Depois de rechaçar a campanha tradicional cheia de “sacadinhas” da sua agência tradicional, o cliente entende que aquilo ali é justamente o que não quer.
Então, ele vem com uma ideia audaciosa e coloca no papel um plano para criar um modelo de interatividade que integra todas as mídias e utilizando a internet como ferramenta central de sua campanha.
Surge a ideia de criar uma rede social e usar as fotos de quem está na rede para fazer os comerciais de TV, impresso e mídia externa. E ainda, criar brindes personalizados e usar o banco de dados para prospecção e comunicação direta.
Foi assim que nasceu a campanha Eu vou, do processo seletivo da Univix. Tem valor para o cliente contar com uma agência de internet que já o atende há mais cinco anos com dezenas de projetos arrojados e inovação.
Qual foi o fator mais importante para gerar a oportunidade de criar uma campanha como essa? A atuação da agência tradicional do cliente? A ideia audaciosa do cliente? Acredito que o que fez a diferença foi o nível de cultura digital e de inovação do cliente.
Quando o cliente aposta todas as suas fichas numa campanha como essa, ele precisa estar muito seguro sobre o que está fazendo, precisa saber onde está pisando e, principalmente, de capacidade estratégica e operacional para viabilizar sua audácia.
Acredito que no caso da Univix, essa campanha foi possível porque o cliente está contaminado pela cultura de inovação e cultura de rede. E a agência de internet teve papel muito importante nessa construção. Foi o histórico de projetos de internet, centenas de reuniões, conversas e troca de informações que sedimentaram o entendimento sobre a dinâmica da rede e como é possível apostar suas fichas na web.
Num momento de grandes transformações nas mídias e na forma de fazer propaganda, ajudar a criar cultura digital será cada vez mais uma importante atuação para as agências… para aquelas agências que vão fazer diferença na estratégia do cliente. [Webinsider]
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Gilber Machado
<strong>Gilber Machado</strong> (gilber@e-brand.com.br) é diretor executivo da <strong><a href="http://www.e-brand.com.br" rel="externo">e-brand</a></strong> e consultor de inovação da <strong><a href="http://www.inbate.com.br/" rel="externo">InBate</a></strong>.
2 respostas
Trabalho com WEB e vejo que isto está longe de acontecer… Agencia off-line estimular o on-line?
Quando as agencias forem remuneradas pelo faturamento do cliente, aí sim… Mas, enquanto os planos de mídia tiverem valores tão diferentes, é muito melhor para a agência estimular a página inteira do que o banner na versão digital do jornal.
É papel da agência, mas o nível de engajamento e cultura digital do cliente foram os fatores decisivos?
Entendo que todos envolvidos no processo comunicacional devem fazer suas lições de casa em favor de uma comunicação atual e eficaz.
Talvez o anunciante em questão faça bem a web pois faz parte da sua realidade financeira. É preferível se fazer bem 1 meio que dispersar a verba em poucos TRPs na TV e não ter continuidade.
Centenas de reuniões não são sinônimo de geração de conhecimento nem de reciclagem profissional.