Em mídias sociais, você pode encarar as novidades como movimentos cíclicos. Quem afirma é o papa da mídia, o holandês Geert Lovink.
Isso explica o porquê de uma hora quem está em voga é o Second Life, depois o Orkut, e já mais à frente aparece um movimento em direção ao Facebook, ao Twitter e ao Sonico.
E o que vem depois disso? Gengibre, Seesmic ou Tumblr? Surfar essa onda não é fácil, pois novidades surgem a cada dia. Porém, por trás disso tudo há algo muito mais relevante do que o meio onde o internauta trafega: comportamento X acesso à tecnologia.
Em um momento em que personagens da blogosfera correm atrás de um milhão de seguidores no Twitter, essa discussão vem bem a calhar. Seja você dono de um negócio no mundo offline ou pai de um adolescente (que há tempos não vê TV nem lê jornal), é importante entender que o acesso a tecnologias digitais criou comportamentos ligados a padrões de consumo.
As redes e suas mídias unem pessoas com as mesmas afinidades, que antes estavam separadas geograficamente, por status social e econômico, por etnia ou religião.
Essas pessoas criaram seus nichos e, de certa forma, participam de “movimentos de massa” ao se juntar àqueles que pensam e agem de maneira semelhante. Essa nova geração – com comportamento conflitante em relação à geração anterior – é formada por pessoas que agora se conectam por paixão.
Seus interesses ou atividades conduzem suas prioridades e atitudes. As coisas que as pessoas gostam ou desgostam são formadas umas a partir das outras em um mercado onde o modelo que funciona melhor é o coletivo.
Como empresários, educadores, administradores (públicos e privados) estão se preparando para esse novo cidadão? O que eles devem fazer para atrair a atenção para seu conteúdo, criando identidade para atingir a massa em seus micro nichos?
Nessa caminhada, temos observado uma tendência de fazer com que a web vire uma grande mídia. A tal da Social Web. Prova disso são as empresas mais antenadas, que viram na criação de suas próprias redes, sob suas bandeiras, a chance de atender e satisfazer seus clientes e, de certa forma, controlá-los.
Se você está no barco daqueles que lidam com clientes que querem entrar nessa seara, fazer o reconhecimento do cenário e traçar estratégias de relacionamento e geração de conteúdo relevante para uma massa catalogada em micro nichos é essencial.
Trata-se de um trabalho no qual explicação, atendimento e argumentação com clientes e formadores de opinião são pilares para amenizar situações desagradáveis e festejar o sucesso de uma marca junto aos seus consumidores. [Webinsider]
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Hélio Basso
Hélio Basso (heliobasso@ideiasa.com) é diretor de atendimento da Ideia s/a Agência de Mídias Sociais e mantém o Twitter @midias_sociais
5 respostas
Estamos em setembro de 2010, o seu artigo foi publicado há mais de um ano e os micro nichos ainda estão aí para serem identificados de forma inteligente. O seu modo de externar o convite a este entendimento é fabuloso e me fez compreender melhor a utilização das idéias.
Parabéns! E obrigado!
para o briefing do evento
Interessante o seu arquivo. Evoca muitas reflexões. Essas ferramentas novas realmente promovem ações conjuntas e atores coadjuvantes.
Acho que toda a TI apenas inicia os primeiros passos. Sou da época da máquina datilográfica, Telex, Teletipo, Linotipo, Mimiógrafo e outros tantos aparelhos pre-históricos da comunicação de massas.
Quanto a controlar o público-alvo, penso diferente. Ainda há muito mais chão para se caminhar. O uso antiquíssimo do discurso oral, que se transformou em textos escritos, seguem a essência da mensagem, a capacidade de argumentação e persuasão de massas. O marketing explora muito essas ferramentas. Na verdade não é nada fácil. Cabe então explorar o talento individual.
Parabéns pelo artigo.
Muito bom este artigo, me fez pensar no micro nicho, é interessante visualizar este movimento de contração e expansão dos nichos, pessoas foram nichos e nichos foram nichos, na verdade tudo é vivo e está em constante movimento, desculpe a quase filosofia, mas… parabéns mesmo… me fez pensar em muitas coisas, passe lá no Jornal do E-Commerce. abraços.