Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Dizem que quando alguém sai de casa para comer, já sai sabendo o que pedir. Verdade ou mentira, o que prevalece é que existem pratos que vendem mais que outros. Por quê?
 
O cliente não percebe, mas quando faz seu pedido, pensa em custo/benefício (o preço do prato e conteúdo do prato), pensa no paladar (somos conservadores, não gostamos de inventar muita moda na hora de comer, porque se o prato não agradar, jogamos o dinheiro fora) e também pensa em outras coisas (tempo de espera, apresentação, quantidade?etc). Podemos então dizer que o que faz um prato ser uma referência de vendas são basicamente três coisas:

Custo/beneficio

Pratos com itens combinados são muito mais atrativos que porções únicas. Os vencedores dos últimos anos do Comida di Buteco tinham pratos formados por combinações de no mínimo quatro itens. Os clientes gostam de ter a impressão de que estão “levando vantagem”. O prato mais caro não costuma ter boa saída.

Mesmo dispostas a gastar, as pessoas preferem optar pelo segundo ou terceiro maior preço do menu. A razão é curiosa.

Perguntadas sobre o motivo da escolha, elas dizem que se sentem tomando uma decisão mais vantajosa. O prato de preço abusivo funciona, portanto, como um estímulo para que as pessoas peçam outros apenas um pouco mais baratos.

Paladar (ou lembranças afetivas)

Pratos acrescidos de termos como “tradicional” ou “à moda da vovó” sempre aparecem no ranking dos mais vendidos. Eles não apenas remetem a um terreno conhecido como ajudam a despertar lembranças afetivas. É interessante observar que o comportamento das pessoas não varia: ele é o mesmo numa lanchonete ou no melhor três-estrelas de Paris.

Apresentação

Pratos de rápido preparo e com uma montagem que não fique bonita só para olhar. É importante que um prato seja montado de forma que não desmanche ou fique feio depois de algumas beliscadas. O sorvete, por exemplo. Sempre são servidas bolas pequenas de um sorvete que acompanha uma sobremesa. Não é por economia, é estética. Uma bola grande derrete rápido e deixa o prato feio, sujo.

Um rodízio de sucesso, seja de comida japonesa, pizza ou churrascaria, precisa atender esses três pontos. Ele precisa ter variedade – ninguém vai num rodízio para comer uma coisa só. Ele precisa passar o conceito do benefício, de ser vantajoso para o cliente pagar um preço fixo e comer à vontade. E deve ser rápido, porque as pessoas não estão dispostas a esperar muito pela passada do próximo garçom. [Webinsider]

.

Avatar de Rafael Mantesso

Rafael Mantesso (mantesso@gmail.com) é especializado em marketing e criatividade em restaurantes e mantém o blog Marketing na Cozinha.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

7 respostas

  1. Vivendo e aprendendo!!!!!!Excelente artigo.É a mais pura verdade… Muitas vezes a opção por um prato conhecido é mais vantajoso, que a escolha pela beleza de um desconhecido, tornar-se uma decepção…
    Parabéns!!!!!!!!!!!!

  2. Muito interessante. Consideramos ainda que comemos com outros sentidos, como a visão e o olfato. Desde colocar a comida na mesa borbulhando ou na pedra, até a forma geométrica da montagem da pizza ou o enfeite de alface e tomate em flor. Desde colocar as cores certas em cada peça de comunicação até escrever em tópicos e subtítulos palpáveis.

    Parabéns pelo post.

  3. Ótimo…

    comparando com os sites que estou produzindo e aperfeiçoando, essa é a comparação que faltava para poder lançar com muito sucesso(assim espero), meu novo projeto.

    “Site a moda do webdesigner, média, grande ou gigante? escolha os sabores, com ou sem borda?“

    heheheh essa brincadeira vai ser legal…

  4. Excelente! Parabéns! Embora não tenha estudado nada de marketing, de comida acho que entendo um pouco. Minha descendência árabe não me deixa negar. Você está no caminho certo.

  5. Realmente você tem toda razão, quando consulto o cardápio do restaurante, olho o preço, um prato já conhecido para não ter erro, mesmo gostando de provar pratos mais sofisticados e diferentes, mas em determinado momento eu prefiro não arriscar, como já aconteceu várias vezes de não me agradar o resultado final do prato solicitado. Tenho um conhecido que chegou no Para e foi até um restaurante e resolveu pediu um pato a tucupi. Ele não tinha ideia de como era esse prato, precisou pedir um outro, com certeza já conhecido.E as historias não param por aqui.
    Gostei muito do seu artigo. Parabéns.
    Idalina – Macaé – RJ

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *