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A tendência de se usar equipamentos com comunicação sem fio começou a tomar impulso no ano passado e parece que agora vai decolar de vez! A questão é saber, em primeiro lugar, se estamos preparados para isso, e depois, se tal mudança vai aumentar de fato o nosso grau de entretenimento. Eu espero que sim!

A comunicação de dados é a chamada do momento. Ela foi deflagrada para valer no final do século passado, com o aparecimento da Internet, no início com o uso de texto, e depois com a arquitetura que usamos atualmente. Sem dúvida, o e-mail esteve para a Internet como o processador de texto esteve para a microinformática, uma década atrás. Ambos se transformaram em molas propulsoras deste tipo de ferramenta.

Mas isso foi só o começo. Nem no início de 2000, em plena revolução dot.com, podia-se ter ideia do potencial de uso da Internet no ambiente doméstico. E ela agora chega com força nas principais mídias, com o auxílio de equipamentos capazes de vencer a barreira das distâncias locais. Refiro-me aos dispositivos sem fio, que proliferam em leitores de Blu-Ray, media players, celulares, TVs e um monte de outras coisas.

Tradicionalmente, o uso de cabos para transmissão de dados se tornou um padrão confiável, apesar de alguns percalços. O cabeamento HDMI, por exemplo, demonstrou ser uma exceção, pela maneira como os seus proponentes implementaram o percurso paralelo de dados entre os equipamentos interligados. Erros esses que qualquer bom engenheiro de rede teria evitado, mas a ânsia de bloquear sinais digitais para cópia acabando por desenvolver um modelo equivocado.

A transmissão de dados sem fios ou cabos esbarra, entretanto, em dois outros problemas: velocidade e segurança! Este último quesito é crítico, quando se trata da comunicação entre aparelhos sensíveis à busca de dados confidenciais, como computadores, telefones celulares, etc. O outro se torna um obstáculo que vai desde a recepção de dados externos, as chamadas redes de banda larga, até as redes locais, no ambiente do usuário final residencial.

O mundo dos modems e roteadores

Caramba, não faz tanto tempo assim que a maioria de nós leigos teve que aprender a fazer roteamento em modems, tudo porque as operadoras simplesmente tiraram o corpo fora!

E quando se trata de invadir o campo de conhecimento alheio, é sempre bom e recomendável sair munido de um dicionário técnico debaixo do braço, caso contrário a gente não consegue decifrar o enorme número de siglas contidas no setup desses equipamentos.

Os setups dos modems e roteadores são crípticos, mas depois de certo tempo, eles não são tão difíceis assim. E os fabricantes tiveram a sensibilidade de incluir os wizards, que são pequenos aplicativos com rotinas de inteligência artificial, e que permitem conduzir o usuário pelo terreno minado das configurações. Se tudo der certo, pouca coisa se faz para entrar no mundo da banda larga. Mas, mesmo com os wizards, os resultados são imprevisíveis, e alguns itens, como os ajustes de transmissão sem fio, dependem de wizards específicos, ou então, o usuário vai ter que aprender a fazer tudo sozinho, ou com a ajuda de alguém.

A ausência de um suporte adequado obriga a pessoa a tentar se virar sozinha. E neste ponto, é interessante conhecer algumas coisas a respeito da situação da banda larga no Brasil, antes que se pense que o esforço do leigo na configuração está errado:

Os serviços de banda larga ao consumidor doméstico oferecem apenas 10% da banda passante contratada, e em muitos casos, com compartilhamento com algum vizinho seu, que você nem sabe quem é. Além disso, dependendo da região, os gateways das centrais vivem saturados, o que na prática significa dizer que a lentidão na conexão da sua casa varia de acordo com o horário. A linha telefônica do usuário se conecta a um multiplexador chamado DSLAM, que permite identificar cada número pelas portas que ele ocupa.

O usuário precisa entender isto de forma clara: se ele contrata, digamos, 5 MBits de conexão, ele recebe no modem um valor próximo deste, geralmente um pouco acima. Para saber o valor real, é preciso achá-lo na tela de setup do modem, geralmente debaixo do item “status”. Esta tela é útil para informar todas as condições atuais de conexão.

A velocidade contratada não representa a velocidade real obtida. Para isso, é preciso medir a velocidade de tráfego, e isto se consegue com a ajuda de vários sites. Um deles é o SpeedTest, que permite trocar de servidor na rede, o que é muito útil para se ver a diferença de tráfego entre locais do país e do exterior.

É possível notar que o Brasil pagou muito caro pelos mandos e desmandos no setor de telefonia. A Internet aqui era anteriormente uma conexão acadêmica, com um backbone que teria que ser atualizado em tempo hábil. Mas só isso não bastaria: as operadoras teriam também que melhorar a qualidade das suas estações e linhas externas.

Além disso, conduzir sinal de banda larga por um par trançado tradicional não é tarefa isenta de problemas diversos, como a qualidade do cabeamento, especificações como a bitola e o grau de pureza do metal condutor usado para fabricá-lo, a proximidade de fontes de ruído próximas à sua instalação e um monte de outros fatores. A simples substituição de linhas de par trançado antigas (fiação velha) por novas já faz uma enorme diferença, e o raciocínio é válido para as redes de fio externas, pertencentes às operadoras!

Depois que o sinal chega à casa do consumidor e, se ele/ela derem sorte, íntegro, ainda assim outras providências terão que ser tomadas. O ponto fundamental que deverá nortear a instalação agora é que a Internet é e será usada para diversos usos além do computador. E neste ponto, o que de pior costuma acontecer com o usuário inexperiente é ouvir do seu provedor que ele não se envolve com a sua rede doméstica.

Sem ela, é literalmente impossível estender a conexão de Internet para onde ela é devida, incluindo agora aparelhos de TV e reprodutores diversos.

A solução definitiva para se estabelecer uma rede doméstica versátil passa necessariamente pela rede local sem fios. E para isso, o usuário inexperiente precisará conhecer e, se possível aprender, um pouco sobre os roteadores sem fio. Roteadores e divisores de cabos (hubs e mais recentemente switches) têm sido e ainda são usados em muitas instalações, mas eles não são mais necessários.

Com a sua substituição pelas redes sem fio, ganham-se espaço e liberdade! Não haverá mais quilômetros de cabos rolando pela casa, e o usuário, uma vez dispondo de um adaptador para rede sem fio no seu equipamento, pode instalá-lo onde quiser.

O mundo das redes sem fio

Para tudo isso ter total sucesso, é importante que se saiba de que tipo de transmissor sem fio se está falando e de que tipo de clientes ele irá ter. Se a pessoa nunca investiu num roteador sem fio, a melhor coisa a ser fazer é investir logo no mais moderno possível. Isto porque todos os novos adaptadores são obrigatoriamente retro compatíveis. Assim, a versão mais recente de um roteador (servidor) sempre “enxergará” os adaptadores (clientes) de classe mais antiga.

E neste ponto seria interessante esclarecer outras coisas: os adaptadores seguem um padrão chamado de IEEE 802.11, e podem ser dos tipos a, b, g ou n. Até recentemente, quem tinha adaptadores misturados na rede servida por um roteador classe n sofria com um problema chamado de fall back: quando um roteador desses encontra adaptadores b ou g na rede, a velocidade de transmissão e a largura de banda caem automaticamente, ou seja, a limitação de velocidade da rede é ditada pelo adaptador mais lento!

Nos roteadores n da versão 2.0 existe uma opção no setup para encontrar adaptadores de outras classes e distribuir o sinal de acordo com eles, mas sem afetar os adaptadores n da rede.

Além disso, resta ainda a questão da transmissão de sinal propriamente dita. E embora existam múltiplas maneiras de se espalhar o sinal dentro de um espaço físico qualquer, os melhores roteadores sem fio são aqueles cujas antenas (geralmente eles têm mais de uma) são capazes de mandar o sinal para mais longe, e com menos interferência de fontes emissoras próximas na mesma freqüência (base de telefone sem fio, por exemplo).

Podem ainda, dependendo do modelo e do design, usar algoritmos de transmissão inteligentes, distribuindo os dados transmitidos por antenas diferentes, quando necessário. E não só isso, mas otimizar também o chamado empacotamento de dados e/ou priorizar alguns aplicativos, para favorecer aqueles que o usuário ou o sistema precisam mais.

A internet na TV: o dlna

Não fique surpreso se no seu televisor novo você der de cara com um recurso chamado de conexão Digital Living Network Alliance, ou dlna. A dlna na verdade é uma organização que congrega vários fabricantes, com objetivo de interligar equipamentos fixos e móveis, através de uma rede. Esses equipamentos são submetidos à certificação e ostentam o logotipo “dlna” no gabinete ou no manual.

Um equipamento dlna não é obrigatoriamente feito para rede sem fio, ele pode ter apenas uma entrada de cabo Ethernet no painel. O que não impede que uma rede sem fio local seja usada. Existem adaptadores que capturam o sinal da rede sem fio e o passam para uma saída de rede a cabo convencional. Na realidade, esses adaptadores existem há bem mais tempo do que os adaptadores sem fio e são muito úteis para o uso da rede sem fio em equipamentos que não têm os adaptadores adequados.

O usuário precisa prestar atenção para um detalhe: se o equipamento está preparado para rede sem fio, ele pode ou não ter o adaptador incluso e sem antenas de recepção visíveis. Os novos equipamentos à venda já estão vindo assim. Mas a maioria exige um receptor de rede sem fio, geralmente inserido em uma porta USB do equipamento.

Portas USB para adaptadores sem fio necessitam de um driver (programa que comunica o periférico com o processador que o governa), e por isso nem todo adaptador sem fio irá funcionar em qualquer equipamento. Geralmente, é o fabricante da TV quem irá indicar o adaptador adequado, às vezes da sua própria marca.

Conexões dlna passam o sinal da rede local doméstica ao seu receptor. Isto possibilita a ligação de vários equipamentos dlna entre si! Via-de-regra, os sistemas operacionais dos computadores (Windows ou Linux, por exemplo) podem dar suporte ao dlna. Quando isto acontece, o usuário consegue usar o seu computador para reproduzir conteúdo, como imagens ou vídeo, na TV. Este processo é chamado de streaming e é controlado pelo servidor que gera o conteúdo, no caso o seu computador.

O servidor de informação pode tanto ser um programa do tipo media player no computador, ou então o próprio sistema operacional. No Windows 7, por exemplo, basta entrar no Windows Explorer, quando os equipamentos com suporte dlna estiverem em rede. Clica-se nos arquivos desejados com o botão da direita, e na caixa de diálogo a seguir aparecerá uma opção para “reproduzir em”, e aí se escolhe o destino, se houver mais de um.

O conceito de servidor e cliente e as redes DHCP

Quando se trata de rede local, um dos conceitos mais úteis que o usuário deve aprender é o do binômio servidor-cliente. Como servidor, se entende todo equipamento capaz de distribuir informações para outros equipamentos, que são os seus clientes.

Quando a rede local é montada, escolhe-se um servidor. Para a internet, os modems/roteadores ou roteadores independentes podem funcionar como servidores. Se a rede for construída com aparelhos separados, o usuário deve escolher para servidor um deles ou os dois, dependendo da configuração de duas ou mais redes ativas simultaneamente. Mas, é bom lembrar que os clientes se referem a apenas uma dessas redes, e fazê-los operar de forma diferente é muito complicado, senão impossível.

Antigamente, os servidores estipulavam uma série de endereços para uma rede, e o usuário era obrigado a determinar manualmente que equipamentos ficavam em cada um desses endereços. Embora isto ainda possa ser feito, os sistemas operacionais, modems e roteadores, assim como os aparelhos de TV e similares, usam um modo mais prático e automático: o DHCP!

O DHCP, acrônimo de Dynamic Host Configuration Protocol, funciona de maneira inacreditavelmente simples: digamos que o usuário configure seu modem ou roteador como servidor DHCP. Se todos os clientes da rede estiverem no modo DHCP (e geralmente estão, porque se trata do default padrão dos sistemas operacionais), eles automaticamente recebem o endereço da vez (alocação dinâmica), dentro da rede.

Como endereço da vez, me refiro ao primeiro endereço em disponibilidade pelo servidor DHCP. Se um dado equipamento for desligado, ele perderá aquele endereço e este será cedido ao próximo que for ligado na rede.

A faixa de endereços pode ser determinada manualmente, no setup do servidor DHCP, e mudada, se necessário. Aqui vai um conselho amigo: se você não tem bom conhecimento de redes, evite fazer mudanças, porque elas podem ter um efeito imprevisível!

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Arquitetura moderna de uma rede doméstica. Todos os equipamentos que enxergam a rede podem se comunicar entre si, debaixo do mesmo servidor DHCP.

Alguns equipamentos precisam de um endereço fixo na rede DHCP, o que é perfeitamente possível. É o caso de impressoras, alguns servidores locais de dados, e outros. Se um endereço for fixado, o servidor DHCP o exclui automaticamente dos endereços disponíveis.

A exibição de conteúdo

As TVs modernas entram na rede dlna para trazer da Internet um determinado tipo de conteúdo. Ao invés de trabalhar com navegadores, os fabricantes optam por um aplicativo com o qual eles obtiveram uma licença de uso, como por exemplo, o YouTube. Esses aplicativos são chamados de widgets. Eles permitem a obtenção e a troca de informações pelo usuário, contidos em um servidor específico na Internet.

Os serviços deste tipo poderão estar atrelados a um ou mais servidores do fabricante da TV ou do leitor de mídia. E não é incomum estas conexões serem demasiadamente lentas ou caírem repentinamente, não tendo nada a ver com a conexão de Internet ou a rede local do usuário!

Dependendo da instalação do equipamento do usuário poderá haver duplicação de serviços, já que tanto TVs quanto leitores de mídia, como os de Blu-Ray, podem estar ligados nos mesmos servidores, ou disporem dos mesmos widgets.

No caso específico dos leitores de Blu-Ray existe ainda a função BD-Live, que é parte integrante e automaticamente ativada num leitor apropriado, quando um disco contendo o recurso é inserido. Este mesmo disco pode acessar a Internet dentro de um computador da rede que tenha uma unidade de leitura compatível (BD-ROM drive).

O recurso BD-Live exige memória adicional no leitor, e é fácil se encontrar leitores que não dispõem de memória interna adequada, ou aqueles que precisam de um módulo de memória externo (cartão de memória, flash drive USB, etc.), para se conseguir baixar o conteúdo desejado.

Quando se trata de streaming de conteúdo em alguma TV, a memória interna pode não ser necessária, a não ser quando o usuário decide guardá-lo, para exibição no futuro.

Limitações de uso

A reprodução do conteúdo, por outro lado, é dependente da capacidade do aparelho receptor ter suporte para ele. Quando o computador da rede tem um player adequado a TV pode não reconhecer o codec de algum arquivo e não dar suporte à reprodução. Neste caso, será emitida uma mensagem de erro em um ou nos dois dispositivos.

Às vezes, o aparelho de TV tem dificuldades de enxergar um ou mais dispositivos dlna na rede, mas acionando-se um comando de varredura qualquer geralmente se tem acesso ao que se quer.

Na rede dlna, a TV também pode fazer o caminho inverso: de posse do conhecimento de um computador dlna-assistido (no Windows 7, por exemplo, isto é padrão), todas as pastas disponíveis pode ser acessadas por ela. Estas pastas, e os seus respectivos arquivos precisam ser compartilhados, antes deles se tornarem disponíveis, e isto tem que ser feito dentro do sistema operacional do computador em rede!

A reprodução de qualquer arquivo suportado, seja viajando do computador para a TV ou lido diretamente dela, dependerá também da velocidade de tráfego do sinal na rede. Redes lentas ou mal configuradas poderão interromper a reprodução a qualquer momento.

Dicas para uma rede sem fio bem sucedida

Embora algumas fórmulas de instalação de redes sem fio estejam consagradas, é sempre interessante prestar atenção a alguns detalhes:

Idealmente, o caminho físico entre o servidor sem fio (modem/roteador, por exemplo) e os equipamentos ligados na rede deveria ser isento de obstáculos. Na maioria das residências, isto é quase impossível.

Obstáculos diversos, como paredes e portas, podem não ter grande influência no desempenho da rede, mas de qualquer forma, a presença física do servidor sem fio num ponto central pode ser de grande ajuda. E ainda se for possível, ele deve ser instalado em um local elevado.

Perto do servidor sem fio não devem ficar aparelhos que transmitem rádio freqüência, principalmente aqueles, como por exemplo, o telefone sem fio, que operam na mesma freqüência do servidor, que costuma ser 2.4 MHz.

Alguns servidores permitem a troca de antena, para um modelo mais potente. Assim, se pode passar, por exemplo, de 2 dBi (que é padrão da maioria dos roteadores) para 5 dBi ou mais. A mudança de antena, entretanto, pode prejudicar o funcionamento do transmissor ou não proporcionar melhoria alguma, e por isso é aconselhável que o usuário entre em contato com o fabricante, antes de fazer a troca. Nos casos onde esta troca dá certo, a melhoria costuma ser muito grande!

O futuro imediato é sem fios

Sinceramente, eu não estaria aqui, perdendo o meu tempo em escrever esta coluna, se não acreditasse que a comunicação sem fios continuará a ser o fator predominante para o uso de equipamentos de entretenimento ou de trabalho.

A presença da Internet na vida cotidiana do cidadão, mesmo daqueles que não a usam para trabalho ou pesquisa, é diretamente proporcional à capacidade de cada um de ter acesso à mesma.

A prevalência da atenção do usuário para a Internet vem mudando o comportamento de provedores de informação e fabricantes de aparelhos de vídeo. A inserção de módulos dlna reflete isso. E a tão propalada interatividade da TV aberta (DTVi ou Ginga) não deixa de ser uma fórmula para atrair o usuário de Internet para a frente da TV.

Existe, por um motivo ou por outro, uma tendência a se interligar tudo. O sucesso na presença dos componentes diversos nesta interligação vai depender muito da aceitabilidade deles pelo usuário final.

De uma forma ou de outra, serão as redes sem fio quem serão capazes de promover esta mudança com mais rapidez. Espera-se que, num futuro imediato, mais locais e mais cidades estejam conectadas sem necessidades de cabos, e mesmo sem ser futurólogo ou bruxo, eu me arrisco a dizer que esta implantação é bastante viável, e possível de acontecer mais cedo que se espera! [Webinsider]

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Avatar de Paulo Roberto Elias

Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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13 respostas

  1. Para os leitores que não conhecem a vida pioneira do Dr. José de Almeida Castro, sugiro ler um resumo da sua biografia:

    http://biografias.netsaber.com.br/ver_biografia_c_4341.html

    Parte desta história foi contada por ele próprio, na mesa redonda ocorrida na quinta-feira, dia 11 pp., sobre o tema Projeto Resgate da TV Tupi (Rio e São Paulo), durante o Seminário da Herança Audiovisual, promovido pela Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro.

  2. Caro José de Almeida Castro,

    Em primeiro lugar, eu me considerado honrado pela sua presença nos comentários desta coluna. Em segundo, porque não é todo dia que se pode ver de frente e conhecer uma das maiores lendas da televisão brasileira, e cujo trabalho pioneiro merece ficar registrado e destacado na memória da televisão deste país.

    Memória esta que precisa urgentemente ser resgatada, seja pelas suas implicações técnicas e artísticas, seja pelo bem do estudo da evolução da TV aberta deste país.

    As pessoas precisam lhe conhecer, por ter sido um dos mais importantes diretores gerais das duas primeiras emissoras de TV no país, as TVs Tupi de São Paulo e do Rio, ao lado de um número significativo de outras pessoas, que pavimentaram o árduo caminho de instalar e modernizar a televisão aberta brasileira.

    O nosso encontro no Arquivo Nacional, me deu alguma esperança de que isso um dia possa ser concretizado. Creio eu que não basta tombar prédios, é preciso também agir no sentido de resgatar memória da mídia e das pessoas e dos seus imprescindíveis depoimentos.

    A história da TV brasileira ainda é parcialmente contada em alguns livros, a maioria de difícil acesso ao público. Eu mesmo cheguei a fazer uma pesquisa, por volta de 2007, quando descobri que as primeiras tentativas de transmitir imagens a cores ocorreram em 1962 (TV Excelsior, São Paulo e Rio) e 1965 (TV Tupi de São Paulo), no padrão NTSC, dez anos antes do sistema PAL-M ter sido oficialmente liberado para transmissão.

    Então, são coisas assim, sobre o pioneirismo técnico, ao lado da emancipação artística conseguida ao longo dos anos, que precisa ser contada ao grande público e preservada em algum lugar, ao alcance de todos.

    Um grande abraço do
    Paulo Roberto Elias.

  3. Professor Elias
    Ainda tenho muito que aprender para poder absorver melhor e mais claramente os seus textos, que acabei de ler. E pretendo fazê-lo.
    Creio, sinceramente, que merecer os seus cumprimentos, após a conversa de quinta feira 11 no Arquivo Nacional, foi uma das melhores recompensas que recebi por ter ido, por algumas horas, ao Rio. Reconheço ter-me deixado dominar por incontida emoção no forte desejo de tentar ajudar no duro mister de resgatar parte da memoria da televisão brasileira.
    Agradeço a honra de me indicar interesse por este contato.
    Reafirmo minha disposição e empenho de esclarecer com base na experiencia dos meus 60 anos de vida profissional, qualquer duvida sobre a trajetoria da televisão brasileira,
    Cordial abraço
    José de Almeida Castro

  4. Oi, Tresse,

    As suas sugestões são sempre bem vindas, mas esta esbarra em um problema: eu não tenho acesso a aparelhos de TV para testes e portanto não saberia com segurança que TVs são conectadas a que serviços. Foi por isso, inclusive, que eu preferi abordar o assunto de maneira genérica.

    Obrigado pela leitura e pelo elogio.

  5. Paulo,
    mais uma vez parabéns, Você consegue mixar, de forma didática, os conceitos de Profissional e Consumo. Sempre sugiro temas para você e não vou deixar de faze-lo agora.
    O tema já foi abordado nese artigo, mas com título diferente. Sugiro TVs CONECTADAS e focar nos televisores do mercado. Acho que os fabricantes vão te agradecer. Quanto aos Consumidores não tenho dúvidas; eu, por exemplo, já o faço antecipadamente.
    Abs
    Tresse

  6. Oi, Louis,

    Eu imagino que a aplicação em alguns eletrodomésticos dará certo e em outros não. Todas as tentativas são válidas. E você tem toda a razão, quando se refere ao rompimento de barreiras geográficas, porque a Internet já cumpre este papel e o cumpre muito bem. Mas, ela ainda é vítima do cerceamento político, e isso só poderá ser vencido no dia em que o mundo inteiro tiver acesso à informação com a liberdade necessária.

  7. É um belo artigo pioneiro que vae interessar muita gente no Brasil e no Exterior.

    O sistema atual representa a possibilidade de uma integração dos diversos aparelhos presentes no lar das pessoas como tambem, num futuro não tão distantee e com o desenvolvimento dos wireless, a de um estreitamento de uma fusão global e internacional.

    Parabens !

  8. Paulo,
    Vou seguir sua sugestão. Entrarei em contato com a Philips novamente.
    Grato

  9. Celso,

    Eu fui olhar as especificações no manual da TV do seu filho, e lá fala em Auto Format (ou Formato Automático), mas não diz nada de passar para 4:3 automaticamente. No diagrama do manual, acontece justamente o inverso. Então, eu entendo que para reproduzir fontes 4:3 em 4:3 este modo de tela não serve.

    Como não há modo de tela específico para forçar o 4:3, o que é uma maluquice, eu acho que você devia procurar o suporte técnico da empresa e informar que você não consegue que a TV mude de 16:9 para 4:3 automaticamente como devia e depois procurar saber qual o modo de tela que permite fazer isso.

  10. Olá Paulo,
    Grato pela presteza na resposta. Creio que me expressei mal e não consegui me fazer entender. Então, contando com sua boa vontade, espicho um pouco mais o assunto: tenho uma TV Philips 28″, tubo, modelo DWIDE DIGITAL CINEMA, com 5 anos de uso. Esse aparelho me dá várias opções de tela pelo controle remoto, inclusive o 4:3, sinal que recebemos aqui em nossa cidade, ainda não digital.
    Naquela do meu filho a qual me referi, não fornece essas variações, permanecendo a imagem sempre no 16:9, com deformações pelo estiramento na horizontal. É isso.
    Abraço.

  11. Oi, Celso,

    A atendente devia estar se referindo ao sinal de DTV. Quando a emissora transmite em 16:9, o 4:3 é automaticamente ajustado e o usuário não precisa fazer nada no seu ajuste de tela.

    Existe um caso aqui no Rio, que é o da TV Brasil, que transmite fora do padrão 16:9, e aí ocorre o seguinte: muitos conversores conseguem compensar o erro deles, e acertar o 4:3. Mas se você toca no assunto com o fabricante de TV eles dizem (acertadamente) que o problema não é da TV. Na minha TV, pelo menos, se eu quiser ver a TV Brasil em DTV, eu sou obrigado a ajustar manualmente em 4:3, que é o sinal nativo deles, de qualquer maneira.

    Agora, o que a tua TV não pode fazer é impedir que um sinal 16:9 seja ajustado com outro modo de tela. As Philips HDTV de tubo antigas tinham este problema, mas ele foi corrigido. Se na sua não foi, o que eu acho pouco provável, reclame!

  12. Bom dia Paulo,

    Há tempo não participava de sua coluna. Andei em estado de desânimo em função de situação um tanto depressiva. Este último artigo ainda estou digerindo.
    Aproveitando, dia destes meu filho adquiriu uma TV Philips 40″, com iluminação LED, modêlo 5605, que eu ainda não tenho. Pois bem, já abordamos tanto os formatos de tela mas parece que ainda o tema não se exauriu. Nesse aparelho nas opções de formato não se encontra o 4:3, transmissão analógicas de nossas emissoras . Por curiosidade, entrei em contato com o atendimento via fone do fabricante e obtive a informação: o 1.33:1 está no automático e que a TV faz as adaptações necessárias. De qualquer forma a imagem é expandida no 16:9. Você tem conhecimento se as outras marcas estão também aderindo a essa “novidade”?
    Abraço.

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