Em tempos de crise, manter a saúde financeira das empresas é essencial. No caso das pequenas empresas, pequenas economias e mudanças de postura podem fazer uma grande diferença no caixa no final do mês. Abaixo seguem algumas dicas:
Estabeleça um pró-labore para os sócios
Em muitas pequenas empresas ou em empresas individuais, os sócios costumam utilizar a conta da pessoa jurídica ou cartões corporativos para fazer retiradas e pagamento de contas pessoais. Esse é um erro muito comum e perigoso, pois facilmente pode-se perder o controle. O ideal é que os sócios definam um pró-labore para cada sócio e religiosamente façam a transferência deste valor para as contas de cada um e mantenham o controle das contas da empresa em separado.
Mantenha um controle financeiro da sua empresa
Existe uma grande gama de softwares que auxiliam os empresários no fluxo de caixa, contas a pagar e receber. Muitos deles a preços extremamente acessíveis e vendidos em papelarias ou lojas de shopping. Esses sistemas costumam atender bem ao seu propósito e de uso bastante acessível para leigos no assunto. Entidades como o Sebrae e Senac também promovem cursos para esse tipo de controle com preços bastante acessíveis.
Material de escritório
Uma idéia que implantei com uma pequena empresa que é minha cliente pode ser bastante interessante para outras empresas. Nesta empresa, o material de escritório era sempre comprado no momento em que surgia a demanda ou em emergências, em papelarias próximas à empresa.
Estas papelarias geralmente praticam valores muito superiores aos grandes atacadistas. Descobrimos que muitas empresas do mesmo prédio também tinham a mesma postura e problema, porém os materiais que compravam eram praticamente os mesmos.
A solução? Criamos um ?clube? de compras de materiais de escritório, onde uma vez por mês as empresas interessadas enviavam suas listas de compras e uma das empresas, em rodízio, era responsável pela tarefa de fazer as cotações com os atacadistas, arrecadar o dinheiro com as interessadas e fazer as compras e dividir entre as participantes.
O resultado foi uma redução média de 20% nos gastos com materiais de expediente em todas as empresas participantes. A idéia deu tão certo, que foi estendida para outras despesas, como água mineral, por exemplo.
Renegocie com os seus inadimplentes
Um grande reflexo da crise foi o alto índice de empresas com dificuldades para receber de seus clientes. Caso você esteja com um alto índice de inadimplência, pense em renegociar as dívidas de seus clientes, aumentando prazos e incluindo uma taxa de juros de, no mínimo a taxa de juros que você estiver pagando caso esteja com alguma dívida. Ou siga as taxas de mercado, como a taxa Selic.
Caso tenha dívidas, renegocie-as
No ápice da crise, muitas empresas precisaram contrair empréstimos e algumas delas precisaram contrair esses empréstimos com taxas muito altas. Desde junho, os juros de empréstimos pessoais e para pequenas empresas caíram bastante, em média 2 a 3%, vale a pena conversar com o gerente do seu banco para renegociar a dívida.
Dicas e conselhos simples como esses podem ajudar a sua empresa a economizar um bom dinheiro e continuar operando bem apesar da crise. [Webinsider]
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Guilherme Schneider
Guilherme Schneider (@guilhermebarcha) é executivo na área de consultoria e tecnologia da informação e mantém um blog pessoal.
2 respostas
Se a receita é contante, vejo muito dificil renegociar o cheque especial. O valor que se paga mensalmente é referente aos juros e encargos.
Já na renegociação, mesmo com juros baixos, voce precisa alcançar uma prestação com prazo longo, isso porque voce tem que considerar o limite contratual que também virá na prestação.
O ideal é vender ativos e entrar com recursos sem valores. Mas como isso as vezes não possivel fazer, o que recomenda?
Olá Guilherme,
Tudo Bem?
Educação Financeira é fundamental tanto para pessoa jurídica como física.
Parabéns por ter a coragem de tocar neste assunto que para muitos é cavernoso.
Em 20 anos de mercado, convivi com inúmeras empresas que possuiam produtos e serviços extraordinários, mercado comprador, equipe competente, mas não sobreviveram por descontrole básico das finanças!
O que, a partir de 2007, algumas poucas escolas começaram a descobrir é que Controle Financeiro não é apenas conhecimento de finanças e sim e principalmente trata-se de comportamento humano, está na ATITUDE de quem controla/comanda.
Existe um empresário bem sucedido, que se tornou livre financeiramente e teve a sacada de criar uma metodologia comportamental de Educação Financeira, baseado em sua vivência pessoal de resultados, onde mesmo ele sendo da área contábil, sendo Presidente de uma das maiores empresas de Contabilidade do Brasil, percebeu que
é somente pela mudança de comportamento que se consegue êxito nas finanças.
No Brasil são mais de 80 milhões de pessoas com algum nível de dívida (não é compromisso atrasado é dívida mesmo) de todas as classes sociais, de todas as atividades.
Para quem sentir necessidade de controle financeiro (e são poucos que acham/sabem que sofrem disto), segue a sugestão:
http://www.livre-se-das-dividas.com.br/curso_de_financas_pessoais_intensivo_para_controle_financeiro.asp
Muito Agradecido!!
Forte Abraço,
Pedro Mizcci Majeau
pedro@negocios-de-valor.com