Sucesso e fama são planetas diferentes. Podem até coexistir, mas não são obrigados a orbitarem lado-a-lado. É plenamente possível ser famoso, sem ter tido sucesso algum na vida.
Um criminoso que ganha as páginas dos jornais é famoso, mas não necessariamente um sucesso. O político corrupto que enriquece ilicitamente pode até ser famoso, mas não é necessariamente um sucesso, especialmente considerando o rastro de impactos negativos que deixa pelo caminho.
No campo da motivação humana, sucesso traduz-se pela conquista do objetivo, em ser bem-sucedido naquilo que nos propomos, sejam nossas pequenas metas pessoais ou nossa missão de vida, porém dentro de parâmetros legais, morais e éticos, que tornem nossos travesseiros mais leves e limpos durante a noite.
O problema é que sucesso, na cabeça de alguns desavisados, mistura-se com fama e representa o início da zona de conforto. Seja um empresário, executivo, um escritor, um artista, um pesquisador, um jogador de futebol, um estudante, uma dona de casa… não importa a área: sempre encontraremos aqueles que são bem-sucedidos e aqueles que cumprem apenas o pro-forma da função.
A marca do primeiro grupo é a da “insatisfação positiva”, que o move no sentido da melhoria contínua, do aperfeiçoamento profissional e do desenvolvimento pessoal. Já o segundo grupo contenta-se com uma satisfação neutra. Quando não, negativa.
Analisando o comportamento de pessoas verdadeiramente bem-sucedidas, um dos fatores mais interessantes a se observar é que elas próprias estão longe de se auto-avaliarem como um sucesso, de considerarem sua missão como cumprida.
Elas sabem que o seu melhor trabalho é aquele que ainda vão fazer, que a sua maior conquista ainda está por vir. Essa angústia criativa mantém a roda de suas vidas em movimento, tracionadas por questões-chave da busca pessoal: e se eu fizesse de outra forma? Por quê não tentar outro caminho? E na encruzilhada da insatisfação, optam por seguir o caminho da ação, não o da lamentação.
Pessoas bem-sucedidas não atracam seus barcos no porto seguro – e temporário – do sucesso, pois sabem que navegar é preciso. Quando o motor quebra ou o vento da oportunidade para de soprar, não se intimidam: arregaçam as mangas, pegam os remos e continuam. [Webinsider]
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Eduardo Zugaib
Eduardo Zugaib (falecom at eduardozugaib.com.br) é profissional de comunicação, escritor e palestrante motivacional. Sócio-diretor da Z/Training - Treinamento e Desenvolvimento.
3 respostas
Ótimo artigo. Concordo plenamente com a ideia.
Acomodação é a pior opção em nosso tipo de profissão. O importante é nunca se dar por satisfeito, e o sucesso é consequencia de nosso esforço e trabalho.
fraco.