A visão ?profissional? da internet em nosso país é bem recente e isso acaba contribuindo para que poucas empresas e profissionais tenham uma visão completa sobre o ?negócio? internet.
Mas isso está mudando: podemos enxergar alguns casos de sucesso nos produtos web nacionais (para mim, o Buscapé é o mais famoso deles). Nesses sites, o maior trunfo foi que seus criadores conseguiram estabelecer modelos rentáveis de negócio, onde diversas ferramentas contribuem para ?fazer dinheiro?.
Essas ferramentas podem ser desde estratégias de marketing agressivas até pontos mais específicos (como análise de acessos ao site para definição das decisões a serem tomadas).
O site institucional morreu
Independente da estratégia utilizada para obter lucro com a internet (tenha pelo menos uma!), o mais importante é saber que o modelo de site institucional morreu. Não adianta apenas apresentar informações sobre sua empresa.
Você precisa pensar em formas de oferecer serviços aos seus usuários e pensar em alternativas para que seu site não seja apenas uma vitrine, mas uma ferramenta que atraia o usuário (agora, mais do que nunca, cliente) para se tornar um consumidor dos seus produtos.
Onde podemos chegar?
Este artigo trata do tema do meu trabalho de conclusão de curso na Pós Graduação em Gestão Estratégica de Negócios. Estou escrevendo sobre isso porque, durante minha pesquisa, venho tendo muita dificuldade em encontrar referências e estudos de caso sobre o tema, principalmente no Brasil.
Minha pesquisa está numa fase bem inicial (sugestões são bem vindas!). O mais importante é que todos os profissionais de internet entendam que chegou a hora (talvez até tenha passado!) de pensar a web como uma fonte de renda que possui seu próprio modelo de negócio e estratégia. É nisso que devemos nos esforçar para criar. [Webinsider]
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Ademir Novaes Jr
Ademir Novaes Jr. (a.novaesjr@gmail.com) trabalha com gestão de projetos. Especialista em arquitetura de informação, mantém o blog Arquitetando Informação.
3 respostas
Concordo em alguns pontos, mas vamos falar de ROI, mesmo que um site seja somente institucional ou até mesmo um catálogo eletrônico, ele fica (na melhor das expectativas) 24 horas por 365 dias no ar, não lhe cobra adicional noturno, hora extra, feriados, décimo terceiro nem férias. Algum recurso humano seria capaz de oferecer isso à empresa? Acredito que não dessa maneira.
Mesmo que um navegante não possa concretizar o negócio pela internet, isso lhe ajuda em muito na tomada de decisões. É claro que as informações devem estar organizadas e concisas de maneira a simplificar o acesso e é óbvio que se o negócio exigir, e mais que isso, ao se identificar que ele necessita de um algo a mais é fundamental orientar sobre as possibilidades onde pode se chegar com ele.
Quanto mais funcionalidades o projeto apresentar maior será o investimento e conseqüentemente o ROI poderá ser diluído em um tempo muito maior, pois soluções corporativas não são projetadas para viver somente um ano.
O ROI está diretamente ligado à essência do projeto, ao onde se quer chegar e muitas vezes quem necessita de um projeto desses não sabe muito bem onde pode chegar.
Fica aqui uma pergunta, será que o ROI é ponto decisivo na realização do projeto?
Interessante o artigo. Porém eu acho complicado usar a expressão: ?site puramente institucional já era?. Acredito que uma das tarefas de um profissional de internet é identificar se há ou não necessidade de um site e quão sofisticado este deve ser.
Sistemas sofisticados e modernos são interessantes sim (inclusive essa é minha área), porém para alguns negócios um site institucional que divulga a empresa e seus produtos é suficiente. Simplicidade muitas vezes resolve e economiza.
Concordo plenamente com você Ademir. Nunca tivemos navegantes (não gosto muito do termo internautas) tão exigentes quanto hoje.
A Internet evoluiu e a cultura 2.0 trouxe a obrigação de troca entre empresas e visitantes de seus sites, mesmo porque como o seu site bonitinho, há mais de mil semelhantes. Se quisermos que eles voltem aos nossos sites, temos que oferecer algo precioso em troca de suas visitas. O que comprova o fato é pensar nos nossos próprios comportamentos: em quais sites sempre voltamos? O que eles nos oferecem?
Beijos e parabéns pelo artigo!