Gerência dos projetos de AI segue Scrum

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Discutir metodologia de projetos não é só para gerentes de projetos. O profissional de arquitetura da informação vem ganhando cada vez mais espaço dentro das empresas, portais e agências. No entanto, ainda há necessidade de alfabetizar a equipe de trabalho sobre o papel do arquiteto da informação dentro do processo.

É certo que, metodologias devem ser aplicadas de acordo com as necessidades de cada empresa X projeto, porém percebi, nos discursos do EBAI 2009, uma tendência à implementação de metodologias ágeis dentro de uma rotina de arquitetura da informação em quase todos os trabalhos que falavam sobre metodologias.

Vou usar a como referência a palestra da Globo.com, feita por Leandro Gejfinbein – atual gerente de arquitetura da informação do portal. A meu ver, ele definiu muito bem os caminhos e responsabilidades de um AI. Tudo muito próximo do que já vem sendo adotado pelo Scrum, onde a principal semelhança está na eliminação dos entregáveis (documentos protótipados) e apresentação dos primeiros layouts em tela como produto de User Experience.

Acompanhe comigo:

Metodologia

  • Compartilhamento de responsabilidades.
  • Comunicação e não documento.
  • Orientado à entrega, não ao protótipo.

Papel de AI

  • Pensar o projeto como um todo, porém, fazer a entrega por etapas.
  • Ideal para lidar com o sistema de informação – pensa de forma ampla, na experiência do usuário e não na gestão de projetos, apesar de ser importante ter uma boa noção para priorizar responsabilidades.
  • Fazer uma matriz de funcionalidades de todo o portal e, se preciso for, montar o protótipo apenas para ser usado como suporte interno e documentação, sendo que este pode ter a menor fidelidade possível para agilizar as entregas.
  • Dividir com o designer a responsabilidade sobre a experiência do usuário e sobre a navegação.
  • Aumentar a responsabilidade do profissional de inteligência de dados e analista de sistemas dentro do projeto desde o início.
  • Dominar todo contexto de informações daquele produto, zelando pela experiência, usabilidade e melhor buscabilidade, proporcionando um sistema de integração inteligente.

Quando Leandro levantou esses pontos (lembrando que essa foi a minha interpretação do que ele disse), o pessoal que trabalha com tecnologia ou empresa de software não concordou muito com a ideia. Afinal, é compreensível. Porém, os arquitetos de informação que trabalham com atualização de portais de conteúdo e agências de propaganda se identificaram bastante com isso, já que muitos deles já haviam adotado essa postura junto à sua equipe e clientes.

Isso pode ser exemplificado também com a palestra de Felipe Memória, diretor de design da agência HUGE. Ele comentou sobre essa mesma postura em sua experiência no exterior. Na HUGE, onde eles eliminaram do processo a ?exigência do wireframe? como material de apresentação para os clientes.

E, em uma conversa complementar no final da palestra, ele me explicou que, antes de começar o projeto, a prioridade passou a ser a apresentação de uma amostra real do design do projeto e não a produção da matriz de funcionalidades e do wireframe, que deveriam ser usados caso a caso. Nesse processo, o protótipo continuou a ser usado especialmente para testes ou suporte à equipe, porém, somente nos casos essenciais ou conforme pedido do cliente que era apresentado o protótipo em alta fidelidade.

Mais uma vez, isso prova a capacidade que um profissional de arquitetura da informação deve ter para pensar na experiência do usuário de forma ampla e sua responsabilidade com a consistência do sistema de informações.

Como Andrew Hinton, diretor de práticas profissionais do IA Institute, e Gil Barros apontaram: o bom senso muitas vezes supera qualquer metodologia. Com ele, acrescido de experiência profissional, é possível fazer um site bem sucedido, usando testes de usabilidade somente após a implementação de um projeto. [Webinsider]
.
Acompanhe o  Webinsider no Twitter.
.

Melina Alves (@melinalves) fundadora da DUX Coworking. Consultora em User Experience, Designer de Experiência e Interação. Mantém o blog Melina Alves.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

Uma resposta

  1. Ainda sou totalmente leigo sobre Scrum. Estou esperando acabar um projeto que está me consumindo para pesquisar e estudar a respeito.

    A metodologia adotada na empresa que trabalho (PMI) atende a demanda, mas a área de AI e UX é bem desconhecida aqui, e necessito adotar as metodologias de AI para que possamos adequar nossos projetos com maior qualidade final.

    Creio que é válido todo o tipo de documentação, que não seja “encheção de linguica” e que otimize processos e integre melhor a equipe.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *