De que geração eu sou? (Se é que existe tal coisa)

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Baby boomer, X, Y ou Z. Qual é a sua geração? Estou lendo “A hora da geração digital”, de Tapscott. Já de início me deparei com várias descrições, quase definições, das gerações que fazem parte do mundo corporativo e alimentam extensas discussões.

Não por acaso, um programa na Globo News discutia o mesmo assunto, na mesma semana. Sociólogos, comunicadores e profissionais de RH procuram entender as diferenças entre cada geração e principalmente as características que dizem que eu, ou você que está lendo, pertenço a uma ou outra geração. Pois bem, aí começa o dilema: de que geração eu sou?

Parece uma dúvida fácil de ser respondida, mas o problema é que eu nasci no limite entre duas gerações. Para escrever esse artigo devo entregar a minha idade. Nasci em 1980, tenho 30. Como não há um ano limite que sirva para marcar o fim dos nascimentos de uma geração e dar início aos nascimentos da próxima, eu posso dizer que não tenho geração definida.

Por vezes eu encontrei textos que dizem que sou um Y, pois indicam o limite da geração X em 1979 e, é claro, o início da geração Y em 1980. Na obra que estou lendo isso é um pouco mais afirmado pois, ela aumenta mais esse limite da geração Y para 1978.

O ano não é o foco da discussão. Mais que a coincidência de idade, as pessoas de uma ou de outra geração são definidas por suas características de comunicação, trabalho, lazer e estilo de vida. Vamos exemplificar. Eu tenho 30, mas não sou de fazer várias coisas ao mesmo tempo, estou nas redes sociais mas, elas não estão toda hora atualizadas (para ser sincero eu ainda tateio algumas).

Sou entusiasma da tecnologia e quero que ela continue mudando tudo, mas, essa é minha função enquanto professor. Isso não é um hobby ou atividade de trabalho. Se a geração Y fosse uma vaga de emprego eu estaria reprovado na entrevista, mas passaria na prova teórica. Eu me identifico mais com a geração X, com ascendência na geração Y.

Eu trabalho e tenho uma colega de trabalho. Ela nasceu em 83 e é adepta das redes sociais, faz várias coisas ao mesmo tempo, trabalha ouvindo música e ao mesmo tempo acompanha as novidades em sua rede. Ela curte várias coisas no Facebook enquanto eu curto escrever sem ninguém me chamar no MSN. Ela é ano e modelo geração Y.

Não posso me comparar com ela, mas temos várias coisas em comum. Gosto musical, lembranças dos programas de TV e os personagens que marcaram a infância nos anos 80. Ambos nos sentimos muito diferentes de outro colega que é moderno e imerso na tecnologia e tem uma característica marcante que muitas vezes se resume em impaciência e vontade que tudo ocorra muito rápido, acompanhando sua velocidade.

Ele é um exemplar da geração Y, nascido no final dos anos que marcaram essa geração e que antecedem a próxima. Ele, como eu, tem características de suas gerações, mas para ele horóscopo é Y com ascendência de Z.

Eu tenho um gestor que tem 45. Ele tem as várias características da geração X e (algumas) dos Baby boomers, mas é um Y de coração. Ele é adepto do Mac em todas as suas versões e da tecnologia em todas as suas implicações sociais. Desenvolve mais que um trabalho por minuto. Ele é da geração X, com escalas nos boomers por razões profissionais (ele é o chefe) e ascendência na geração Y por estilo de vida.

Eu reconheço a diferença de cada geração, mas acho que em vez de geração, que nos remete à ideia de tempo e data de nascimento, deveríamos utilizar estilo ou simplesmente tipo. Minha pergunta não seria de que geração eu sou, mas que tipo de pessoa eu sou.

É claro que generalizando vamos descobrir que pessoas nascidas em épocas diferentes desenvolveram estilos diferentes. Acredito que a sociedade e o mercado de trabalho não pertencem a nenhuma geração, já que existem por várias gerações e se modificam adaptando o progresso tecnológico e transformando sua história em conhecimento.

Eu não sou exatamente da geração X, nem da Y, nem da geração Coca Cola. Navego pelas três absorvendo o que cada uma faz de sentido para mim. Sei que, seguindo meu exemplo, outros se sentem órfãos de geração (pois não se sentem enquadrados nas definições de nenhuma geração), mas também como eu não negam os seus estilos de vida. [Webinsider]

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Fabio Witzki (fabioluizwitzki@hotmail.com) é publicitário, pesquisador de publicidade colaborativa e professor uiversitário. E quase twitteiro.

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5 respostas

  1. è engraçado nasci em setembro de 1979, mas sou geração y,eu faço faculdade de administração, faço curso on line, sou internauta, mas o mais engraçado, sou imediatista, não tenho paciência, eu revoluciono, bato de frente com minha superior, eu não aceito aquela imposição de fazer sempre a mesma coisa, do mesmo jeito, se eu tenho direito eu corro atrás mesmo, eu enfrento, não tá legal eu mudo, larguei um serviço, exonerei, entrei em outro e vou exonerar de novo, não me vejo por anos fazendo a mesma coisa,eu quero crescer, vencer, agora estou num cargo de chefe,exatamente por eu ser como eu sou, independente de gerãção quem fica parada é poste é isso ai

  2. Acho que você descreveu características de consumidores X, Y e Baby Boomers ao invés de gerações. E pessoalmente acredito que seja a forma apropriada de enxergar essa diferença: na forma como cada um consume cultura e informação.

    É uma simples questão de personalidade. Há pessoas que têm personalidades fortes, criadas a muita auto avaliação e relacionamentos interpessoais fortes o suficiente durante o crescimento para saberem o que gostam sem imposições externas e há o pessoal do “bandwagon”, que se encaixa num ou outro estereótipo por não ter desenvolvido uma personalidade consistente ou simplesmente está consumindo um padrão de comportamento em voga em um intervalo de tempo de, sei lá, 10, 20 anos… (Dica: é o pessoal que vai lamentar algumas tatuagens feitas e bandas ouvidas)

    Eu acredito que estamos caminhando para uma geração só: a Geração laranja. Uma juventude solteira eternamente jovem (bem similar aos adultecentes), paparicada pelos meios de comunicação de massa e empresas, com tempo de sobra para pensar só em si mesmo e querer ganhar mais para consumir mais. Com isso, nem percebem que o trabalho os espremem, retira o sumo e descarta o bagaço.

    Espero estar equivocado; muito. A única coisa que sei com certeza é as gerações alternam-se entre “Credo pai, você é tão careta…” e “Credo pai, você é tão maluco…”

  3. Caro;
    Eu Me defini como “y”, porém sou um “x” de nascimento! É visto que até mesmo em jovens de 14, 15 anos a internet, as redes sociais sao muito mais presentes do que para alguns da minha idade, porém é fato de que gerações nao sao marcas que levamos em nosso nascimento e sim traços daquilo que fazemos enquanto seres sociais.

    Abc!
    Roberto costa

  4. Um candidato para vaga de auxiliar de limpeza:
    – Moça preciso de segundo grau para entender como funciona a vassoura?

    RH:
    – Sim…
    falar inglês, usar duas vassouras ao mesmo tempo, e se possível tirar pó junto. Ainda deve usar seu table para administrar suas atividades diárias, e estar atento ao rádio para emergências!

    No futuro será pior, com 15329 candidatos por vaga, até unha encravada será diferencial.

    abs

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