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Ao invés de passeatas, twittes e re-twittes. Ao invés de discursos intermináveis, míseros 140 caracteres.  Ao invés de atos públicos, e-mails indignados e posts na blogosfera.

Foi assim que, pela primeira vez, a sociedade brasileira influenciou através do cyberespaço o Congresso Nacional e, dessa forma, mudou a opinião de vários Senadores e o rumo do Projeto de Lei 141/09 que impunha restrições ao uso pleno da internet em campanhas eleitorais.

Foi uma pressão branca exercida por muitos milhares de pessoas que querem participar das decisões do país, mas talvez não queiram aderir às tradicionais formas de manifestação e protesto.

A diferença fundamental desta ocasião com outros protestos é que tudo isso aconteceu de forma espontânea, sem a liderança de um partido ou organização, sem comprar espaços publicitários, sem sujar a cidade e sem pretensões políticas de lideranças de ocasião. A aprovação no Senado do PL 141/09, ocorrida na última terça-feira (15), liberando a utilização plena da internet, foi uma conquista da sociedade brasileira conectada.

Uma vez alterado pelo Senado, o PL seguiu para à Câmara dos Deputados onde todas as emendas que ampliavam as liberdades de utilização da internet foram mantidas, o PL precisará agora da sanção do Presidente da República. De qualquer forma, a essa altura do campeonato, ninguém apostaria num retrocesso.

Como já tenho falado em outros momentos, a propaganda pela internet agora liberada não se impõe, não assedia o eleitor, não suja as cidades, não invade o espaço público ou privado ? ela depende exclusivamente da ação do cidadão, de seu interesse e iniciativa através da interatividade.

A internet já é parte da vida dos brasileiros. Para 65 milhões de pessoas conectadas no Brasil, somos o quinto mercado de internet no mundo, a eleição de 2010 será uma eleição diferente.

Pela primeira vez na política brasileira a internet passará a compor, de forma ampla, as estratégias de comunicação de partidos e candidatos. Ganha com isso toda sociedade brasileira e também uma nova democracia, que começou a ser legislada online. [Webinsider]

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Cesar Paz (cesar@ag2.com.br) é Board President na AG2 Nurun.

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5 respostas

  1. Caro Cesar,
    é um grande ganho sim, mas uma coisa não substitui a outra. A mobilização via web não deve e não vai substituir a mobilização presencial de rua. A passeata e os atos públicos continuam tendo fundamental importância de mobilização, por isso creio que uma coisa complementa a outra e enriquece o processo.

    Um abraço,

    Matheus Zica

  2. Rafael,

    independente das tentativas de intervenção em conteúdo e invasão a nossa privacidade. No ambiente digital sempre teremos a nossa lógica de relevância respeitada. Na internet vemos aquilo que nos interessa, não importando os eventuais esforços que a comunicação invasiva faça.
    A interatividade e o comando do usuário é a base desse novo modelo de comunicação ainda emergente. tks god!

    Abs e obrigado pelo comentário

    Cesar Paz

  3. Pois é, Cesar.

    Ao invés da rua suja, receberemos inúmeros e intermináveis spans… Ao invés de propagandas na TV, veremos o YouTube sendo inundado por uma avalanche de candidatos…

    Espero que nós, amantes do mundo 2.0, tenhamos plena consciência para avaliar e julgar o melhor candidato por este meio digital fascinante.

    Isso faz parte da democracia.

    Um abraço!

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