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Anote este nome: Real Time Bidding (RTB). Você vai começar a ouvir cada vez mais sobre isso. Outra expressão que você precisa se acostumar é Ad Exchange (redes de leilão de inventário), sobre a qual já tratei em colunas anteriores inclusive.

Antes de começar, vamos às definições:

Ad exchange é um ambiente onde você pode comprar e vender inventário para publicidade, como em uma bolsa de valores, sem interferência humana. Ou seja, sem telefonemas, almoços e e-mails: você entra no sistema e, se quiser vender, diz o que tem e qual o preço; se quiser comprar, verifica as opções e diz como e quanto quer pagar, no melhor estilo.

Real Time Bidding significa a capacidade de comprar em tempo real uma única impressão, se for o caso, e pagar o preço que você achar adequado por ela, baseado em dados reais de conversão. Graças a essa nova tecnologia você pode ajustar (ou otimizar, se preferir) o preço baseado nos resultados gerados em impressões anteriores. Tudo isso acontece dentro do ambiente das ad exchanges.

Confuso? A princípio pode parecer, mas RTB tem sido visto como o Santo Graal dos banners.

Mas para que esse leilão possa funcionar algumas condições importantes são necessárias:

  • Inventário – é preciso que haja um bom volume de impressões para que determinada página possa ir a leilão
  • Cliques – quanto maior o volume, melhor.
  • Interessados – se o conteúdo for muito específico, possivelmente ele será disputado por um número menor de agências ou anunciantes.

As formas de controle de espaços para campanhas publicitárias têm evoluído com o tempo: começaram pela aparência da página, depois o passo seguinte foi a importância do conteúdo, que gerou o crescimento da publicidade contextual, chegando à segmentação por comportamento de navegação.

A principal mudança que o RTB traz ao mercado de publicidade é que até hoje, quando realizava uma compra de mídia, você fazia uma reserva de espaço para sua campanha e, independente do resultado, o preço é aquele acertado antes da campanha iniciar a veiculação. Isso acabou.

Com RTB, o benefício maior para quem compra é a capacidade de poder ajustar seu plano conforme a entrega de resultados. E, para quem vende, se sua página tem uma boa performance, com certeza ela será mais valorizada.

Assim, inventários hoje chamados de “podres”, por não terem boa taxa de conversão, podem se tornar em premium, já que não estamos falando de quantidade, mas sim de individualização de páginas.

Sem dúvida o poder dos softwares de RTB só irá aumentar o interesse pelos sistemas de leilão de espaços promovidos pelas ad exchanges e, inclusive, já vemos o surgimento de um novo modelo de empresas: os grandes grupos de comunicação estão criando as suas próprias redes de publicidades – chamadas de DSP ou Demand Side Platform. O Havas tem a Adnetik, a Publicis criou a Vivaki e a WPP a B3, para citar apenas algumas.

O objetivo, claro, é se valer do poder de compra e de tecnologias como RTB para incrementar e rentabilizar os investimentos em publicidade online de seus clientes.

Assim, além do fator Google, mencionado em meu artigo anterior, acredito que o Real Time Bidding pode acelerar o renascimento dos banners e derivados, que sofreram demais com a explosão dos sites de busca e suas campanhas baseadas em anúncios de texto e palavras-chave. O RTB sem dúvida vai valorizar espaços dados como não qualificados e que hoje são desprezados ou comercializados a “granel”, com preços baixos.

E, com isso,  cairá por terra o argumento que as redes de publicidade (ad networks) e de leilão de inventário (ad exchanges) são responsáveis por reduzir o preço da publicidade: independente de quem comercializa, o que vale são as leis de mercado – oferta e procura. [Webinsider]

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Marcelo Sant'Iago (mbreak@gmail.com) é colunista do Webinsider desde 2003. No Twitter é @msant_iago.

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3 respostas

  1. Muito bom este artigo! Parabens! Real-Time Bidding existe desde 2009, porem agora que esta sendo disseminado e a tendencia é que em 2012 seja mais do que trend, uma realidade. Escrevi um artigo a pouco tempo sobre RTB. “Aproximadamente em 2009, o cenário de publicidade online vivia uma nova era, de um lado empresas com um inventario de mídia nunca antes visto, e do outro lado com ajuda da tecnologia, novas empresas surgiam fornecendo dados sobre os usuarios, auxiliando as tomadas de decisão dos anunciantes….” http://www.meltdsp.com/tecnologia/como-surgiu-o-real-time-bidding/

  2. Apesar de a cultura do brasileiro ser muito paternalista, espero que esse conceito pegue aqui no Brasil. Uma pesquisa rápida que fizemos com alguns clientes nos trouxe uma conclusão não muito animadora de algo que se passa na cabeça de quem decide os investimentos em publicidade online: “Se o fornecedor não fixa um valor é porque ele não sabe o quanto vale seu serviço, e se não sabe é porque não deve ter nenhum valor”.
    Mas, por outro lado, esse conceito de “leilão” pega muito bem quando se refere ao Google.
    É… acho que será uma questão de experimentar até a ideia pegar na mente.
    Abs.

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