Excelência se alcança por meio de um longo e contínuo processo que requer, sobretudo, comprometimento. Mais do que uma aspiração, excelência é o ponto para o qual nossos passos se dirigem.
“Só assim seremos sempre líderes e nunca seguidores” – essa afirmação do visionário Ratan Tata, chairman do grupo que leva seu sobrenome, reforça a ideia de que para aportar com êxito no destino é fundamental traçar muito bem as rotas a serem seguidas.
Para implementar técnicas gerenciais que tornam as operações mais eficientes, é necessário avaliar, em primeiro lugar, qual o posicionamento atual da empresa. E de preferência encomendar essa avaliação de fora da corporação para que o rigor e a imparcialidade sejam preservados.
Após obter um retrato fiel dos processos em andamento e mapear o modo como os vários stakeholders se relacionam, provavelmente será necessário aprimorar a estratégia da companhia de modo a direcioná-la ao preenchimento das lacunas constatadas.
Saber se a organização que você dirige é um Jaguar ou um Jipe é essencial para escolher o caminho que lhe proporcionará mais vantagens competitivas. Importar processos da matriz ou seguir exemplos de sucesso no mercado nem sempre atendem à demanda da sua empresa e podem, ao contrário, gerar ainda mais entraves.
Costumo dizer que metade da batalha está ganha se for escolhido um modelo de processo que consiga se moldar perfeitamente às peculiaridades do cliente. E de acordo com a abrangência das melhorias que se pretende promover na empresa, investir nos canais de comunicação interna pode ser vital, uma vez que os profissionais precisam estar envolvidos no processo e não apenas submetidos a ele.
Justamente porque a eficiência operacional não é o objetivo estratégico da empresa e sim o meio pelo qual este será alcançado, ela requer monitoramento constante. Acompanhar os processos de perto é a forma mais eficiente de mitigar riscos e garantir agilidade na resolução dos problemas.
Com periodicidade pré-definida é importante checar se as prioridades estabelecidas ainda são válidas ou se é necessário reavaliar as metas, para melhor adequá-las às mudanças de cenário.
Ao analisar os resultados obtidos com a implementação desse tipo de projeto, muitas empresas recorrem exclusivamente à equação “investimento x ROI” e nem sempre ela é a mais precisa.
No momento imediatamente posterior à implantação de um projeto de eficiência operacional, é essencial considerar os soft benefits, benefícios que não podem ser traduzidos diretamente em aumento do faturamento, mas que por automatizarem processos ou aumentarem a satisfação dos clientes podem gerar resultados de negócio no médio prazo.
Manter positiva a balança comercial corporativa (alta produtividade com baixo custo) é uma jornada sem fim.
Muitas empresas não dão o primeiro passo, pois não conseguem enxergar o final da estrada, mas se a jornada rumo à melhoria de processos é planejada com critério, o custo inicial e o investimento na capacitação dos profissionais serão seguramente recompensados.
A persistência é o caminho para se atingir tudo aquilo que vale a pena. Como os indianos costumam dizer: “é preciso trabalhar para reduzir o trabalho”. [Webinsider]
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Ailtom Nascimento
Ailtom Nascimento é vice-presidente comercial da Tata Consultancy Services do Brasil.
Uma resposta
Obrigado pelo texto. Gostaria de levantar um questionamento. A tendência nos EUA para 2010 é trabalhar com marketing ROI, de acordo com o “Marketing Trends Report 2010”. O artigo está em http://www.emarketer.com/Article.aspx?R=1007564 inclusive com dados. Como o Sr. vê essa pesquisa, uma vez que o Sr. diz para “deixar um pouco de lado os números de ROI”? Obrigado pela atenção e um grande abraço.