Na maioria das vezes, os testes de usabilidade são realizados para apoiar um redesenho ou melhorias em um site, intranet ou aplicação.
Um pipeline de melhorias serve para resolver problemas específicos, rapidamente e com um menor custo. Muitas vezes não é suficiente pois os issues não são resolvidos de maneira sistêmica ao longo do produto, gerando inconsistências e diferença na aplicação de rótulos e padrões de navegação.
Em um redesenho, questões são resolvidas de maneira mais sistêmica, mas com custo e tempo maiores. Contudo, mesmo após um redesenho, é possível que o produto cresça de maneira desorganizada e volte a ter boa parte dos mesmos problemas.
Por quê? Porque muitas vezes os problemas encontrados nos testes de usabilidade são indícios – de que não há um processo de gestão efetivo nem regras que orientem seu crescimento sustentável.
Aplicação despadronizada de links, botões e menus, páginas que falam sobre o mesmo assunto com navegação e texto completamente diferentes, formas de navegar distintas em seções similares; tudo isso ocorre por falta de políticas, padrões e guias.
Sem estes instrumentos fica difícil organizar o trabalho principalmente em sites muito grandes, que possuem muitas equipes atualizando e implementando novas funcionalidades. Políticas, padrões e guias são documentos que orquestram o processo de atualização e evolução de um site de acordo com algumas regras essenciais e com direcionamentos básicos (recomendações), orientando cada uma das equipes. São importantes pois:
- Garantem que certas regras não sejam quebradas;
- Evitam a reinvenção da roda;
- Agilizam o trabalho de arquitetos de informação, redatores, designers e editores.
Estes documentos são efetivos para alterações simples e para apoiar o dia-a-dia de manutenção do produto, mas alterações que tenham alto impacto no negócio da empresa precisam do envolvimento de diversos stakeholders, que, em conjunto, devem chegar na melhor solução do ponto de vista do usuário e da organização.
Uma estrutura de gestão bem definida garante um alinhamento maior entre as partes interessadas no produto, e por conseqüência, melhores decisões sobre os caminhos a serem percorridos. Uma estrutura de gestão efetiva garante os seguintes benefícios:
- Rápida tomada de decisões: processos e padrões pré-estabelecidos descentralizam a tomada de decisões de menor complexidade, dando agilidade à manutenção;
- Diminuição da complexidade de gerenciamento: a estrutura de gestão é responsável por delinear de maneira clara quais os papéis, suas atribuições e suas competências perante o site. Dessa forma, a coordenação das atividades das várias áreas que atuam no site se dá de maneira muito mais fácil.
- Priorização e planejamento de evolução: as propostas de melhorias para o site são tratadas e priorizadas com a anuência das partes interessadas;
- Formalização de envolvimento: com uma estrutura de gestão bem definida, torna-se menos complicado garantir o tempo dos envolvidos para dedicação às atividades relacionadas ao site, em meio às tantas outras que eles provavelmente já possuem.
[Webinsider]
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Paulo Roberto Floriano
Paulo Roberto Floriano (paulo@neuestudio.com.br) é consultor em experiência do usuário, arquitetura de informação e design de interação. É proprietário da Neue Studio, co-autor de dois livros e palestrante.
Uma resposta
Muito bom.
Re-design deve ser executado para solucionar e otimizar questões de navegação, solucionando questões que possam dificultar uma boa navegação sem levantar outras novas.
Parabéns.