O modelo das agências trabalhando com núcleos

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Não é nenhuma novidade que as agências digitais adaptaram o modelo de negócios e organização das agências “offline” no seu início; afinal, quando a Internet começou a ser um modelo de negócios, as agências tidas como tradicionais já tinham conquistado milhares de prêmios em Cannes, clientes e feito várias campanhas. Ou seja, havia um modelo consolidado. Adaptar modelos de sucesso a novos negócios não é demérito para ninguém.

Com o passar dos anos, as agências digitais começaram a criar sua própria estrutura de equipe e negócios. Se a maior receita das agências offline vem da compra da mídia e não se comprava mídia na web, outra maneira era necessária para lucrar.

Outro fator é que a web trouxe novas especialidades profissionais, como arquiteto de informação, analista de links patrocinados ou gerente de redes sociais, cargos que não existem nas agências offline ou tradicionais, como alguns chamam.

Quando finalmente a web se consolidou como plataforma de comunicação, fazendo com que os anunciantes investissem nesse novo meio de comunicação, as agências digitais também cresceram muito.

Como consequência o mercado aqueceu. Cada agência começou a ter seu próprio modelo de gestão e foi se adaptando às realidades do mercado. Uma delas é o modelo de núcleos focado em um só cliente, ou seja, equipes de criação, planejamento, mídia, TI, arquitetura de informação, dedicados exclusivamente a um único cliente na agência, mesmo que essa tenha 10, 15 clientes. Agências tradicionais já atuam dessa forma há muito tempo.

Mas será que esse modelo é o ideal?

Na minha modesta opinião, sim. Já trabalhei em agências de pequeno a grande porte. Em agências de pequeno porte, as equipes são “faz tudo” e não é raro o mesmo profissional acumular três ou quatro cargos; nas agências de grande porte o profissional é contratado para uma única função.

Se você é planner (como eu) vai ser planner, se é mídia será mídia e se é diretor de arte vai fazer layouts! Nas agências pequenas não é raro o planner ser atendimento também ou ser mídia ou gerente de projetos ou as quatro funções ao mesmo tempo.

A diferença para que isso ocorra é bem simples: dinheiro. Grandes agências atendem grandes contas com grandes verbas. Pequenas agências podem até atender grandes clientes, mas com verbas muito reduzidas, o que dificulta contratar equipe e dificulta mais ainda dedicar dois ou três profissionais a uma única conta.

Trabalhar em equipe dedicada a um cliente, na minha opinião, é mais vantajoso para todo mundo. A agência consegue mensurar melhor o lucro daquele cliente, o cliente tem uma equipe pensando 24h nos seus problemas e como resolvê-los e os profissionais conseguem se dedicar a um só segmento de mercado. Já trabalhei em agências que tinha que pensar sobre banco, aviação, telefonia, automóvel e seguros no mesmo dia. Difícil analisar concorrência diariamente com segmentos tão distantes entre si.

Quando se atende um único cliente, principalmente para nós planners digitiais, fica mais fácil analisar o que a concorrência faz, mapear o que cada um está fazendo na mídia ou assuntos que saem em sites sobre o segmento. Consegue também analisar as tendências do mercado, o que está acontecendo no exterior e até mesmo analisar sites complementares. Enfim, consegue pensar 24h em como melhorar a performance da marca no ambiente digital.

Sabendo trabalhar, núcleos podem ser um diferencial para o atendimento da agências e seus clientes e uma grande chance de relacionamentos duradouros. [Webinsider]

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Avatar de Felipe Morais

Felipe Morais é diretor da FM Consultoria em Planejamento. Coordenador do MBA de Marketing Digital e do MBA de Gestão de Ecommerce da Impacta. Autor do livro Planejamento Estratégico Digital (Ed. Saraiva).

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5 respostas

  1. Danilo Nascimento, a resposta certa pra sua pergunta em relação ao Scrum é “depende”. Depende da situação: se o seu cliente for interno (repare ainda assim que não usei o plural), tudo bem, podemos entender que a equipe pode trabalhar num produto que servirá a mais de um cliente externo.
    Porém, teoricamente, o chamado “Product Owner” é quem representa o cliente e não é bom que as equipes atendam às necessidades de mais de um deles.

  2. Muito bom artigo. Acredito na mudança e melhoria contínua de processos, mas também acredito que em muitas ocasiões não se faz necessário inventar a roda.
    Quanto ao SCRUM, um mesmo time pode trabalhar para vários clientes ao mesmo tempo não?

  3. Leonardo.
    Conheço pouco dessa metodologia pois nunca trabalhei com TI, mas acredito que esse modelo que apresentei seja o ideal para uma agência independente ser uma metodologia de TI ou Planejamento.

    Abs

  4. Felipe Morais, esse seu artigo me dá muito a impressão de que este modelo é inspirado numa metodologia adotda na área de TI, chamada Scrum. Já ouviu dizer?

    Inté!

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