A nossa política

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É tempo de eleição, e já já vamos começar a enfrentar aquele bombardeio de propostas, farpas e programas de humor. Todos são unânimes em dizer que é o ano da Internet na campanha política, seja lá o que isso quer dizer (ainda tem candidatos chamando o eleitor na Internet de internauta!).

Mas o que tem essa plataforma a oferecer aos candidatos?

Nada. Nada a não ser mais uma mídia que, por definição, exige a participação ativa das pessoas para acontecer.

Em outras palavras, se não estivermos minimamente interessados em saber o paradeiro dos candidatos, seus projetos, promessas, carismas e mentiras numéricas, é muito pouco provável que os talvez setenta milhões de votantes brasileiros estejam sensíveis às invectivas eleitorais e eleitoreiras.

Porque a Internet é muito ineficiente para o convencimento massacrante, à base de lavagem cerebral repetitiva, a televisão continua sendo o grande e ensurdecedor megafone.

A Internet é a praia da busca, racional e deliberada. E como tal, ela não vai arregimentar legiões de ovelhas carentes por disciplina e ordem, como se presume.

Mas talvez os candidatos pudessem oferecer algo aos eleitores. Essa é a questão, a única, angular, a ser feita.

A Internet se fez e se faz a partir da participação voluntária das pessoas. É assim que ela se sucede. E o corolário dessa constatação anuncia a performance: os meios online exigem vontade de sufrágio. Vontade de ouvir e agir em consequência.

Mas qual dos candidatos está preparado para atender aos votos, no sentido etimológico da palavra (desejos, aspirações), dos eleitores, após ser eleito e até o pleito?

Não é isso o que se vê por aí. O que se vê é o uso da Internet para reafirmar um sistema de poder cansado, baseado em um discurso broadcast, de poucos pouquíssimos, para muitos muitíssimos. Nada de novo.

A Internet não é uma democracia de polichinelo. [Webinsider]

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Fernand Alphen (@Alphen) é publicitário. Mantém o Fernand Alphen's Blog.

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4 respostas

  1. Fernand,

    creio que o papel da Internet, nessas eleições, ainda vai ser tratado nos moldes dos outros tipos de mídia, por parte dos candidatos. Por ser algo “novo” e de poder ainda imensurável.

    Mas acho que a plataforma tem algo a oferecer aos candidatos, mesmo em condição passiva. Quero dizer, através de um exemplo:

    No meu estado(ES), jovens estão passando por uma experiencia impar, através de uma ONG (transparenciacapixaba.org.br/jovem), de se reunir com pré-candidatos ao governo. A iniciativa pode ter sido nossa, dos jovens, mas ainda assim creio que o candidato sai ganhando com a plataforma.

    Considerações;

  2. Fernand,

    creio que o papel da Internet, nessas eleições, ainda vai ser tratado nos moldes dos outros tipos de mídia, por parte dos candidatos. Por ser algo ‘novo’ e de poder ainda imensurável.

    Mas acho que a plataforma tem algo a oferecer aos candidatos, mesmo em condição passiva. Quero dizer, através de um exemplo:

    No meu estado(ES), jovens estão passando por uma experiencia impar, através de uma ONG (transparenciacapixaba.org.br/jovem), de se reunir com pré-candidatos ao governo. A iniciativa pode ter sido nossa, dos jovens, mas ainda assim creio que o candidato sai ganhando com a plataforma.

    Considerações;

  3. Acredito que a internet está alterando a forma que a comunicação é propagada e essa mudança, obviamente, vai alterar a propaganda política também. Vimos isso nos EUA com o Obama e veremos no Brasil, mais cedo ou mais tarde. A partir do momento que é possível fazer uma busca no Google sobre qualquer assunto e isso se torna um hábito, os políticos “da antiga” passam a ficar com os dias contados. As novas gerações, que assistem cada vez menos TV, usam o Google o dia inteiro e tem o hábito de buscarem informações serão os algozes da velha propaganda política mentirosa, e consequentemente dos políticossem escrúpulos que enganam o povo desinformado. Pode ser que esse cenário não aconteça nas eleições de 2010, mas é uma questão de tempo termos eleitores mais concientes, informados e participativos.

  4. Caro Fernand,

    Nem tudo é igual, aqui no sul do Brasil, onde o orçamento participativo foi adotado, e hoje é modelo para o mundo, novas iniciativas de participação da sociedade estão surgindo. Um partido lançou na semana passada um site que recolhe e debate ideias para a soluções de problemas do estado. Com essas ideias será elaborado o programa de governo para o RS.

    http://www.ideiasparaorscrescer.com.br

    Abraço

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