Estratégias sociais: como a sua empresa seduz?

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Redes sociais estão na moda. Antigamente todo empresário achava que ter o site da empresa site era um item fundamental, como ter um cartão de visita.

Agora, alguns acreditam que ter vários perfis em redes sociais e um blog institucional também é necessário neste “marketing moderno”.

Mas o importante aqui, acredito que como tudo na vida, não é o que você tem, mas o que você faz com aquilo que possui.

Sites lindos que não servem para nada ou páginas que os clientes não acessam por falta de interesse ou utilidade são comuns na web.

Agora vem uma onda de perfis corporativos inúteis que não fazem nada também e nem convertem em vendas.

Ter não é uma tarefa difícil, mas fazer com que aquela ferramenta tenha alguma relevância para o negócio, isto sim, é quando começamos a falar de estratégia realmente.

Neste texto, irei falar dos três tipos mais comuns de estratégias corporativas em redes sociais comparando com algo que todo ser vivo conhece, ou já ouviu falar. O jogo da sedução, a conquista das pessoas, que pode não parecer, mas tem tudo a ver com a conquista do cliente pela empresa que deseja ser “mais social”.

Os perfis que as empresas adotam

Imagine uma situação em que três gêmeos, praticamente iguais em aparência e em status financeiro, mas que na esfera social tenham perfis diferentes.

O primeiro tem um perfil de “forçar a barra” – é aquele que sempre faz amizade com os outros para cobrar, ganhar algo em retorno. Puxa as pessoas para manter contato com ele e com isto acaba repelindo cada vez mais. Pega no braço das meninas na balada, fica com raiva mortal ao ouvir um não e a maioria das pessoas não se sentem confortáveis em sua presença.

O segundo irmão tem o perfil de “paga lanche”. É uma figura conhecida e sempre acompanhado de muitos, mas isto não tem nada a ver com carisma. Na verdade ele sempre fornece alguns agrados para aqueles que desejam socializar com ele. Poucos sabem mais que o seu primeiro nome, o que ele fala quase não possui relevância e seu momento de atenção dura o tempo da garrafa de uísque que pagou.

O terceiro irmão tem o perfil mais “interessante” dos três e talvez por isso consiga se socializar com pessoas mais agradáveis. Alguns acreditam que ele tenha algum tipo de química ou segredo, mas a maioria das pessoas gosta de estar perto dele, pois sempre está sorrindo. Ele cumprimenta e conhece todo mundo, gosta de ouvir bastante e quando fala sempre sai algo positivo, legal ou original.

Como os três irmãos, as empresas quando pensam em entrar no jogo social adotam um destes três perfis.

Algumas “forçam a barra” e saem adicionando e enchendo de mensagens irrelevantes a maior quantidade de usuários que podem.

Outras fazem trocas através de prêmios e promoções, seguindo o perfil do “paga lanche”. Elas praticamente assumem que são mais interessantes que uma pedra para a interação, mas mesmo assim oferecem algo de valor se o usuário fazer este sacrifício.

Por último, vêm as empresas que oferecem simplesmente a sua presença e seu conteúdo para o usuário e estes, enxergando relevância, naturalmente seguem, compartilham e principalmente compram.

Agora cabe a cada gestor analisar sua presença atual. Nenhuma empresa quer ser “força a barra” ou “paga lanche”, não é mesmo? [Webinsider]

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Avatar de Raphael Lacerda

Raphael Lacerda (raphael@mercadobinario.com.br) é sócio na empresa Mercado Binário, agência de automação e leads de venda

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5 respostas

  1. Realmente, é muito fácil entrar nas redes sociais. Mas isso não é garantia de que a empresa fará sucesso dentro delas. Claro que não. O que importa realmente é saber como agir dentro delas. Se a pessoa não tiver base teórica, aprendizado prático e estar sempre atualizada, não conseguirá ter um bom resultado nas mídias sociais.

  2. Parabéns pelo artigo. Excelente comparação. Além de tudo o que foi dito, a verdadeira avalanche de informações disponível hoje na internet e tantos pedidos para adicionar, seguir, compartilhar etc, faz com que muitos esqueçam qualidade e foco das ações, entre outros aspectos.

    O fato é que as possibilidades no meio on-line são inúmeras e em constante mutação. Mas a exemplo do “mundo real”, modismos vêm e vão e, assim como uma roupa, nem tudo serve em determinada pessoa, negócio, produto, serviço ou empresa. Ajustes às vezes são necessários e uma boa dose de observação, cautela e bom senso será sempre bem-vinda, principalmente na produção e gerenciamento de conteúdo corporativo para internet.

    Abs.

  3. Ótima analogia Raphael! As estratégias de mídia social estão exatamente assim.

    Acredito que um dos motivos de tantos perfis “forçar a barra” e “pagar o lanche” é que é muito fácil entrar nas mídias sociais, além de ser gratuito. Aí cai naquela: de médico e louco todo mundo tem um pouco; todos “sabem” fazer estratégias de mídia social. Então voltamos ao início da internet, quando o empresário pedia a seu sobrinho para fazer seu site: “Sobrinho, sabe aquele negócio de iorkut e tuiter, faz pra minha empresa que te pago um lanche!”.

    O que devemos mostrar aos empresários é que a mídia social eficiente e eficaz tem que ser pensada por estrategistas. Conrado Adolpho já fez uma ótima analogia com o xadrez. Explico: é como um jogo de xadrez entre eu (leigo) e Kasparov – eu sei como as peças se mexem e sei que preciso matar o rei dele, mas ele sabe as estratégias certas para cada momeno do jogo. Se você quer ganhar o jogo, vai contratar eu ou Kasparov?

    Um abraço, até mais!

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