Educação e tecnologia em convivência harmônica diante do objetivo de educar/formar pessoas melhores – e para isso é preciso qualidade, em todos os fatores do processo ensino-aprendizagem, do professor ao aluno.
Essencialmente deve-se investir na formação do corpo docente, que deverá estar preparado para um novo modelo educacional que considere a tecnologia como parceira, e não como obstáculo.
A diversificação dos meios é apenas um caminho. É necessário experimentar e utilizar conforme a sua própria métrica, uma vez que lutar contra as inovações é uma batalha perdida. Esse novo modelo educacional é regional, cultural, atual e a tecnologia está inserida nesse contexto.
A tecnologia da informação e comunicação (TIC) é utilizada na educação como apoio, assim como o e-learning em alguns cursos.
Não raro, o professor orienta seus alunos para que acessem sites de referência, troquem e-mails e endereços de comunidades sociais para assuntos comuns. Em conferências via Skype, interessados, profissionais e pesquisadores compartilham seus conhecimentos e pontos de vista.
A tecnologia está presente. O desafio é usá-la em favor da educação, não importa se um holograma ou um quadro negro. Podemos contar com o DVD, CD, podcast, mp3, jogos instrutivos, o simples e-mail, Orkut, YouTube e por que não o celular?
Estamos falando de uma parte da sociedade que vive em grandes cidades e possui fácil acesso à tecnologia. Para trabalhar com esse fator é imprescindível que os alunos estejam habituados aos recursos que utilizaremos, caso contrário o efeito será desastroso.
Nesse cenário, ainda que os recursos sejam diversos, suas aplicações e implementações devem ser medidas pelo professor/formador de forma gradual, consciente e orientada. Para as instituições de ensino vale estimular as primeiras iniciativas, motivar os professores e apresentar o modelo de parceria: professor (conteudista) e desenvolvedor (técnico).
O professor não precisa ser expert em tecnologia, com auxílio necessário ele pode e deve manter o foco no ensino, na pedagogia.
Um dos receios e problemas mais comuns é a utilização do CTRL+C e CTRL+V, por parte de alunos mal intencionados.
Isso é fato, caso o professor resista ao uso da tecnologia poderá premiar um trabalho plagiado. Por que não repensar a proposta do trabalho para vencer essa dificuldade? Se tentássemos elaborar melhor, remanejar o prazo e ao invés de solicitar trabalhos sobre temas discutidos há décadas, solicitássemos propostas de novas soluções para velhos problemas?
Temos a grade e os conhecimentos “obrigatórios”, além da criatividade para trabalhar com mais essa aliada, a tecnologia.
E-learning, eletronic-learning, aprendizagem por meios eletrônicos… todos juntos. Atualmente o termo está associado à internet, devido a facilidade de acesso, rápida publicação, edição, atualização, ferramentas de colaboração entre outros recursos. No entanto é muito mais abrangente e envolve qualquer dispositivo eletrônico que possa transmitir conhecimento e proporcionar aprendizado.
Entre as modalidades do e-learning, temos o
- Assíncrono: o conteúdo fica disponível constantemente e o aprendizado acontece de forma individual;
- Síncrono: conteúdos com horários pré-determinados, em tempo real e o aprendizado acontece de forma coletiva, por meio da colaboração e troca de informações;
- Blended-learning: reúne os dois anteriores e complementa com outros recursos mais aulas presenciais;
- M-learning: mobile learning, aprendizagem móvel que depende essencialmente da tecnologia de dispositivos móveis e seus recursos de recepção e transmissão de dados. Com os novos padrões e tecnologias da telefonia móvel, os novos pacotes de serviços devem impulsionar e viabilizar essa modalidade.
Em qualquer modalidade a relação professor-aluno é tão importante quanto no modelo presencial, até mais devido à ausência física que pode ser compensada por um atendimento muito mais especifico e individual. Esse elo deve ser preservado e o professor deve fazer sua manutenção constantemente.
Igualmente importante e entre as novas responsabilidades do professor está a relação aluno-aluno, onde o conhecimento será construído de forma colaborativa para o enriquecimento de todos.
Por exemplo, em um seminário sobre educação tanto eu quanto os leitores desse tema têm igual poder de opinião. Não precisamos apenas receber as informações silenciosamente e aceitar de forma mecânica e inconsciente; se aceitarmos será porque concordamos conscientemente com o real significado e não por medo ou falta de informação.
Nos bastidores do e-learning há anos, posso comentar sobre a migração de pedagogos das salas de aula para empresas do ramo. Por trás de um bom curso online há um profissional pedagogo tão competente quanto um professor em sala de aula.
Entre as características do e-learning o primeiro entrave pode ser a transição da pedagogia à andragogia. No entanto, teorias como a Conexionista de Thorndinke e a Taxonomia de Bloom podem ser tão comuns quanto o Behaviorismo, o Cognitivismo e o Construtivismo.
Nas universidades, o e-learning começou com matérias extras e optativas. Eu mesmo palestrei sobre o tema para envolver alunos e professores no assunto e em algum tempo já estava na grade dos cursos de graduação. Hoje temos cursos completos e pós-graduações, totalmente a distância. Gostaria de ver o mesmo acontecer nas escolas públicas.
Não há tempo a perder: os profissionais que querem manter-se no mercado de trabalho buscam constantemente o conhecimento e investem em novos cursos e meios de aprimoramento profissional. E na vida pessoal incentiva a iniciativa de aprender mais, durante toda a vida, e ser melhor como pessoa, cidadão e profissional. [Webinsider]
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Ricardo Carvalho
<strong>Ricardo Alves de Carvalho</strong> (r.carvalho@uol.com.br) é designer, coordenador de desenvolvimento web, professor e especialista em ensino a distância.
13 respostas
Olá Prof. Ricardo
Estou pesquisando refereincias bibliograficas para escrever meu TCC. Meu tema é “Aprendizagem interativa por meio de midias” ao ler seu artigo o qual gostei muito, fiquei wm dúvida se seria isso mesmo, por que pensei em envolver na minha pesquisa a aprendizagem interativa por meio da musica do programa de tv,celulares, internet (redes sociais , youtub). Acho que me equivoquei. Pelo que entendi no teu artigo a aprendizagem interativa é pelas redes sociais, paginas email depois vc diz que “No entanto é muito mais abrangente e envolve qualquer dispositivo eletrônico que possa transmitir conhecimento e proporcionar aprendizado.”. Eu poderia então escrever delimitando então somente as ferramentas eletronicas? Você podria me ajudar indicando referencias?
Abraços
Nilva
Claudemir, em nome de todos, muito obrigado! Mais uma vez reforço que no que precisarem sobre os bastidores da Web, contem comigo. No final de semana fui convidado para conversar com alguns professores sobre a implementação de conteúdos digitais na escola e fiquei muito feliz em poder colaborar. Para todos recomendo o site abaixo, tem uma lista imensa de cursos…
http://www2.abed.org.br/d_cursos.asp
Abs, Ricardo
Olá-Ricardo-Parabéns pelo conteúdo divulgado.
Você e a equipe do Webinsider estão dando um Show
para nós aqui do outro lado da telinha.
Concordo plenamente com a Katinha,pois minha visão
em relação ao tema era muito semelhante a dela.
Com o passar do tempo descobri que o aprendizado digital tem contribuído muito para a nossa forma
-ção profissional.
Um bom exemplo disso posso citar a umec.com.br;
pois tenho visto um ótimo exemplo de ensino á dis
-tância na área mecânica.
E para finalizar,peço por gentileza que se a Katinha souber de exemplos como o da umec me indicar,pois tenho muita vontade de aprender na área de designer.
claudemirpaulino@hotmail.com
Oi, Lucia
Acessei o site, parabéns pela iniciativa. Por favor, fique a vontade para selecionar os trechos que forem necessários, pois esse é o intuito, divulgar e esclarecer o tema. Estou imensamente satisfeito em poder contribuir.
Obrigado pelo convite e aceito com prazer, será uma excelente oportunidade de gerarmos mais idéias. Até lá…
Oi, Ricardo
Nossa, seu artigo veio em ótima hora. Sou uma das organizadoras do EducaCamp (http://educacamp.wordpress.com), que acontecerá no próximo sábado, 28 de junho, no Espaço Gafanhoto.
Enquanto lia o artigo deu vontade de selecionar trechos para abrir a jornada. É tão importante não só os educadores, mas pais e mães (os pequeninos também contam, né?) aprenderem as novas tecnologias e saberem conviver com as mudanças.
O que mais me chama a atenção, sempre, é a mudança de paradigma. Afinal, a gente não está preparando profissionais e pessoas para o mesmo contexto em que a pedagogia se estruturou, né?
Outro mundo, outras lições. Belo artigo.
Se puder (e quiser) venha para o encontro. Será um prazer ter você entre nós.
Abraço
Adorei!
Ricardo, que matéria clara, objetiva, dá para notar que você tem completo conhecimento do assunto!
Parabéns!
Aliás, tenho provas de que quando você se dedica a um assunto, ou trabalho, ou a um pbjetivo, você sempre finaliza com um perfeito trabalho!
Tenho uma novidade, sou voluntária em uma ONG que atende crianças carentes, que estudam em escolas públicas, de 5 a 12 anos e sou professora de matemática deles, e ha dois anos, uso a informática para, além de ajudá-los no aprendizado da matemática, consigo fazer com que eles aprendam a fazer pesquisas sobre tudo, qualquer tema importante publicado pela mídia, lá vamos nós pesquisar, ler e aprender sempre mais. Alguns deles querem fazer o que você disse, copiar e colar, mas tento mostrar que podemos encontrar muito conhecimento bom se entrarmos em sites confiáveis e com isso mostro que conhecimento é um tesouro e quanto mais conseguirmos, melhores pessoas seremos.
É isso Ricardo!
Parabéms pelo seu trabalho!
Márcia Parrini
Olá, Gilvan, acessei o link indicado e já adicionei aos meus Favoritos, afinal as novidades começam nos bastidores do e-learning e nós podemos divulgá-las aqui! Sucesso com o Moodle, excelente escolha.
Boa noite,
Bem completo o seu artigo.
Trabalho desde 2000 com EAD e tenho acompanhado todas as mudanças.
Atualmente migrei tudo para o moodle, ferramenta de código aberto e gratuita. Junto ao moodle, utilizo ferramentas web2.0, blogs, vídeos, etc. Tudo voltado ao aluno.
Saiba mais aqui http://www.educnet.info
Olá,
Grande coincidência, pois frequentamos a mesma Pós-Graduação, conclui em 2006. Enfim, essa troca que citou é imprescindível para o aproveitamento do e-learning, espero continuar disseminando o conceito de modo que todos se envolvam e aproveitem. Estou empenhado em usar os artigos com esse propósito e podem contar comigo para consultas e dúvidas também. Muito obrigado a você e a todos os leitores!
Olá Ricardo,
parabéns pelo artigo!!!
Sabe… na primeira vez que ouvi falar do e-learning há alguns anos atrás ficava imaginando como deveria ser difícil e complicado o aprendizado no meio digital. Porém, as minhas experiências com os cursos que fiz só me provaram o contrário. É uma experiência muito rica poder acessar o conteúdo a partir de qualquer meio eletrônico. Com os PDAs então… nem se fala. Além disso, o meio possibilita a troca de informações com pessoas de outras regiões do mundo, que não conheceríamos se a aula fosse num ambiente físico. Gostei muito do texto. Parabéns.
kátia
Olá,
Atingi o meu objetivo e fico muito satisfeito por ter a opinião de um Professor e um Analista de Sistemas, mais uma prova de que educação e tecnologia devem andar juntas. Obrigado pessoal e contem comigo.
Abs, Ricardo Carvalho
Muito bom o artigo, me abriu a mente para o e-learning (ampliou minha percepção do que é), pois eu sempre tive receio de fazer um curso à distância, talvez pela falta da presença física do professor mas vi em seu artigo e concordo que utilizando um fórum para discutir alguns assuntos ou pesquisando assuntos em sites, estou praticando o e-learning e já faz um bom tempo! Aliás, aprendo muito com as matérias aqui do W.I.
Tks!
Parabéns pelo artigo!
Sou professor em escola pública e sei o quanto é difícil possuir recursos extras para a melhoria da aprendizagem. E toda a tecnologia só vem contribuir com esse processo.