD comum, do mesmo filme. A diferença entre os dois é que o Superbit tem compressão MPEG-2 menor que o DVD convencional. Mas, para conseguir isso, os técnicos retiram menus em movimentos, trailers e extras, porque com a diminuição da compressão é preciso usar um espaço em disco (memória) maior.
A alta definição esta intrinsecamente ligada a uma velocidade de bi-rate muito alta, haja visto que o Blu-Ray usa espaço de 50 GBytes por disco, para garantir o espaço físico de memória para conseguir a melhor imagem possível.
A Net, como qualquer distribuidora de sinal, satisfaz o assinante com dezenas de canais, para os quais ela precisa achar banda passante suficiente. O ideal seria a gente ter menos canais (na minha modesta opinião, a maioria deles eu jamais assinaria voluntariamente) e melhor qualidade para os que sobrassem.
Eu sou assinante Net, mas esta estória do comodato pelo decoder, a alto preço e a fundo perdido, aliado à falta de garantia de qualidade do sinal e mais a ausência de conteúdo, tem desanimado a mim e a todos que eu conheço na mesma situação, de migrar para o novo sistema. E, segundo eu soube, pela mesma fonte, com a transmissão por satélite, esta coisa tende a ser ainda pior. É esperar para ver.
O preço de um blu ray player é pornográfico. O dos discos também, sem contar a indigência de títulos etc etc… Dá pra ficar horas falando dos problemas mas eu gostaria, apenas, de fazer um adendo sobre a ganância de distribuidoras de sinal de tv por assinatura, que oferecem decodificador a preço alto em comodato. Com esse decodificador, existe uma perda acentuada de qualidade de imagem dos canais sd, que são a esmagadora maioria (transmissões em alta definição são raríssimas). Vi na prática, e a perda foi admitida textualmente por um instalador. Ele só não soube – ou não quis – me dizer por que isso acontece. Você saberia, Paulo?
Mesmo em termos de Brasil, o preço das TVs não é o grande empecilho, até porque, para alta definição, qualquer tela com pelo menos 720 linhas de resolução resolve satisfatoriamente, até umas 42.
E em termos do comércio exterior, o disco propriamente dito chegou ao nível de preço do DVD.
E em ambos os casos, o preço dos leitores Blu-Ray ainda está fora da realidade do mercado de massa, embora já se possa ver por aí PS3 a 1700 reais, com direito a assistência técnica da Sony, ou seja, não vem do tradicional importabando.
Eu venho acompanhando o mercado de títulos com interesse, desde o ano passado. Na minha modesta opinião, este caminho não tem mais retorno. Uma vez vencidas as barreiras do HD-DVD, os principais estúdios que estavam fora do circuito anunciam planos mirabolantes.
Dias atrás, Bob Gale, um dos Bobs, que escreveram filmes como Back to the future, aparece em Los Angeles com uma cópia em alta definição do filme debaixo do braço e anunciou, para quem quisesse ouvir, que se tratava de uma cópia restaurada, cujo destino seria uma edição em Blu-Ray.
Não é uma mera coincidência ter sido este o enésimo cineasta que destaca o Blu-Ray como o caminho mais óbvio e desejável para os fãs e entusiastas de cinema. Na realidade, o cinema tem sido o motivo mais basal pelo qual o Blu-Ray se tornou um formato vencedor, e o motivo é muito simples:
Quando se fala em home theater, não se pode esquecer que o seu objetivo principal é a instalação do cinema convencional dentro de casa. Todos os detalhes desta instalação são voltados para a exibição de filmes. No Blu-Ray, é finalmente possível se transferir, sem restrições, a fotografia original e o som de estúdio.
Até certo tempo atrás, o grande obstáculo seria como fazer chegar tudo isso na tela do usuário, mas com o advento das telas em 1080i e 1080 a preços abordáveis (as primeiras só para bilhardários), este obstáculo foi vencido.
A gente também precisa entender que, infelizmente, o mercado de home theater sempre teve uma tendência a ser elitista, e até ele chegar ao consumo de massa, uma série de barreiras tem que ser vencidas. Já houve época na minha vida de hobbyista em que um leitor de DVD chegou a custar cerca de 2000 reais, e só porque ele tinha saída em varredura progressiva. E aí eu pergunto aos leitores: quando tempo levou para este padrão se tornar barato? E notem que tem muita TV por aí que nem aceita este tipo de sinal!…
Acho que não foi citado o preço de uma tv que alcance 1080 linhas. O conjunto fica caro.
Nolan,
Você me conhece e sabe que eu respeito muito a sua opinião, mas não creio que a sobrevida física do Blu-Ray seja de 10 anos. Disseram algo parecido sobre o CD, e no entanto eu tenho discos prensados em 1983, em perfeito estado.
Os problemas de estamparia que eu vi até hoje foram dois: um, da época do laserdisc, e que foi chamado de laser rot: o disco começava a mostrar um aspecto meio estranho, como se estivesse se decompondo, a gente, quando ia ver, a reprodução era mais ruído do que sinal. O outro problema foi aquela fatídica cola que a WAMO usou, que desprendia da segunda camada dos DVDs, que inutilizavam por completo a reprodução de parte ou do todo do disco.
A leitura do disco Blu-Ray não é crítica. Quando o sistema foi desenvolvido foi feita a mudança de comprimento de onda do pick-up ótico, de baixa (região do vermelho) para alta freqüência (região do azul), o que possibilita a leitura em camadas mais profundas do disco, porque a penetrabilidade de qualquer radiação é inversamente proporcional ao comprimento de onda, ou seja, quanto maior a freqüência mais a luz penetra no disco.
Sinceramente, aonde eu tenho a minha atenção focada, neste momento, é no trabalho ultra-avançado, que está sendo feito de forma pioneira, nos laboratórios americanos e europeus. Este trabalho permitirá aos cinéfilos e interessados em preservação de filmes, a recuperação de obras importantes ou daquelas que necessitem de um trabalho de recuperação de fotogramas em processos de deterioração.
Dias atrás, a Warner anunciou a recuperação digital do filme A star is born, de George Cukor, um dos últimos, senão o último filme de Judy Garland. O filme já havia passado por uma restauração, com a recuperação de cenas, levando o tempo de projeção para cerca de 176 minutos, mas agora o estúdio está testando um processamento por telecine digital com 6K (6 mil linhas) de resolução. O trabalho é experimental, e está previsto para durar seis meses. Quanto terminar, o resultado final, se bem sucedido, vai, adivinhe, para uma edição em Blu-Ray. Preciso dizer mais???
Muito bom o teu artigo, Paulo, mas você já sabe minha posição: o Blue ray é um formato do século passado cujo leitor usa os mesmos motores e sistema ótico que um CD player usa. O consumo de energia aliado ao lado crítico da midia que pode até não chegar a durar uns dez anos me faz voltar para tecnologias recentes como o AVCHD, cujas benesses em alta-definição já podem ser encontradas em camcorders a venda aqui mesmo no Rio de Janeiro.
As vendas no Brasil de aparelhos BlueRay sãoesporádicas devido ao custo absurdo do player e dos discos,enquanto que o DVD vende no Brasil cerca de 3000 aparelhos dia e um numero absurdo de discos que não consegui pesquisar. O preço pode e deve cair,mas a demora pode ser fatal,pois tecnologias citadas estão tomando corpo(você mesmo me passou o site da AVCHD). Entendo que o Bluray é para quem quer assistir alta definição AGORA, mas honestamente eu não embarco numa canoa furada destas, pelo menos até um player custar cerca de 100 reais.
Recentemente assisti filmes aqui em casa com meu DVD cuja qualidade estonteante bateu a imagem de cinemas,como o Cinemark e o espaço Unibanco. Sei,é claro,que o BR pode me dar qualidade melhor, mas a relação custo-benefício é péssima.Me recuso a entrar no joguinho da Sony.
E quanto a TV digital:Foi uma Lulada! Aquele senhor que sou forçado a ter como meu presidente não perde tempo em tentar ganhar espaço politico memo que seja através de promessas&premissas falsas. Antes da TV digital, temos que ter a TV a um bom preço. Aliás,o que determina o sucesso de tais aventuras comerciais é o bolso do consumidor.
Tenho a resposta ao seu sofrimento PS3 de 40 GB que hoje já está em torno de R$1300 reais em loja menores até R$1750 reais em lojas de Grife como americanas Submarino shoptime e etcc. e dão a mesma garantia de lojas menores que vendem por R$1300 reais.
Portanto é o preço mais barato no mundo atualmente
e vc leva um Console de ultima geração de bônus.
Quanto a Tv digital enquanto decodificador não estiver na faixa dos R$200 a R$250 reais e o Sinal não estiver nas pricipais capitais do País o povão não irá as compras.