A revolução da telefonia móvel vem causando frisson em vários setores da economia, principalmente naqueles que têm o consumidor final como seu público-alvo. Para as empresas que se utilizam da internet como ferramenta comercial, o grande desafio é oferecer condições ideais – ou seja, com agilidade, facilidade e segurança – para que o acesso do usuário à internet por meio do aparelho celular seja um convite à repetição.
No Brasil, houve crescimento de 40% no comércio eletrônico entre 2009 e 2010, encerrando o ano com faturamento na casa dos 15 bilhões de reais. A tecnologia 3G, que permite acesso à internet via telefone celular atingiu 11% dos aparelhos – que somam mais de 200 milhões.
Para que o m-commerce venha a atingir no Brasil o nível de popularidade já alcançado em países da Ásia, Europa e América do Norte, é necessário um investimento relevante em tecnologia por parte das empresas de e-commerce. Afinal, não basta oferecer, no celular, uma versão reduzida do que se oferece no site da empresa.
É preciso desenvolver toda uma linguagem nova com base na experiência do usuário, num gesto de aproximação sem precedentes dos gostos e preferências daqueles que poderão se interessar em fazer buscas de produtos e realizar compras a partir de qualquer lugar que tenha sinal de telefonia móvel.
Obviamente, todo esse empenho poderá resultar na necessidade de se fazer ajustes e modernizações no próprio site da empresa. Mas os resultados devem compensar todo investimento de tempo e dinheiro.
A tecnologia 3G já está sendo implantada na área financeira. Clientes de algumas instituições bancárias vêm sendo estimulados a acessar suas contas pessoais e fazer operações simples por meio do celular. Apesar de muitas ferramentas estarem em testes, pagar uma conta fazendo uso do telefone móvel também deve oferecer o mesmo nível de segurança de uma transação bancária via internet. Ou ainda mais.
Os dados pessoais do usuário estarão sempre criptografados, podendo ser acessados somente se o cliente digitar sua senha. Trata-se de um procedimento muito parecido com o débito automático. Basta aproximar o celular a um leitor habilitado (POS), conectado a um terminal. As informações são transmitidas pelo telefone através de uma antena de curto alcance e a informação de pagamento é processada rápida e seguramente.
Estão sendo realizados muitos avanços em termos de protocolos, padrões, infraestrutura e aceitação do conceito m-commerce. A maior preocupação, entretanto, continua sendo os itens memória, bateria e segurança. [Webinsider]
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Adriano Filadoro
Adriano Filadoro é diretor de tecnologia da Online Data Center, empresa de tecnologia voltada para os negócios que atua há 20 anos na indústria de TI, atendendo clientes de médio e grande porte de diversos setores da economia.
Uma resposta
Como sempre ocorre há que se fazer um investimento adequado e tú tens toda razão nisto, a grande pergunta é se o atual movimento de vendas reais na tecnologia mobile poderia compensar o investimento, em nossa opinião não há ainda massa crítica de consumidores suficiente para promover tais investimentos.