É com muita felicidade que venho publicar uma entrevista que realizei com o designer e ilustrador britânico Jon Burgerman. Depois de ver uma matéria dele na 30º edição da revista Computer Arts Brasil, tive a ideia de convidá-lo para falar um pouco sobre a aplicação de ilustrações em interfaces, para que as pessoas tenham oportunidade de conhecer um excelente designer e também ver que o design e a arquitetura da informação podem andar lado a lado.
Jon trabalha com um estilo próprio de ilustrações e tem conseguindo aplicar seus trabalhos nos mais diversificados produtos. Ddesenvolveu trabalhos para clientes como Adidas, Puma, Rip Curl, Sony e Pepsi.
Além disso, colaborou com o game Little Big Planet e criou o aplicativo para iPhone Inkstrumental que permite o compartilhamento de músicas.
É um prazer tê-lo nessa breve entrevista. Admiro seu trabalho e acredito que contém uma boa dose de bom design.
– Você trabalha com ilustrações muito bem e conseguiu aplicá-las de uma forma muito atrativa. Você acredita que o estudo e aplicação de ilustrações em uma interface podem promover um sentimento maior de imersão ao usuário em relação ao conteúdo?
Jon Burgerman – Pessoas precisam de uma forma de entender como se usa ou aplica ou interage com as coisas. Personagens e ilustrações podem prover isso quando necessário. Eu penso que nos relacionamos melhor com outras pessoas, mesmo que essas “pessoas” não sejam pessoas, mas personagens ou seres.
– Que dificuldades você vê na aplicação de ilustrações em interfaces?
Jon Burgerman – Aonde elas não são necessárias só confundem. Menos é mais e elas só devem ser usadas quando necessárias e vitais.
– Notamos em alguns projetos uma falta de preocupação em combinar arquitetura de informação com um design atrativo. Como você vê isso?
– Sim, normalmente um aspecto se impõe sobre o outro. É um problema comum, mas quando os dois são casados perfeitamente é ótimo e você nem nota a diferença entre um e o outro.
– Como você vê o uso de ilustrações em interfaces hoje em dia? E como você acha que essa combinação pode evoluir?
– Quando as duas são combinadas perfeitamente e as ilustrações agem como uma forma integral de permitir ao humano entender e usar a interface sem pensar a respeito, é sublime.
Mais sobre Jon Burgerman:
[Webinsider]
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Gabriel Pinheiro
Gabriel Pinheiro é designer de interfaces. Atualmente trabalha na Highlan Soluções Inteligentes com o planejamento e desenvolvimento de interfaces desktop, web e mobile. Mantém o blog Café Interativo e o Twitter @gabrielboco.
2 respostas
Sérgio,
A arte não se limita, apenas cria e se adapta a novos formatos. Não existe limitadores para arte, ou apenas uma vertente da mesma. Ela se expande, se divide e se faz cada vez mais presente.
Abraço.
teve um tempo em que se falava de arte… e ela não se limitava a um ‘jogo de cores’