Em um cenário de constantes avanços tecnológicos, fica cada vez mais difícil manter-se atualizado, certo? Afinal, são milhares de informações diariamente circulando em vários tipos de mídia – na televisão, no rádio, nas revistas e em nossa parceira real time, a internet.
A internet sem limites, sem fios e sem regras… se podemos usá-la para nos informar, por que não para nos formar?
Considerando menos tempo e mais informação, qual outro caminho além da tecnologia para adquirir o conhecimento necessário? Se nos tornamos workaholics, o tempo agora é imprescindível e a tacocracia nos devora.
Aconselho todos a não resistir ao podcast, excelente forma de aprendizado. Ao tornar a tecnologia uma aliada podemos ampliar nosso conhecimento, seja via MP3, e-learning, m-learning…
A necessidade de uma educação contínua e permanente – lifelong learning – atesta o valor da educação como estratégia de sobrevivência, para o individuo ou o profissional no mercado de trabalho.
No meio corporativo a cultura do e-learning já solidificou e recebe investimentos milionários. Nosso desafio e fazer o mesmo com a população, com o ensino público.
Entre os resistentes estão alguns professores que se negam a inserir a tecnologia em salas de aula. Sim, porque para educar com esse novo aliado é necessário repensar as formas de praticar educação.
O conhecimento ao alcance de todos, via internet, pede um professor que abra mão do controle centralizado, dê autonomia e atue pela construção colaborativa do conhecimento.
Incentivar a iniciativa, não o conformismo
Um trampolim do e-learning foi a exigência da LDB (Lei de Diretrizes e Bases), de 1996, de que todos os professores da rede pública de ensino tivessem nível superior – e isso foi possível pelo e-learning. Com a mesma demanda no meio corporativo, o e-learning cresceu, evoluiu e hoje pode atender a todos de forma simples e eficaz em diversas plataformas.
Merece atenção especial uma área que recebe milhões em investimentos do mercado corporativo, foco internacional e iniciativas do Governo: a Universidade Aberta do Brasil, programa do Ministério da Educação, criado em 2005. O objetivo é capacitar professores e atualmente busca atender a população quanto à oferta gratuita de cursos superiores no Brasil.
Vamos prosseguir com o assunto mais adiante e já adiantamos siglas cotidianas da área, como LMS (Learning Management System), SCORM (Sharable Content Object Reference Model) e LOs (Learning Objects), que impõem os atuais padrões, limites e restrições no planejamento, criação e desenvolvimento de soluções educacionais. São itens que atestam funcionalidades, reutilização e eficiência na estrutura, mas este é outro assunto.
Enfim, por que não e-learning? [Webinsider]
.
Ricardo Carvalho
<strong>Ricardo Alves de Carvalho</strong> (r.carvalho@uol.com.br) é designer, coordenador de desenvolvimento web, professor e especialista em ensino a distância.
9 respostas
OLA RICARDO !!
o uso da tecnlogia na educação a distacia,posso disser que é uma realidade pois faço parte.estudo no curso oferecido pela UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL(UFC).E porque não usar o e-liarnig no ensino público?Não vejo problema nenhum. todo benefício para melhor a educação é bem vido.
Olá pessoas!
A minha experiência no ensino público e privado aqui na Baixada Fluminense-RJ me leva a concluir que os alunos do Ensino Médio não têm a mínima noção da poderosa ferramenta que está a sua disposição – O Computador – e as infinitas possibilidades de aprendizagem que a internet pode proporcionar. A grande maioria tem seu profile no Orkut, mas tem dificuldades para enviar um simples e-mail quando solicitado.
O crescente aumento da EAD no Ensino Superior se deve a iniciativa de procura dos alunos, na medida em que os cursos são oferecidos. Já implementar o e-learning ou EAD para um público que não está preparado, parece precipitado.
Concordo com o Sérgio Lima quando diz que Menos é mais , a alfabetifação digital ainda está no início e o trabalho é de formiginha.
Acredito que esta Técnologia é o futuro, e quanto antes ela for inserida no cotidiano das pessoas, mais rápido será o resultado, por esta razão por que não começar com as crianças e os jovens? Pricipalmente os que não tem tanto acesso a essa tecnologia, podendo ser desenvolvidas não apenas no conteúdo ministrado em si, mas também a utilizar o que fará parte de nossas vidas num futuro não muito distante, desta forma será mais fácil quebrar paradgmas, e fazendo com o que os professores vejam desta forma será muito mais fácil.
Só essa frase diz tudo: Incentivar a iniciativa, não o conformismo. O ensino à distância veio pra ficar e está acontecendo em todo o Brasil. São compravadamente os melhores conceitos apurados pelo MEC. E-learning muda, radicalmente, a visão de janelas para o mundo. O ensino público está caminhando e reconquistando os espaços perdidos durante décadas, investindo em novas tecnologias e aperfeiçoando seus alunos, técnicos e professores que, a cada dia, estão descobrindo que tem um e-universo dentro de uma TV de plasma ligada a uma e-tomada.
Olá Ricardo !
Realmente acho que aprendizado quanto mais acessível melhor, pois hoje em dia o tempo esta cada vez mais reduzido e as exigências para que se tenha um conhecimento amplo é cada maior, por isso, acho que a tecnologia esta aí para fazer a diferença e seria muito mais útil se quando saímos do ensino publico tivéssemos o preparo necessário para nos deparamos com esse mundo extremamente globalizado e exigente!!!
Parabéns pelo artigo.
Na minha opinião, não é só barreira tecnológica não. Barreiras culturais também tem que ser quebradas. Veja esta notícia: http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2008/06/06/biologos_formados_em_cursos_de_graduacao_distancia_estao_proibidos_de_tirar_registro_profissional-546694206.asp
Ainda não tenho segurança em fazer um investimento numa curso à e no final das contas o diploma não valer em nada.
Olá,
O governo brasileiro está na vanguarda de educação a distância, basta citar o internacionalmente premiado TV Escola ou, sobre e-learning, lembrar as inúmeras ações no ensino superior e profissionalizante com o e-proinfo (ambiente virtual de aprendizado desenvolvido pelo MEC) e, como citado por você, a Universidade Aberta do Brasil.
Porque não usar o e-learning no ensino público? Não vejo nenhum empecilho e me parece que ninguém dentro ou fora do governo. Então afinal qual seria o propósito do seu artigo mesmo?
Opa Ricardo!
Acho que e-aprendizagens (e-learning) será o futuro. Mas antes temos que investir, como disse o Marcio, no peopleware!
E digo mais, na maior parte das vezes a educação pública deveria introduzir as TICs, a partir de opções minimalistas!
Moodle, Dokeos e outros AVAs deveriam aparecer depois que os professores dominarem ferramentas como lista de e-mails e ferramentas simples de publicação colaborativa (Wikis e Blogues).
Menos é mais, também em educação!
Acho que todo avanço é muito bem vindo e, no caso do e-learning, são muitos os benefícios, mas ainda acredito que o problema da educação é muito mais que de ordem tecnológica, tem mais a ver com o valor de se dá para o processo de aprendizado, a relação aluno-professor, a valorização dos profissionais e a riqueza das experiências que se vive na sala de aula. Se todos esses itens tivessem fossem tratados com extremo respeito e importância, não sei se precisaríamos tanto dessas ferramentas, seria apenas mais uma cereja no bolo. O material humano é que é importante.