Um amigo perguntou se existia diferença entre um vídeo no YouTube com 5 milhões de visualizações e um na TV com a mesma audiência.
Para responder, contei uma pequena historinha.
Imagine que você more em uma cidade. Nesta cidade, tem uma estátua sua bem no meio da praça principal, onde todo mundo poderá vê-la antes de ir trabalhar.
Agora imagine dois cenários:
No primeiro, você pagou pra construir sua estátua e todo mundo sabe disso. Este é o cenário da veiculação paga, quando você compra a audiência.
No segundo cenário, sua estátua foi erguida pelas pessoas que moram nesta cidade.
Enfim, alguém que só olhe para os números, diria que os dois cenários são iguais, afinal, são as mesmas pessoas e a mesma quantidade de eyeballs.
Mas se a metáfora da estátua for boa, não preciso explicar a enorme diferença que existe entre os dois cenários.
Dito isso, vale lembrar que muitos vídeos no YouTube também tem sua audiência comprada, com banners e call to action em mídia de massa tradicional. Neste caso, a comparação que eu faço não tem relação com o veículo ou com o meio, mas sim entre push e pull.
Em outras palavras, a mensagem que você empurra pro consumidor, suportado pela muleta de uma audiência já existente, e a outra maneira, cuja audiência é formada pelo mérito e qualidade do conteúdo. [Webinsider]
Texto publicado originalmente no Coxa Creme.
Ricardo Cavallini
Ricardo Cavallini é profissional de comunicação interativa, autor do livro O marketing depois de amanhã.
6 respostas
Acho que isso tudo ficou muito no ar… nada sólido foi dito aqui. Além disso, é preciso pesquisar e avaliar uma série de coisas…
Por exemplo a TV na hora do “reclame” é um bom momento para ver o que está passando em outros canais ou levantar do sofá, ou seja, ninguem (pelo menos que eu conheça) para para ver comerciais… tanto que a quantidade de “merchan” ficou irritante, em programas, novelas, etc…para compensar, quando em um momento raro que não se muda de canal no intervalo, quando passa um BOM comercial você grava na hora.. os de “sacadinhas” são perfeitos.
Já na internet a audiencia é especifica, seletiva, etc., mas também está acostumada a simplesmente ignorar aquela poluição de banners, “adwords” e outras coisas ao lado dos videos… nesse caso, vale a mesma coisa da TV, ter um BOM banner (e isso significa algo criativo, não com cores berrantes) na hora que “damos chance” de olhar ao lado, vai com certeza gerar um clique… e com a vantagem de que esseclique já poder virar uma compra, uma assinatura, etc.. o que na minha opinião é uma vantagem enorme com relação a TV….
Mas como eu disse, tem que fazer muuuiita pesquisa, estudo, etc. para ter um direcionamento e poder afimar o que vale mais (para cada publico alvo)…
Bem ruim mesmo a comparação.
Do ponto de vista publicitário (que afinal é o que a maioria está interessada) há muitas diferenças entre os dois meios, no You Tube você uma série de recursos que a TV não tem para se comunicar de uma forma menos invasiva com o consumidor final. Além disso a própria dinâmica para atrair a audiência é bastante diferente e isso acaba determinando como esse público recebe os anúncios.
Enfim, acho a questão bastante pertinente e espero que alguém realmente faça um estudo, com dados reais, para entendermos qual midia vale mais e em que medida.
Abraços!
Interessante
Na internet a questão do “mérito” é muito mais válido e interessante.
Haja visto a quantidade de porcaria que as TV’s (especialmente a rede bobo) empurra goela abaixo!
A internet permite que você seja seletivo e só chegue efetivamente até você o que você realmente quer ver!
E a Televisão não é comprada? Pelo amor de Deus…
O IBOPE nem é preciso.
A audiência pode ser a mesma, agora os gráficos estatísticos de quem vai vender mais um produto é outra história. Internet é um campo de trabalho muito bom pra publicidade mas infelizmente é contaminado por hype, valorização excessiva e em certos contextos de análise, pouca consistência.
Abraços!
Achei a comparação péssima…