O que faz um arquiteto de informação?

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Hoje em dia é muito comum ouvir aqui e ali que alguém trabalha com arquitetura de informação. Como profissional da área há alguns anos, sempre tento me manter atualizado sobre o que acontece em nosso mundinho. Tenho pensado sobre uma coisa: será que as pessoas sabem o que faz um arquiteto de informação?

No nosso dia-a-dia interagimos com gerentes de projetos, editores, desenvolvedores, designers e outros profissionais (com profissões mais conhecidas que a nossa) e sabemos o papel de cada um. Será que eles sabem o nosso? Será que nós mesmos temos a noção de qual é? Além disso, será que nós sabemos qual deveria ser o nosso papel?

Muito além do wireframe

Normalmente estamos acostumados a sermos envolvidos em etapas específicas dos projetos, com a tarefa de entregar soluções para problemas específicos (um wireframe aqui, outro ali, essas coisas) e sem ter muito a noção do resto.

Sempre pensei que o papel de um arquiteto de informação não é simplesmente montar um wireframe ou decidir entre um menu horizontal ou vertical. O papel do arquiteto de informação não é ser piloto de Axure. Claro, ter essas habilidades técnicas é essencial e o domínio de ferramentas vem com o tempo.

O principal é entender que o arquiteto de informação deve enxergar os impactos que as decisões tomadas em um simples wireframe terão sobre o sucesso de um determinado projeto. É preciso ter uma visão estratégica, que seja abrangente.

Do começo ao fim

Como quase todos os AIs são profissionais vindos de outras áreas, geralmente temos habilidades que nos permitem enxergar além dos quadradinhos que desenhamos. E é isso que precisamos mostrar para nossos parceiros de projetos: nossa capacidade de contribuir com o todo, desde o planejamento até as etapas mais decisivas de um projeto.

Cada pedaço do wireframe será importante para garantir que a estratégia de um produto tenha sucesso. O arquiteto de informação precisa entender que seu papel é enxergar todo o valor agregado a seus entregáveis. É conhecer e lembrar a estratégia de um produto, do começo ao fim, na hora de tomar decisões.

Que sabemos desenhar wireframes, ninguém duvida. Mas o que podemos oferecer além disso? [Webinsider]

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Avatar de Ademir Novaes Jr

Ademir Novaes Jr. (a.novaesjr@gmail.com) trabalha com gestão de projetos. Especialista em arquitetura de informação, mantém o blog Arquitetando Informação.

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11 respostas

  1. no caso o arquiteto da informação seria o cara que estrutura a informação de forma que ela possa gerar algum valor, ou seja filtrar as informações certas no momento certo para dessa forma tomar a melhor decisão possível.

  2. Pingback: O que é arquitetura da informação? | Wallace Andrade.com
  3. É um fichamento interessante. Eu sinto falta nesses tipos de artigo de alguns gráficos de Venn mostrando onde uma ou outra determinada disciplina citada intercede com outras áreas da UX e esta com Marketing, programação, etc.

    Só guardo ressalva para o termo “Arquiteto de informaação” quando cita uma profissão/cargo. Fragmentar a UX em modalidades é uma forma de explicar seus pormenores didaticamente, no entanto estas disciplinas relacionam-se em diversos momentos e isso é essencial. Quando criamos o “arquiteto de informação” na vida real, estamos levando o fordismo para o desenvolvimento web, o que a meu ver não é algo muito producente.

  4. é… pelo visto vcs estão no mesmo pé que o pessoal do SEO, que só é chamado quando o cliente/chefe quer posicionar o site para determinado termo. Intergação é a palavra-chave deste processo de fazer com que sejamos vistos. é começar a dar pitacos em outras etapas em que ainda não fomos chamados e ficar enxendo para os projetos passarem por “nossas” equipes fora do Workflow e mostrar que podemos sim agregar valor em outras etapas.
    O resultado é ótimo!

    Abs

  5. Adoraria que, este post nem precisasse ser escrito e que a maioria dos profissionais da área de UX / UCD, Arquitetos e afins fossem além do wireframe.

    Nos últimos anos tenho percebido que a demanda por profissionais aumentou consideravelmente e o mercado não esta preparado.

    Quando eu menciono “mercado”, quero dizer: Os contratantes e os contratados. (vale lembrar que não estou generalizando).

    Contratantes: – Muitas empresas/agências querem contratar profissionais de UX, mas não sabem agregar esta área aos seus projetos e muitas vezes vendem wireframes como um “Plus”, quando na verdade é uma disciplina indispensável.

    Contratados: – Muitas pessoas dizem ser Arquitetos de Informação. Fazem um curso rápido ou lêem algumas apostilas, tutoriais e se intitulam especialistas na área, operando com maestria Axure e afins. O pior é o ego que é mais alto que as nuvens do céu… (tem um post enviado para a Lista Aifia-pt pelo kadu que é muito interessante).

    http://lists.ibiblio.org/pipermail/aifia-pt/2011-February/015450.html

    Lembro novamente que esta definição não é uma regra. Existem muitos profissionais e empresas sérias que trabalham além do wireframe.

    Parabéns pelo post.

  6. Acredito que essas características deveriam ser encaradas como uma melhor qualificação do profissional de webdesigner. Não precisaria ser criada uma nova denominação profissional para tal. Mas na área de TI hoje em dia tudo é possível.

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