As melhores ideias surgem nos momentos mais inusitados, de abstração. Hora em que nosso ego, ou seja, a nossa auto-censura, relaxa. É quando o nosso hemisfério cerebral direito sente-se livre para criar novas conexões entre os pedaços do nosso conhecimento. Dessas associações surgem as novas ideias.
Naturalmente, quando estamos regidos pelo hemisfério esquerdo do nosso cérebro, que é o racional, tendemos a dar ao mundo respostas mais lógicas, cartesianas, previsíveis. E em boa parte do nosso dia é isso que o mundo espera da gente. O problema é que, por passarmos muito tempo dentro dessa ditadura racional, os momentos em que precisamos recorrer à imaginação tornam-se desgastantes demais, já que nossa mente criativa está trancada, muito provavelmente com um cadeado enferrujado.
Daí a necessidade de manter a mente sempre em estado de curiosidade, fazendo perguntas cada vez melhores, abusando do “e se” e do “e por que não”?. Agindo assim, mesmo que sejamos obrigados, pelas circunstâncias da vida, a permanecer dentro de um estado de espírito racional durante as melhores horas do nosso dia, ao menor sinal de guarda baixa do ego, a nossa mente vai tratar de apresentar sua produção silenciosa, fazendo as ideias virem à tona.
Não são raros os momentos em que, sentado no banheiro, surge uma boa ideia. Ou então, fazendo a barba ou tomando banho. Ao adormecer ou acordar também, já que o nosso ego demora um pouquinho mais que nós para despertar, deixando-nos por alguns minutos num estado de semi-êxtase, antes e após o sono.
Lendo algum livro por distração, fazendo exercícios físicos, fazendo algum trabalho manual, durante um sermão na igreja ou uma reunião chata também são momentos propícios para a criatividade manifestar-se, já que o ego distrai-se e as deixa escapar do cercadinho do medo do ridículo.
Quando nova, toda boa ideia, que é aquela que realmente promove mudanças, tem um pouco do “ridículo” na sua essência, já que a noção do ridículo faz parte das ferramentas de controle do ego. O importante nessa hora é ter por perto algo que permita registrar a nova ideia – caneta, papel, gravador, etc – para poder refiná-la mais tarde.
Quando o ego relaxa, a criatividade goza. Mas quando ele desperta, faz de tudo para limpar a aparente bagunça que é o processo criativo, inclusive varrendo as novas ideias para baixo do tapete do esquecimento. [Webinsider]
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Eduardo Zugaib
Eduardo Zugaib (falecom at eduardozugaib.com.br) é profissional de comunicação, escritor e palestrante motivacional. Sócio-diretor da Z/Training - Treinamento e Desenvolvimento.
8 respostas
Tenho 42 anos, sempre sonhei em ter uma grande idéia;
lendo seu texto Eduardo, já me ajuda o bastante para iluminar as minhas idéias. Parabéns e Obrigado !!!
Parabéns pela matéria, estou vendo varios textos seus e a maior
Olá Eduardo,
FAN TÁS TI CO!!!!!!!
A comunicação com palavras que nos indique uma nova ótica do mesmo cenário nos faz perceber novas situações!
Muito Agradecido!
é verdade… e quando a gente deixa o ego atropelar é a preguiça do nosso cérebro trabalhando… esse artigo também é muito legal e tem tudo a ver com o assunto.
O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.
http://yamanaka.spaces.live.com/Blog/cns!D9810953D23B5EF6!725.entry
Excelente artigo!
As boas ideias aparecem quando vc nao esta procurando por elas, porém como saber quando elas realmente podem dar resultado, já que muitas vezes elas podem estar muito proximas do ridículo? Acredito que e necessario coloca-las no papel e pesquisar a sua realidade logo, antes que o mundo racional nos impeça novamente de construi-las… Muito bom o seu texto, pois nunca tinha parado para pensar que e realmente isso que acontece conosco… Parabens
Excelente seu texto Eduardo, mostra claramente onde inicia o processo de criação. Muito interessante.
Idéias novas parecem sempre ridículas, e agente fica pensando… pensando e tomamos conta de que é assim que acontece. Outro dia estive tento umas idéias, tipo nessas ocasiões – banheiro, barba, no bar… e coloquei elas no papel mesmo, e está dando um resultado para minha vida!