O mainframe, computador de grande porte dedicado ao processamento de volumes gigantescos de informações, completou neste mês de abril 45 anos de existência como IBM. De acordo com o Computerworld, a fabricante informou que as vendas globais de mainframe cresceram 11% em 2008.
O Brasil é o terceiro mercado de mainframes do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e Alemanha. O país possui atualmente 140 empresas usuárias de mainframe e respondem por 10% dos novos contratos fechados nos últimos dois anos.
Especialistas do setor de Tecnologia da Informação, principalmente os que atuam com mainframe no segmento financeiro (setor que mais demanda a utilização de mainframes), enfrentaram muito preconceito nos últimos 15 anos.
Os profissionais resistiram bravamente às duras críticas de que lidavam com uma tecnologia arcaica e que estava fadada a morrer, mas hoje o cenário é bem diferente, estes profissionais que atuam com mainframe são reverenciados pela especialização adquirida e bastante valorizados no mercado em função de quase não haverem profissionais habilitados para lidar com esta plataforma.
Enquanto existir no mercado mundial empresas que processem volumes altos de informações, como bancos, governo, empresas de cartão de crédito, entre outras, não há previsão de um dia o mainframe acabar.
Como consolidador do processamento de altos volumes de informações ele é imbatível, não há outra plataforma compatível no mercado, além do que, ainda hoje a maior parte das linhas de código no mundo está em Cobol que é a principal linguagem usada nesta plataforma, o que demandaria um custo muito alto para a conversão destes programas.
Devido a estes pontos, a não ser que algo novo e totalmente inovador seja inventado, acho difícil o fim desta plataforma no curto e médio prazo. [Webinsider]
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Marcelo Tognai
<strong>Marcelo Tognai</strong> é gerente de projetos de TI para o setor financeiro junto à BRQ IT Services e publica no blog <strong><a href="http://biz.brq.com/" rel="externo">BRQ Biz</a></strong>.
7 respostas
tenho um projeto que vai fazer a interface do desenvolvimento de sistemaS com as proc de Produçao, incluindo novos steps e atualizando os existentes, de uma forma automatizada.
quem se interessar pode me mandar um email que explico com mais detalhes.
abraços a todos.
Ronaldo BH.
Em 92 tive o primeiro contato com o mundo do Teleprocessamento, e as famosas maquinas azuis e suas controladoras de canais e terminais estavam fadadas a morrer, foi o que ouvi na epóca.
Hoje 16 anos depois elas continuam imbativeis se atualizando e cada vez mais insuperaveis, por que?
Ora porque com elas não tem que dar Ctrl / Alt /Del no minimo uma vez por semana, só por isso, para aplicações de risco e demanda absurda só o bom e velho mainframe.
Abcs
Monteiro
O sucesso do mainframe deve-se a apenas um fator: ele funciona. E agora mais do que nunca, eles estão aí em plena expansão e atualização. São compatíveis com as mais novas tendências e tecnologias existentes, e não te deixam na mão.
Infelizmente, ainda há uma grande ignorância por parte de alguns profissionais de tecnologia, que desconhecem o mundo da alta plataforma. Uma coisa é fato: o poder de processamento do mainframe ainda é incomparável. Não é o Windows 8, nem os clusters Linux e nem a Cloud Computing (os termos são bonitos..) que seguram mais de 90% do processamento pesado de dados do planeta – em especial as transações financeiras.
Sugiro aos colegas e interessados, que não deixem se influenciar pelo mero preconceito contra os mainframes, só por que eles são antigos. Primeiro, pesquisem, estudem e se possível, comprovem os fatos. Daí tirem suas conclusões, baseadas em fatos vivenciados, não no que ouviram dizer ou acham. Note, que não estou falando de processar dados do mercadinho da esquina ou da pequena empresa.. Para esses, o mainframe realmente não faz sentido.
Quando pensar em mainframe, lembre-se que se trata de processar altos volumes – bilhões, talvez trilhões de dados e informações. Isso não são argumentos, são fatos. Marcelo, parabéns pelo artigo! Um abraço a todos..
Daniel Marcos
Concordo com o colega Cesar!
Tem muito mais comodismo do que qq outra coisa neste meio.
O Windows 8 (sim, nem chegou o 7, mais já estão falando dele) que deverá chega por volta de 2012 está indo por um caminho que facilitará ter um super processamento a baixíssimo custo por qq empresa ou pessoa.
Na verdade, há tempo já é possível isso com Linux (Clusters de processamentos) e as nuvens estão ai para comprovar, so que dá um trabalho lascado mudar o legado (analisar, arquitetar, implementar, testar, homologar e implantar)…
Abraços a todos
Raphael Vieira
Supercomputadores existem em todos os lugares, estão muito mais baratos do que a 10 anos atrás.
Até hoje não entendo o sucesso dos mainframes. Nunca li ou ouvi um bom argumento. O único motivo talvez seja manter o que já está feito para não começar de novo.
Marcelo, você tem certeza sobre o que está dizendo?
Poderia me explicar por que empresas como o Google e a Amazon seguem uma tática totalmente diferente da escala vertical dos mainframes?
Só de curiosidade, supercomputadores também não poderiam se considerados mainframes?
Já que tem alguns que ocupam até espaço maiores do que os mainframes