O potencial viral de se oferecer acessibilidade

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Acessibilidade é o termo empregado para designar a universalização do acesso e pleno uso de informação, produtos e serviços por todos. Está presente na arquitetura, no urbanismo, na informática, na internet e nas comunicações.

É também a bandeira da campanha coordenada pelo Conade – Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – em articulação com a Corde – Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência -, órgãos da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

A campanha visa sensibilizar, conscientizar e mobilizar a sociedade em prol da eliminação das barreiras que, no cotidiano, impedem as pessoas com deficiência, idosos, crianças e gestantes, além das pessoas que detém mobilidade reduzida a exercerem seu direito constitucional de ir, vir, consumir e se comunicar com autonomia e independência.

Vale lembrar que, segundo o Censo 2000 do IBGE, passamos todos em média 14 anos de nossas vidas com algum tipo de deficiência, ou seja, 20% de nossa expectativa de vida.

Mas e o que “acessibilidade” representa para o nosso nicho? O que “acessibilidade” representa para anunciantes e veículos e, assim sendo, também para agências e consultores de comunicação e marketing?

Objetivamente: acesso a um mercado de 24,5 milhões de deficientes (14,5% da população brasileira) – sem contabilizar crianças, idosos, gestantes e pessoas com mobilidade reduzida. E sem somar a estes seus familiares e pessoas próximas e influenciáveis de sua rede de contato, o que triplicaria este potencial de consumo ainda velado.

Contudo, vale ir além do resultado óbvio e dos dados ululantes.

Em uma nova era de interatividade, responsabilidade, sustentabilidade e convergência, onde marcas forjam seu valor agregado na troca enriquecedora com seu público consumidor – e novo produtor de conteúdo -, onde tudo, menos o relacionamento virou commodity, o posicionamento como “marca que se importa e é acessível” faz toda a diferença.

Em uma sociedade, onde cada vez mais as pessoas como um todo se sentem incapacitadas de viver plenamente seu potencial ? independente se por motivos físicos, sociais ou psicológicos ?, entender que há marcas preocupadas em ir ao encontro de seus anseios conferindo-lhes liberdade e acesso a seus direitos muda o paradigma de relação e traz o consumidor para dentro da linha de frente, conquistando-o como ativo na propagação e defesa da marca através do elo fundamental na relação marca-consumidor: o respeito.

Quando se projeta com acessibilidade – quer seja informação, transporte, serviços ou produtos – todos saem beneficiados. E isto transparece não apenas no uso, mas na percepção positiva: a marca valoriza o relacionamento, o relacionamento agrega valor e o retorna à sociedade, beneficiando consumidor, fornecedor e marca, representando fidelidade e lucratividade sustentável em longo prazo.

Revive-se e segue-se a máxima: é dando acesso que se recebe acesso. E isto dentro de uma proporção exponencial, conferindo potencial viral à atitude de acessibilidade da marca. Siga essa ideia.

Participe. Entre em contato e saiba como aderir à campanha e levar a acessibilidade para dentro de suas estratégias, campanhas, ações e resultados. [Webinsider]

Klaus Denecke-Rabello (twitter.com/klaus2tag ) é consultor da 2tag.net, diretor de comunicação da AMIpanema, professor de comunicação digital da ESPM-Rio e consultor da campanha nacional de acessibilidade. Escreve blogs sobre desenvolvimento sustentável e filosofia e acredita no papel transformador das marcas.

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13 respostas

  1. Klaus,

    Seu artigo é excelente e inovador. Raríssimos os profissionais do seu quilate que emprestam seus conhecimentos em tecnologia da informação, interatividade e convergência, ou outras áreas inovadoras, à causa da acessibilidade.
    Publicamos seu artigo em nosso portal, o MobFloripa [www.mobfloripa.com.br], que dedica atenção particular às necessidades especiais e à acessibilidade, no contexto da mobilidade urbana.
    Vamos estudar as ações e conteúdos da campanha “Acessibilidade | Siga essa ideia”, buscando caminhos para a colaboração e o apoio.
    E, no mesmo sentido, nos colocamos à sua disposição.
    um forte abraço,
    Claudia de Siervi
    [Coordenadora | Portal MobFloripa]

  2. Fuçando a internet, dei de cara com um texto que falava sobre marketing viral.
    Ali falava como ele acontecia. Efim .Nesse momento eu lembrei da historia do Eddugrau, um jovem musico e compositor,
    Morador da favela mais perigosa do rio de janeiro,
    a idéia mais louca que ele teve para divulgar a sua música
    sem grana , mas com muita força de vencer .
    Escreveu um texto simples, e o colocou na internet.
    Esse, que vc esta lendo agora !
    Vc deve esta pensado.
    Espertinho, marketing pessoal
    É sim! Essa é a minha forma de pedir a vc que ouça a minha música
    e envie esse texto para mais uma pessoa.
    Sabe porque?
    Isso é mais ou menos do que aprendi de marketing viral.
    Fazer com que as pessoas escutem o que vc tem a dizer
    do seu produto, da sua idéia, ou marca sem gastar muito.
    E se vc esta lendo este texto é porque o marketing já aconteceu. rsrsrs
    Agora se ele é viral ou não,eu só vou saber no dia em que alguém envia-lo de volta pra mim.
    Um abraço. http://www.palcomp3.com/eddugrau

  3. Cara Niusarete,

    Quando leio em seu comentário o correto é que imagino que o meu artigo tenha algum erro quanto aos dados apresentados, algo que, comparando ambos, não me ressalta aos olhos, pois entendo que escrevemos rigorosamente o mesmo.

    Poderias precisar para me esclarecer?

    Om

    Klaus

  4. Caro Vinicius,

    será um prazer e uma honra, siga essa idéia. 😉

    No que possível for, pode contar comigo.

    De fato, ao tratarem como caridade, deixam de dar o melhor de si e de criarem um diferencial – o orgulho cega as pessoas e a soberba as deixa distantes das reais oportunidades.

    Sucesso em sua monografia – qual faculdade mesmo?

    Om

    Klaus

  5. Cara @cristalk,

    devemos todos ser porta-vozes desta causa, bem como defensores do direito constitucional e universal de ir e vir.

    Sobre suas dúvidas: o texto e os dados analisados não são claros, muito menos específicos, mas se levarmos em conta que a expectativa de vida no Brasil, ainda segundo o IBGE, é de 71,3 anos, então posso presumir que nestes 14 anos se englobe tudo, não?

    Sobre a terminologia: sou super preocupado com isto e este artigo foi aprovado pela diretoria nacional do CONADE, órgão que conduz a Campanha Nacional da Acessibilidade e que tem em sua coordenação pessoas sérias e meticulosas.

    Vou, todavia, refazer a consulta a elas, já que estes termos tem mudado muito no que tange o politicamente correto – necessidades especiais, em voga até certo tempo já não se usa mais, por exemplo.

    Aqui, registro uma opinião particular: é hora de se parar e decidir um nomenclatura definitiva para poder se focar em questões que realmente sejam pertinentes, levando o conceito acessibilidade e a causa à prática.

    Obrigado pela atenção e dicas.

    Om

    Klaus

  6. Cara Thais,

    obrigado pelo elogio. Vindo de você, tão séria e engajada na causa da acessibilidade, só me dá mais força de enveredar por este caminho.

    Vamos trocando para enriquecer e disseminar o debate.

    Om, obrigado por prestigiar.

    Klaus

  7. Veja bem, acho que ao passarem as informações para você, extraídas do censo 2000, talvez não tenham explicado bem. O correto é que, segundo o IBGR – Censo 2000, temos no Brasil 14,5% de pessoas com algum tipo de deficiência ou incapacidade, representando àquela época 25 milhões de brasileiros. Ora se consideramos a familia, amigos etc… o público envolvido com a questão da deficiência é muito maior. Assim, a acessibilidade em todas as áreas, conforme você bem citou, e principalmente na informação e comunicação beneficia a todas as pessoas.
    Vamos continuar seguindo essa idéia.
    Parabéns.

  8. Estou cursando o último ano da faculdade e escolhi como tema do meu TCC Acessibilidade na Web para deficientes visuais. Durante a pesquisa percebi que acessibilidade é vista, pela maioria das pessoas (principalmente designers e programadores) como caridade. Esquecem que são seres humanos e, portanto, devem ter os mesmos direitos que pessoas que não portam deficiência.

    Sobre o texto, nem preciso dizer que achei fantástico. Se me permitir, citarei o mesmo em minha monografia.

    Abraços!

  9. ótimo texto! que bom esse assunto já ter chegado ao webinsider 🙂

    as marcas que bancarem esse conceito ganharão em todos os sentidos.

    sobre a terminologia, o correto é pessoa COM deficiência ou pessoa que TEM deficiência (ou mobilidade reduzida). pois antes de ter a deficiência ela é uma pessoa.

    incapacidade não se usa porque esse é um termo subjetivo e preconceituoso.

    tb gostaria de ver melhor explicada essa parte:

    ?Vale lembrar que, segundo o Censo 2000 do IBGE, passamos todos em média 14 anos de nossas vidas com algum tipo de deficiência, ou seja, 20% de nossa expectativa de vida.?

    isso inclui a fase em que somos bebês e usamos carrinhos + fase em que somos idosos e temos a mobilidade reduzida + possíveis momentos de uso de gesso ou similaridades? essa soma dá em média 14 anos?

    abraço

    cris

  10. Oi Klaus,
    muito bem escrito o texto, parabéns!
    Foi ótima a sua abordagem falando que existem vários tipos de Acessibilidade: na arquitetura, transporte, web, enfim!

    Foi o texto sobre ACESSIBILIDADE mais bem escrito que eu já li!
    Parabéns.

  11. Cara Niusarete,

    Os dados foram colhidos das pesquisas repassadas pela diretoria da Campanha da Acessibilidade, especificamente falando pela Márcia M. e tem, portanto, respaldo oficial.

    Você poderia explicar a nossos leitores a amplitude da diferença da alteração de texto solicitada? Assim penso que fica mais claro para o público a minúcia com que se trata a questão e quanto ainda temos que nos refinar para lidar com a mesma.

    Grato por ter prestigiado.

    Om,

    Klaus

  12. Klaus,
    Parabéns pelo artigo. No entanto, gostaria que você explicasse melhor o texto Vale lembrar que, segundo o Censo 2000 do IBGE, passamos todos em média 14 anos de nossas vidas com algum tipo de deficiência, ou seja, 20% de nossa expectativa de vida. – De qual tabela do IBGE irou isso? Outra coisa, sugiro substituir 24,5 milhões de deficientes por 24,5 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência ou incapacidade.
    No mais….Sigamos Essa Idéia…
    Acessibilidade permite que tenhamos liberdade.

    abraços e obrigada pelo apoio.

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