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As linguagens de programação são criadas e mudam muito rapidamente. As causas vinculadas a esses acontecimentos são as necessidades de mercado, cada vez mais exigente, e oportunidades criadas por determinados nichos de empresas.

Em que linguagem programar? Qual me dará melhor produtividade? Qual me possibilita estar tecnicamente avançado e ter vantagens competitivas? Através dessas perguntas decisões muito importantes são tomadas, gerentes determinam o futuro de empresas, profissionais traçam suas carreiras e geram expectativas. Portanto, acredito que são decisões extremamente cautelosas e devem ser tomadas com base em uma análise bem estruturada.

Este artigo não pretende informar qual é a linguagem do momento e nem definir qual a linguagem que uma empresa ou profissional deve adotar; o objetivo é passar uma visão da evolução das linguagens e tendências ao longo dos anos.

As linguagens de programação são criadas e mudam muito rapidamente. As causas vinculadas a esses acontecimentos são as necessidades de mercado, cada vez mais exigente, e oportunidades criadas por determinados nichos de empresas.

Mesmo com uma gama enorme de linguagens, a sobreposição de conceitos comuns é muito grande. Podemos perceber que nos últimos dez anos existe pouquíssima evolução no que diz respeito à estrutura e conceitos das linguagens. Como exemplo, podemos citar o PHP, Java, C, C++, C# e Delphi, que apresentam diferenças mínimas entre si.

Para compensar essa semelhança, o foco de desenvolvimento parece ter mudado atualmente para a criação de metodologias que empregam melhor as linguagens já existentes.

Exemplos dessa tendência é o eXtreme Programming (metodologia ágil para desenvolvimento de software com requisitos vagos e em constante mudança) e o PMBOK (conjunto de práticas que constituem a base da metodologia de gerência de projetos do PMI).

São técnicas que se encaixam em praticamente qualquer tipo de linguagem de programação, mas não as alteram fundamentalmente. Essas metodologias auxiliam no processo de desenvolvimento, e acredito que sua utilidade e aplicabilidade são fundamentais para bons resultados, mas não resolve o problema de produtividade e evolução tecnológica das empresas.

Se o foco nas linguagens mais utilizadas ou mais recentes e metodologias bem elaboradas não resolvem o problema, em que devemos apostar?

Declarar ao invés de programar

Seguimos analisando o passado da TI. Nos últimos 40 anos, a complexidade dos sistemas aumentou em 2000% enquanto a produtividade das linguagens de programação aumentou em 150%. Além disso, a produtividade das linguagens de programação chegou, a algum tempo já, à estabilização.

Muitas empresas chegaram a uma situação insustentável para os negócios, os custos crescem de maneira descontrolada em busca de tecnologia e não se consegue produzir com eficácia. Como conseguir o aumento de produtividade que desejamos? A resposta talvez seja construir softwares baseado em conhecimento e não em programação. Focar no conhecimento ao invés da linguagem propriamente dita, declarar ao invés de programar! Bem, isso é o que aposta a multinacional Artech, que tem como principal produto o software GeneXus, plataforma para desenvolvimento, gerenciamento e manutenção de aplicativos.

A essência da ferramenta é tratar de forma automática o conhecimento dos sistemas de negócio. Para isso GeneXus possui ao seu redor uma série de recursos como projeto, geração e manutenção automáticos da base de dados e programas de aplicação necessários para a empresa. Tem também geração, a partir de um mesmo conhecimento, para múltiplas plataformas (.Net, Java, Ruby, etc.) e integração do conhecimento de diversas fontes para atender necessidades muito complexas com custo em tempo e dinheiro muito inferiores aos habituais.

Uma das características mais interessantes da ferramenta é a manutenção ou a evolução dos softwares construídos através dela, que, pelo fato de trabalhar com o conhecimento puro, torna-se independente das tecnologias da moda, podendo ser sempre aproveitado para tecnologias futuras. Por que evoluir tecnologicamente aproveitando o mesmo conhecimento?

Indústria de automóvel

Analisando o setor da indústria de automóvel, podemos fazer uma analogia com a situação atual da TI. A evolução dos carros pode nos ajudar bastante a entender essa nova tendência que estamos presenciando.

Ao longo dos anos os carros foram sofrendo alterações, ou seja, evoluindo. O carburador deixou de existir e deu espaço para a injeção eletrônica. Outras partes do carro evoluíram: design, embreagem, freios (ABS), direção hidráulica, vidros elétricos, ar condicionado, sistema de segurança (airbag), câmbio automático, sinalizadores sonoros (para estacionar), motores flex, entre outros.

Todas essas inovações vieram através de um processo de evolução muito parecido com a da TI – necessidade do mercado e oportunidades criadas por determinados nichos de empresas.

A pergunta é: a forma de dirigir mudou? O conhecimento foi posto fora e teve que se reaprender a dirigir a cada novo carro? A resposta para ambas as perguntas é não. Continuamos dirigindo da mesma forma, aproveitamos nosso conhecimento e usufruímos das novas tecnologias. O tempo que gastamos com a adaptação ou aprendizado dos novos recursos é enormemente inferior ao tempo de se aprender a dirigir.

Vantagem competitiva

A metodologia utilizada pelo GeneXus, o desenvolvimento baseado em conhecimento, possibilita uma redução muito grande em termos de custos, tanto em valor monetário quanto em tempo. Esta é uma abordagem não muito recente, porém acredito que somente hoje temos informações e maturidade suficiente para o entendimento e avaliação dessa forma de pensar, dessa nova visão de desenvolvimento de software, dessa quebra de paradigma.

É notório que empresas que utilizam a ferramenta mantêm segredo e utilizam a produtividade para manter vantagens competitivas. Dentro desse cenário, me pergunto: estaria o futuro do desenvolvimento de software nas mãos de gerentes e diretores inovadores e capazes de entender o momento atual? [Webinsider]

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Avatar de Luiz Felipe Possebom Garcia

Luiz Felipe Possebom Garcia (gx2@gx2.com.br) é diretor da GX2 Tecnologia.

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6 respostas

  1. Obrigado pelo feedback! Sempre são muito bem vindos, positivos e negativos!
    Sobre a opinião do Tiago, talvez por um problema de visibilidade ou marketing o GeneXus não é muito difundido no Brasil, mas creio que isso esta mudando… por isso talvez o pessoal de TI não tenha muito conhecimento da ferramenta. O GeneXus tem mais de vinte anos! Agora dia 13 de setembro acontecerá o XX Encontro Internacional GeneXus em Montevidéo!
    A idéia desse artigo era dispertar o interesse sobre essa quebra de paradigma. O GeneXus é a ferramenta que eu conheço, mas seria bem interessante que pudessemos verificar se existem outras ferramentas com o mesmo foco e pudessemos avaliar as mesmas, fazer comparativos, etc.

    Abraços

  2. Parabéns pelo artigo!
    A matéria está muito interessante e bem objetiva. A empresa onde trabalho já pesquisa o Genexus a vários anos e trabalha efetivamente com a mesma há 4 anos, temos grandes aplicações web (java/postgre) rodando em vários clientes e a ferramenta tem sido de grande utilidade e tem atendimento a todas as nossas necessidades. Discordo complemente do comentário do Tiago que diz “GeneXus ainda é uma criança”. A Artech tem mais de 10 anos no desenvolvimento do Genexus e inclusive convido ao Sr. Tiago conhecer a versão Evolution 1.

  3. parabéns pelo artigo,

    muito bem escrito e muito oportuno.

    ando meio decepcionado com os meus colegas desenvolvedores e não com a ferramenta!

    meus colegas continuam pensando mais na linguagem e não no conhecimento.

    é mais importante para muitos fazer funcionar um recurso nem tão útil assim, nem que para isso seja necessário incluir códigos HTML e Java não padrão no corpo do Genexus.

    mais um exemplo vem dos fóruns do Genexus que acompanho, inúmeros desenvolvedores fazem perguntas extremamente básicas, de quem nunca teve um curso Gx na vida. E isso é ruim para todos, para o desenvolvedor, para a empresa que desenvolve, para os clientes e para a Artech porque alguns acabam falando mal da ferramenta porque não conhecem direito.

    enfim, eu lembro dos anos 80 e 90 onde o sonho dos desenvolvedores era trabalhar com uma ferramenta I-Case e hoje, que nós temos nas mãos esta ferramenta, os profissionais, na grande maioria, não mudaram sua mentalidade e continuam preocupados com funcionalidades e código, esquecendo todos benefícios e evolução que o Gx nos traz.

    abraço a todos

  4. Engraçado, e você é diretor de uma empresa que presta serviços com o GX ?

    A microsoft, google, oracle estão atrás do GeneXus, desenvolvendo e criando ferramentas de criar sistemas ainda arcaicos, que permitem ao programador “digitar códigos”…

    Concordo que é produtivo, mas é notório também que é difícil de prestar manutenção, uma vez que a ferramenta GeneXus ainda é uma criança.

  5. Percebemos lendo este artigo, que à fundamento… hoje a movimentação e muito rapida e necessidade de algo novo a cada instante.

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