Você já viu essa história: duas pessoas com a mesma origem, a mesma educação, a mesma formação escolar e acadêmica e as mesmas oportunidades na vida, podendo até mesmo serem irmãos gêmeos. Por que um deslancha na vida, enquanto o outro na maior parte do tempo, patina sem sair do lugar? Qual a diferença, o fator determinante para isso? Alguns diriam que é sorte.
Os que se derrotam, principalmente, são os primeiros a acreditar nisso, delegando toda possibilidade de sucesso a fatores externos, como a decisão a ser tomada pelas pessoas do seu entorno, ou a decisão do tempo.
Mais que a competência do conhecimento lógico e racional, representada pelo quociente de inteligência (QI), o que faz grande diferença nessa conta é a capacidade de estabelecer relacionamentos. E quando falamos de relacionamentos, falamos tanto daquele que é empreendido consigo mesmo, com vistas ao controle dos nossos impulsos, como aquele que é empreendido com o entorno, e que se materializa pelo exercício de compaixão e o estabelecimento de empatia com todos aqueles com quem nos relacionamos.
A inteligência intrapessoal, que é nossa conversa interior, somada à inteligência interpessoal, que dá o tom nos nossos relacionamentos, compõe a nosso Quociente Emocional, o nosso QE. É o ponto em que até mesmo os “iguais” tornam-se diferentes.
Na hora de escolher entre dois profissionais tecnicamente iguais, tanto nos momentos de contratação como de desligamento, normalmente permanece aquele que possui maior capacidade de integração, já que ela potencializa a sinergia entre as inteligências do grupo. Sinergia, como sabemos, é uma conta que envolve soma e multiplicação simultaneamente.
A atenção ao componente relacional, que nos ajuda a enxergar o nexo que existe entre os componentes de uma equipe, fazendo cada um perceber o todo, é uma das habilidades mais valiosas em empresas e instituições onde o produto final é fruto de trabalho coletivo. Gênios com maior habilidade nessa ou naquela especialidade, caso não aprendam a compartilhá-la, bem como estimulá-la também nos demais, correm o risco de acabarem isolados, hermeticamente fechados em seu mundo.
Sucesso é uma comemoração que se celebra em grupo, em equipe. Comemorar sozinho não tem a menor graça. E você? Como tem cuidado desse importante componente do seu sucesso? [Webinsider]
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Eduardo Zugaib
Eduardo Zugaib (falecom at eduardozugaib.com.br) é profissional de comunicação, escritor e palestrante motivacional. Sócio-diretor da Z/Training - Treinamento e Desenvolvimento.
2 respostas
Gostei do comentario, muito bom! Sou apaixonado por esse tema “Liderança”, qualquer novidade pode mandar para meu email,,, Abraços.
Concordo com o texto no que se refere ao trabalho em equipe ser fundamental, mas em suma, na maioria dos casos o coletivo não é premiado da mesma forma. Potências políticas, esportistas individuais, profissionais dos mais variados segmentos entre outros, são celebrados de maneira individual. Pensadores são conheicdos unicamente, são raros os comentários sobre sua equipe ou profissionais que o rodeiam. O sucesso é individualista e a melhor equipe é celebrada de maneira medíocre. Isto não vai mudar nunca.