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Já escutei muita gente reclamando que o problema do Twitter são as mensagens em que o cara fala o que está fazendo no momento. Tipo:

– Comendo pastel na feira.

Eu fazia coro com essas pessoas. Para mim, o ideal seria usar o Twitter apenas pra fazer circular coisas interessantes que vamos pescando na rede ou também abrir conversas maiores publicando links para posts do meu blog.

Mas esses dias caiu a ficha em relação a essa ferramenta.

O post mais adequado para o Twitter traz um início de bate-papo porque a função do Twitter é semear conversas. (E de uma maneira diferente das que se tem pelo MSN porque você não sabe exatamente quem está do outro lado da linha.)

De certo modo, o Twitter é uma rede de transmissão de epifanias. O que circula não é a informação seca, mas algo que talvez muito sutilmente una você a uma possível coletividade.

Não precisa ser reflexão profunda e não tem público definido, mas meio que termina com reticências para quem por acaso pegar o bonde, acrescentar seus três centavos. E se isso não acontecer, também não é para se cortar pulsos.

Nesse sentido, entendo o que o Pedro Markun quer dizer quando fala que o Twitter é parecido com o “fluxo de pensamento joyceano”, que você não reflete para participar, mas reage, descarrega estalos da consciência que não precisam ter destino ou forma definidos.

Mas acho que dito dessa maneira, dá a entender que o Twitter seja uma ferramenta individualista, para o sujeito despejar o que tem a dizer, quando o bacana da ferramenta é perceber como ela de certa maneira emula (existe essa palavra em português?) sinapses.

Vejo as conversas pelo Twitter formando trilhas de idéias e informação a partir da associação do que cada ponto do nós faz com a informação que recebe. Tudo geralmente despretencioso, mas ainda assim, construindo correntes de comunicação.

Enfim, este post traz uma idéia ainda em fase de processamento. Se alguém quiser jogar seus três centavos… 😉 [Webinsider]

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Avatar de Juliano Spyer

Juliano Spyer (www.julianospyer.com.br) é mestre pelo programa de antropologia digital da University College London e atua como consultor, pesquisador e palestrante. É autor de Conectado (Zahar, 2007), primeiro livro brasileiro sobre mídia social.

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7 respostas

  1. acho o twitter bem legal se vc quiser fazer um task tracking.
    agora, eu pensei que a expressão eram 2 cents, não 3…. 50% de aumento… mesmo com deflação nos alimentos?

  2. Experimentem participar de um evento onde o Twitter funciona como uma suporte para seminários, palestras, mesas redondas, etc.

    É muito bacana!

  3. Eu tentei resistir ao Tumblr até o último suspiro, depois de tanta insistência de meus amigos para entrar. Estou a um mês nessa ferramenta, e parece que a galera realmente curte essa parada. O que eu tenho notado, é que os brasileiros, especificamente, adoram reclamar pelos cotovelos sobre a vida, lá! Como elas não podem fazer isso na vida real (as pessoas iam achar elas chatas demais – só reclama!), fazem no Twitter, onde elas parecem pessoas super interessantes, ocupadas, cheias de problemas pra resolver. Mas eu só tenho americanos e brasileiros na minha lista, então não sei ao certo se são só os brasileiros que fazem isso lá.

  4. Opa Juliano!

    Eu sou suspeito pra falar, pois não uso (nunca me cadastrei) no twitter… mas eu acredito que conversas (ou epifanias) serão produtivas se houver estofo cultural ou reflçexão… me parece (chute mesmo) que é tudo que o twitter não tem…

    Pelo que vi, olhando a página do twiiter domprincipais cabeçudos da net, twwiter é ejaculação precoce de conversas…

    Daí gera tabalho pra filtrar as idéias relevantes… eu (leia-se, euzinho, não os outros!) prefiro quando as conversas já decantaram e chegaram aos blogues… Daí todo lixo, toda inutilidade, todo ruído já foi pesadamente filtrado!

    Pra mim, twitter vai continuar uma ferramenta irrellevante… não trabalho com leilão, logo não preciso ser o primeiro a saber das idéias, preciso ter acesso as que são relevantes!

    []s

  5. É… também me toquei disso há poucos dias… mas o problema do Twitter ao meu ver é o tempo que ele toma do indivíduo 🙂

  6. Persegui a idéia do Twitter mais para entender e o que o Spyer comprova houvera visto em parte em outro comentarista. Sua sacada é legal e mostra realmente a contemporaneidade dessa ferramenta.
    Por outro lado, o Gjol da Federal da Bahia tem utilizado justamente para colocar os feeds, e isso é bom para quem é pesquisador, etc.
    Não sei como as pessoas tem tempo para colocar que fez isso ou aquilo, mas é o que há e está dado.
    Defendo a idéia do papo, mas papo furado não dá! Se ser pós-moderno é jogar tempo fora, eu estou fora, messssmo
    @_@?
    ? ?

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