A retórica inflamada é uma arma irresistível, principalmente quando falamos das mudanças que a internet opera no comportamento das pessoas e nas relações sociais e econômicas. Namorar com o radicalismo decretando a morte da mídia de massa e a falência da publicidade é o parque de diversão de muitos críticos. Nem sempre conseguimos calibrar nossos fluxos opinativos para encontrar alternativas menos dolorosas e preferimos o terrorismo verbal. Esse foi um mea-culpa.
Um fenômeno curioso começa a operar nos bastidores das grandes discussões a respeito do futuro da propaganda, que poderíamos chamar de ?complexo do nano sucesso?.
Funciona mais ou menos assim: como está cada vez mais difícil, (por variadas razões), criar nababescas campanhas para grandes marcas com imensas repercussões em audiências colossais, um reflexo psicológico nos leva a supervalorizar idéias com abrangências microscópicas.
Um flashmobzinho, um viralzinho e outros ?inhos? (não só na internet ? o álibi barato) mobilizam recursos e expectativas muitas vezes desproporcionais ao efeito alcançado. Os festivais de publicidade, espertamente, já premiam, há muito tempo, essas pequenezas brilhantes.
Alcançar audiências de um dígito na televisão é fácil, gigantesco feito é conseguir dois dígitos, múltiplos da dezena, sem recorrer às baixezas que excitam os instintos.
Sem desmerecer as necessárias mudanças que as novas mídias operam, a ?massa? tem valor por motivos de economia de escala. É do DNA do nosso sistema produzir para muita gente. O volume de vendas financia por exemplo a inovação e o preço baixo que desejamos. E para que haja muita gente consumindo, precisamos comunicar para elas. E não será produzindo pequenos soluços criativos que as agências de propaganda irão sobreviver. Até porque o custo fixo de uma agência de propaganda é basicamente composto de recursos humanos e ?inhos? custam o mesmo que ?ãos?.
Podemos inverter a equação também: nano iniciativas de comunicação alcançam nano públicos que geram nano receitas para as empresas.
Talvez tenha chegada a hora de encontrar soluções inteligentes e criativas para as mídias de massa e para a propaganda de massa ao invés de desistir tão rapidamente.
Esse desafio é nossa salvação (e em parte a do sistema que até hoje nos abençoou) e não o nano sucesso de nossa vaidade. [Webinsider]
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5 respostas
É uma ótima iniciativa … mas creio que não sairá da iniciativa ;
A questão é que a mídia de massa , bem como diversos outros segmentos aqui no Brasil , são capitalistas e altamente passíveis de corrupção e na grande maioria das vezes nos fornece lixo ; lixo musical , lixo de entreterimento etc ; e as empresas nos apresentam em suas propagandas, produtos de qualidade questionável, mentiras a respeito de diversas coisas…
O mundo virtual nos força a pensar sobre cada coisa, a escolher, e no meio da diversidade, poderemos obter o que ganha em qualidade.
Talvez assim as empresas parem de investir em marketing mentiroso e canalize seus esforços para satisfazer nossas reais necessidades como consumidores !!
ps: não sou contra a propaganda, afinal ela é necessária hoje no mundo em que vivemos
sou contra o excesso de lixo e falta de coisa útil na TV e rádio
abraço
Ótimo texto
Eu ligo a TV aberta (mídia de massa) sempre está passando lixo. Ouço as rádios, na grande maioria, música lixo. Ora, então a causa de nossos jovens estarem alienados, sabendo de cor nomes de atores de ”malhação” ou adorando o ”rebolation” e ”pirigueti”, é culpa da mídia? Ou será que as empresas da mídia, capitalistas que são, transmitem o que mais dá audiência?
Na minha opinião, a maioria do povo brasileiro está condenado à falta de informação e a sucumbir perante este lixo cultural. O povo não tem condições de assinar NET e assistir Discovery Channel ou National Geographic. Tem que assistir Faustão e Sílvio Santos mesmo.
Portanto penso que, enquanto imperar nas grandes mídias o pensamento de lucro, audiência, a coisa não vai pra frente. Imagine quantos jovens perdemos nessa alienação toda. Alguns se assistissem programas decentes talvez nao se interessariam tanto, mas aposto que a grande maioria ia aproveitar muito bem a informação, seja sobre como funciona o planeta em que vivem, a história de nosso país, música de qualidade e o conseguinte aprendizado de um instrumento, enfim, cultura em geral, e, com certeza, teríamos um número muito maior de profissionais com mais qualidade
abraço
Sou consultor e arte finalista em uma empresa de brindes, a mídia em massa e a tecnologia vem facilitando o serviço de todos,abrangendo o público certo e diminuindo o desgastes de todas as partes.
Este é o futuro, vencerá aquele que se atualizar.
…OLa!!!…Gostei do topico sobre o assunto em pauta!!!…Realmente estamos nos direcionando a nossa Midia de Salvação..Os zinhos…Gostei muito do Topico…E realmente reflete nas Vendas…Estou seguro disso!!!