Sites de compra coletiva são apenas sites de ofertas

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A maior febre da Internet no últimos anos são os sites de compras coletivas. Se eu fosse um jornalista, nesta frase eu deveria citar vários números, estatísticas e estudos mostrando o volume de dinheiro e de cupons movimentado por estes sites.

Como não sou jornalista, vou chutar que estes sites movimentaram R$ 136,85 milhões no primeiro bimestre deste ano, sendo vendidos mais de 2,83 milhões de cupons.

Na verdade, o objetivo deste artigo é questionar esse conceito de “compra coletiva”.

Estes sites são chamados de “compra coletiva” porque, teoricamente, o grande volume de pedidos justifica a venda de produtos e serviços com descontos gigantescos (que chegam até 90%). Ou seja, todo mundo junto “comprando coletivamente” passa a ter um maior poder de barganha e consegue descontos.

Para garantir esse grande volume, os sites estabelecem um mínimo de pedidos a partir do qual o desconto passa a valer. Caso esse número mínimo não seja atingida, o desconto é cancelado. Ou seja, esse tal “número mínimo” é a variável mais importante do processo porque, teoricamente, é o volume que proporciona ao vendedor o ganho de escala necessário para compensar o desconto concedido.

Entretanto, o que observo é que esse número mínimo de pedidos normalmente é desprezível (tipo 5 ou 10 unidades) e muita vezes é até um número padrão independente do produto vendido.

Tomando como exemplo um restaurante, não faz muito sentido, economicamente falando, que, ao atingir um volume de vendas de cinco unidades, passe a valer a pena vender um produto (ex. Temaki) por menos da metade do preço. Ou seja, não é o poder do “comprando coletivamente” que viabiliza os descontos. A oferta já era viável, independente de volume, e os “sites de compra coletiva” apareceram apenas como um canal de comunicação para divulgar de forma rápida e econômica essas ofertas.

Na prática, as empresas oferecem esses descontos para fazer com que o cliente conheça o estabelecimento, produto ou serviço e quem sabe retorne em outra oportunidade (sem cupom de desconto). Ou até mesmo para desovar um produto que está com estoque alto ou um serviço que está temporariamente ocioso.

Os site de compra coletiva, portanto, são apenas sites de ofertas. [Webinsider]
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Murilo Gun (murilo.gun@gmail.com) é empresário e comediante. Mantém o blog Murilo Gun.

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3 respostas

  1. E qual é o problema de um site de descontos onde o comerciante que anunciar a promoçao dele colocar como estrategia de marketing SITE DE COMPRAS COLETIVAS? não entendi o proposito deste seu comentário.
    Vamos dar um exemplo: RISOTO – arroz paapa com frango desfiado.
    Picanha maturada na pedra – Carne congelada assada na pedra mármore.
    Leitão a pururuca – porco novo salpicaso de sal grosso e assado
    arroz de carreteiro- arroz com pedaços de sobra de churrasco
    Vestuario – Body= Colan
    calça pescando siri= Corsário
    ]ou seja pra tudo alguem arruma um nomezinho bonito

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