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Recentemente, busquei no Google a palavra ?inovação? e recebi mais de sete milhões de resultados. Para a frase ?empresas que inovam?, mais de um milhão de respostas.

Na TV, revistas, jornais, a palavra-chave em toda propaganda é ?inovação?. Isso sem mencionar as diversas palestras sobre o assunto, cursos de pós-graduação e MBA, entre outros. Até mesmo a minha filha de nove anos, dias atrás, comentou que fez uma “inovação? na escola.

Só se fala em inovação. E eu adoro inovação. Felizmente ou infelizmente estava na hora do assunto de “geração de inovação” ocupar o noticiário setorial e o geral.

Quantas pessoas estão gerando ideias por dia? Quantas evolucionárias e revolucionárias? Qual o tamanho deste estoque de conhecimento? Quantas dessas ideias estão engavetadas, incubadas ou perdidas no meio de tantas obrigações, compromissos, pensamentos e sentimentos?

Quando analisamos essas afirmações, do ponto de vista empresarial, descobrimos que excelentes ideias, capazes de incrementar ou revolucionar as coisas e o mundo, são simplesmente perdidas em meio ao caos da rotina diária.

Tratando-se do ambiente empresarial brasileiro, essa máxima fica ainda mais óbvia, pois temos uma capacidade ilimitada de criação e o nosso ambiente profissional ainda padece com a falta de cultura participativa, centralização e hierarquia temporal. Existem verdadeiras barreiras entre as grandes ideias e a alta administração das companhias.

É fácil constatar que as corporações gastam fortunas fazendo publicidade sobre inovação, mas onde está a verdadeira inovação? Onde estão os verdadeiros cases?

Nós, consumidores comuns, não vemos essa inovação em qualquer aspecto de nosso relacionamento com essas empresas.

Se analisarmos o setor bancário, especificamente, sem tirar os méritos dos ganhos tecnológicos extremamente rentáveis, todos os bancos fazem tudo exatamente igual e jamais tiveram a ousadia de perguntar aos seus clientes o que de novo poderia ser acrescido.

Ainda assim, todos dizem ser ?empresas inovadoras?.

Seria muito interessante que as empresas que se intitulam ?inovadoras? demonstrassem seu processo de inovação.

Minha sensação é a de que empresas inovadoras, salvo raríssimas exceções, não são aquelas que apenas intitulam-se.

Existem exemplos, como o próprio Correios, que lançou sistema para que 80 mil de seus colaboradores possam interferir com ideias e inovações, mas nem por isso intitula-se uma empresa inovadora. Outro é a IBM, que criou e gere um sistema de produção e gerenciamento de inovação, tendo essa iniciativa como ferramenta de desenvolvimento.

Fato interessante é de que existem muitos casos de redução de custos, melhoria do ambiente e sensação dos trabalhadores quanto aos seus empregadores, contudo, mesmo diante de tudo isso, as organizações e empresas ainda não descobriram o valor de ouvir suas comunidades para agregar valor aos seus objetivos.

Atualmente, existem ferramentas gratuitas para a gestão de inovação e ideias. Mas muitas empresas continuam gastando seu tempo e dinheiro apenas fazendo publicidade, intitulando-se inovadoras, sem demonstrar ou tornar sensível essa característica à sua comunidade.

Então, pergunto: onde estão as verdadeiras empresas inovadoras brasileiras? [Webinsider]
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Avatar de Nilson Cortez Júnior

<b>Nilson Cortez Júnior</b> é consultor em gestão de ideias, especialista em gestão empresarial e jogos de empresas pela Fundação Getulio Vargas. É sócio-diretor da consultoria <b><a href="http://www.ideias10.com.br" rel=externo>Ideias10</a></b>.

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5 respostas

  1. Complexa a matéria.
    Envolve cem , mil ou um milhão de fatores.
    O público alvo evolui a ponto de entender a mensagem e consumi-la?
    Existe mensagem nova, idéia nova ou se reaproveita
    algo já existente.
    Esse vídeo fiz por acaso. Tem uma cena no meio
    que o público considera chocante, e tem a vez
    com o contexto.
    Tem mensagens que foram passadas.
    Se foram absorvidas é que são outros quinhentos
    pois é certo que desistam de assistir na cena
    chocante.
    A mensagem não é absorvida.
    http://www.youtube.com/watch?v=OfiUaqTHxSE

  2. Sr. Bruno Starnini,o sr, que, pelo que posso perceber, é um nazista com idéias um tanto errôneas sobre biologia e sobre as comunidades ibéricas. Colega, vá estudar um pouco e depois saia por aí fazendo comentários

  3. Só para complementar: os ibéricos sempre foram a civilização mais tacanha da Europa. Só foram aceitos na Comunidade Européia pois pega muito mal criar um super-bloco econômico com ignorância, miséria e infraestrutura ridícula no quintal. Assim, dá-lhe dinheiro em Portugal e na Espanha…

  4. Ahhhhhh! caro Nilson. O que as empresas brasileiras mais fazem é gargantear. Na verdade, ainda são instituições em que impera o chicote e uma acirrada relação entre o capital e o trabalho. Creio firmemente que isso decorre da ganância desmedida (algo culturalmente agregado ao DNA do brasileiro e que chegou aqui com Cabral (Que pena não termos sido invadidos pelos holandeses…) e de uma lei trabalhista populista e nada adequada aos novos tempos. Por conta disso tudo, penso, as empresas não encaram seus empregados (que sempre, na publicidade são colaboradores (sic?)) como parceiros. Da mesma forma, os empregados estão nem aí para a empresa, querem apenas salários e benefícios. Mal sabem que empresas feitas para durar têm de ser inovadoras. E não apenas no discurso, mas no atendimento, nos produtos e serviços oferecidos e muito mais. É lamentável chegar ao Século XXI com uma mentalidade empresarial e trabalhista do Século XIV…

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