Na startup o futuro não chega para o empregado

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Um ambiente em crescimento contínuo, como é o da internet, tem suas peculiaridades.

De um lado há empresas com pouco tempo de existência e grande potencial para crescer, principalmente nas áreas de tecnologia, telecom e telefonia móvel. Normalmente elas sabem falar com blogueiros e redes sociais.

Ao mesmo tempo, há também as empresas mais estabelecidas, presentes no mercado há muitos anos, geralmente com mais funcionários, mais estrutura e administradas de forma completamente diferente das empresas chamadas de  startup.

Quando se pensa em trabalhar em uma destas empresas ou mesmo contratar seus serviços, há muito o que se comparar.

As empresas chamadas tradicionais costumam ter métodos, processos e boas instalações. Trabalham com planejamento e procuram consolidar sua marca, o que inclui manter sua cor original, nome, textura e uma postura empresarial que procura fazer diferença na entrega do trabalho final.

Já a administração das startups varia bastante, assim como a inclinação dos clientes em trabalhar com um ou outro tipo de empresa.

Geralmente as empresas chamadas startups no Brasil não costumam registrar ninguém na carteira de trabalho. Os colaboradores trabalham como pessoa jurídica, sem férias remuneradas integralmente. Recebem vale refeição de R$ 15,00 por dia e vale transporte como um favor e com algum desconto no salário.

Empresas chamadas tradicionais oferecem valores mais elevados para refeição e transporte, além de plano de saúde e um plano de carreira integrado desde o momento em que o funcionário entra na empresa.

Burburinho ou monotonia?

Por outro lado, nas empresas tradicionais não há espaço para inovação, o que é muito chato para o jovem que prefere desafios novos e evolução intelectual constante. A internet permite isso em boa medida, mas algumas dessas empresas  ainda têm dúvidas sobre como abordar esta oportunidade (e desafio).

Numa startup você praticamente participa de tudo o que é criado. E pode se orgulhar, pois veio do seu cérebro também.

Os donos das startups acreditam na inovação e correm riscos junto com você. Valorizam a criação. E quanto custa uma boa ideia?

Em uma startup, onde teoricamente a empresa é de todos, há apenas dois ou três sócios. Na teoria você é parte de tudo. Na prática você não faz parte de nada e principalmente não faz parte dos lucros.

As startups sobrevivem da alta rotatividade de estagiários mal pagos, na transição da vida adolescente para a adulta, a quem prometem um plano de carreira que nunca vai existir.

A startup inovadora remunera mais ou menos porque foi feita para gerar receita rápido e fácil, para poder ser vendida.

A empresa tradicional paga melhor, mas não espere uma rotina muito criativa. O tradicional não estimula a inovação.

Não pode ser outro modelo?

Acredito ainda no surgimento da empresa ideal. Onde o funcionário tenha orgulho de dizer que lá trabalha e o que faz lá dentro.

Você tem orgulho da empresa para a qual trabalha? E você, empreendedor, seu funcionário sente orgulho da marca que representa?

Empresários mais conscientes e menos individualistas têm em mente que uma marca se faz do trabalho conjunto de construção de todos e ao longo de alguns anos.

E oferecem fatias maiores do bolo. Férias remuneradas integralmente e uma alguma segurança para os momentos difíceis ou até mesmo no momento do seu desligamento.

Uma startup deve entender o trabalho como construção de todos. Principalmente aqueles que acreditaram desde o momento embrionário da marca. [Webinsider]

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Avatar de Adriana Azevedo

Adriana Azevedo (@AdriAzevedo) é jornalista, PR e subeditora do Webinsider.

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10 respostas

  1. acredito que apenas o tempo dirá qual é o melhor método, ou talvez não, talvez o melhor seja particular para cada pessoa.

    mas com certeza mudanças estão ocorrendo e vão se acelerar com o tempo, pois a forma tradicional de trabalho está sofrendo diversas mudanças.

    marcio
    ubis

  2. Bom pessoal este é um ótimo assunto para se tratar. Sempre temos em mente o que seria mais importante no meio profissional: ser submisso as ordens de pessoas que não tem certos conhecimentos na sua área, porém lá você tem uma segurança salarial ou sempre buscar e adquirir novos conhecimentos, mesmo que não tenha um retorno financeiro digno.

    Eu parto para a linha do buscar sempre novos conhecimentos e inovar fugir da mesmice para mim o que importa é o conhecimento e não trabalhar sempre submissos a outras pessoas. Busco sim a realização profissional e financeira, porém creio é nada se consegue sem esforço e muitas vezes é preciso arriscar para inovar.

    Estou vivendo isso neste momento, trabalho em uma empresa de grande porte, com todo o seu conceito de imagem montado porém de forma arcaico, onde não sou valorizado como profissional, mas em contraposição tenho uma estabilidade (não que estou ganhando o merecido, porém no mercado de hoje sou um privilegiado), eu estou buscando resgatar meus valores e novos desafios, não estou mais suportando, no meu entendimento tenho muito a crescer porém onde estou não tem como.

    Por isso digo que o primordial é sim conseguir sempre mais conhecimento e que cresça profissional, pois assim mais para frente você colerá os frutos desse esforço.

    Caso tenha curiosidade de entrar em contato para tratarmos de propostas de trabalhos e novos desafios estou a disposição.

    Edgar Rodrigues
    Designer / ilustrador
    cel.(11)9279-7828
    esse.edgar@gmail.com

  3. Estou sentindo essa mudança na pele. Após sair de uma agência digital para trabalhar como Designer em uma empresa com outro ramo de atividade, que não a comunicação, estou tentando me recolocar no mercado de publicidade. Porém, tenho esbarrado com algumas empresa que só abrem suas portas para PJ.

    No entanto, me ponho a pensar se isso está certo. Empresas buscando profissionais acima da média e com pensamentos fora da caixa para salários dentro de uma caixa de fósforo.

    Me vem muito ao pensamento um artigo que li e que tinha como título: Empresários 1.0, Web 2.0 e Estagiários 3.0. Artigo que fala de empresas que buscam o novo, mas pensam e agem de forma atrasada.

    Não penso que a contratação em regime de pessoa jurídica seja mal negócio, porém, acredito que para um profissional em seu início de carreira e, que não tem ainda uma grande remuneração, o regime PJ, nesse momento, não é bom negócio.

  4. Rafael Souza, o artigo é para discutir o que seria um modelo melhor para as empresas.

    Só para constar, eu prefiro uma startup, onde o crescimento intelectual é constante e os donos da empresa arriscam junto com você no dia a dia. Tudo em prol da dinâmica criativa e das boas idéias e a grana é de acordo com aquilo que você entrega. Dinheiro é consequência. Quem não entende esse processo vai avançar pouco. E fica o convite para você desenvolver um artigo sobre o tema com pé e cabeça, ok?

    Abraços,

    Adriana Azevedo

  5. Pelo menos no caso da minha empresa (cerca de 20 funcionários) tentamos oferecer todos os benefícios de uma contratação CLT (plano de saúde, transporte integral, alimentação, férias e 13o salário). Ainda assim muitas vezes nos sujeitamos aos caprichos deles (ex: cobranças mais mansas, maior tolerância à falhas, …) para minimizarmos as chances de processos trabalhistas, embora não haja garantia alguma em relação a isso, mesmo no modelo CLT.

    * Celso, me lembre de nunca contratá-lo! Trabalhar com alguém mesquinho, prepotente e arrogante como você demonstrou ser, independente de uma startup ou multinacional, deve ser um inferno!

  6. Artigo mais sem pé me cabeça, ainda por cima puxando pro lado das grandes empresas.

    Ambiente de trabalho ruim existe em qualquer lugar, o importante é gostar da sua profissão e do que você faz, quem cria as oportunidades são os próprios profissionais, seja em uma startup iniciada ontem como em uma mega empresa que existe há mais de 20 anos.

    Startup é pra quem busca desafios, coisas novas e para quem quer crescer junto com a empresa. Se alguém está procurando apenas sentar em uma cadeira 8 horas por dia pra garantir seu dinheirinho todo o mês, deve mesmo procurar uma grande empresa e seguir as regras.

    A questão aqui não é startups vs empresas grandes, ambas são formadas por pessoas, e pessoas incompetentes que não dão valor aos funcionários/colegas de trabalho existem em qualquer lugar.

    Se um empregado se sente desvalorizado em seu ambiente de trabalho deve procurar outra coisa URGENTE, independente se ele escolheu startup ou mega empresa.

  7. Tudo depende do ponto de vista.
    A matéria tem todos os traços de uma pessoa curiosa no assunto, que não teve experiência em startup e em uma multinacional. Claro que tudo é relativo nesse assunto e cada um defende o seu peixe.
    Ja atuei em grandes multinacionais holandesa, brasileira e americana e também possuo uma startup. Falar que os funcionários são mal pagos, posso afirmar como mentira. Eu fui mal pago em uma dessas grandes companhias no passado e estagiários lá, eram os piores nesse quesito.
    O problema é que os brasileiros precisam mudar sua cultura ao abrir uma empresa (startup) pois é complexo os processos por trás. Além do mais visam lucro imediato, algo raro até para quem adquire uma franquia. É necessário um bom preparo para que a startup seja valorizada no Brasil

  8. O funcionário, seja ele empreendedor, inovador ou apenas um iniciante estagiário com sede de vencer na vida, prefere uma empresa que pague bem, dê liberdade de interagir com outras áreas e, principalmente, trate bem o colaborador.

    Já tive experiências rápidas nos dois ambientes, e, sinceramente, prefiro uma grande empresa que me valorize como profissional apesar de limitar os parâmetros de trabalho, pois, o crescimento profissional, quem faz sou eu, não a empresa.

    É mais fácil eu conseguir novos treinamentos e um upgrade na carreira em uma empresa que paga um bom salário e me dá mais segurança.

  9. Olá Adriana,
    Em primeiro lugar gostaria de parabeniza-la pelo excelente e polêmico artigo.
    Acredito que as duas opções de carreira – modelo tradicional em grande empresa ou start-ups são válidas. Talvez o mais importante seja ter em mente onde se quer chegar, e no caso do empreendedor é ter seu próprio negócio. Numa empresa maior existe a possibilidade de economizar recursos para dar o salto e, trabalhando em start-up, convive-se com toda a rica experiência de uma nova empreitada, é como um test-drive para a realidade.
    Por outro lado, nada impede que algumas excelentes práticas de gestão adotadas em grandes empresas possam ser reproduzidas em ambiente startup. É o justamente o que buscamos fazer na Floripa Angels.

  10. Tanto na Startup quanto na empresa tradicional, se vc não é o dono ou um dos sócios, vc é apenas um número, descartado como uma bateria que perdeu a carga. Não se iludam e trabalhem em qualquer delas sabendo disto.

    Do mesmo modo, em qualquer delas vc pode mandar pro espaço se qualquer coisa melhor surgir, tipo: – Não venho a partir de amanhã, pode descontar o aviso prévio do que tenho para receber, ou no caso da Startup nem precisa avisar, é só não ir mais.

    Se vc tiver trabalho em andamento ou algo a entregar, problema deles. Não existe essa de profisionalismo, vc em 1o. lugar.

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