Terminou semana passada o encontro C40 Large Cities – Climate Summit que promoveu o encontro em São Paulo de prefeitos e representantes de grandes cidades do mundo para discutir projetos, alternativas e experiências em sustentabilidade.
Nada melhor para colocar esse tema como prioridade na agenda dos governos do que vivenciar na semana do evento uma grande paralização de transporte público. Todos sabemos o que aconteceu: muito mais carros nas ruas, mais poluição, mais trânsito, mais estresse e tempo perdido. É importante lembrar que atualmente temos mais da metade da população mundial vivendo em grandes centros urbanos, ou seja, é fundamental que achemos alternativas para melhorar a mobilidade, uso de formas de energia alternativa, aumento de áreas e de construções verdes.
Existem diversos projetos interessantes que podem servir de espelho e inspiração para outras cidades. Na verdade, podemos encarar as cidades como laboratórios de ideias que, se funcionarem podem ser repetidas para outras sucessivamente. As cidades tendem a ser mais parecidas do que países no que diz respeito a problemas e soluções e devem servir como plataforma para a aplicação de boas ideias. Algumas dessas ideias podem ser conferidas diretamente no site do evento e, com certeza muito material será divulgado nos próximos dias.
E como a web e a tecnologia podem contribuir diretamente nessa área? De diversas maneiras:
– Com desenvolvimento de mais aplicativos que proponham formas sustentáveis de se realizar tarefas ou locomoção, como o carsharing e estímulo de caronas. O recente programa Quicar da Volkswagen em Hannover é um ótimo exemplo de iniciativa nessa área com a facilidade de reserva via internet ou aplicativo iPhone ou Android.
– Evitando o desperdício e estimulando a transformação e reuso de produtos. Existem cada vez mais iniciativas bacanas como o Garage Sale Trail ou o Yiuco.
– Com aplicações que eduquem e disseminem mais pessoas a conhecer boas práticas de sustentabilidade. Recentemente tivemos uma exposição em São Paulo sobre o valor e a importância da água. Uma boa fonte de informação sobre o tema é o Charity: water.
– Com o potencial do crowdsourcing para gerar discussão, engajamento e apoio coletivo para causas ambientais. Há um projeto bem interessante em São Francisco de mapeamento das especies vegetais urbanas utilizando a população e moradores dos bairros: o Urban Forest Map.
Existem inclusive iniciativas que visam auxiliar as empresas a atuarem de forma mais responsável, como o Open Eye World. O propósito do site é facilitar a aproximação das empresas com experts em sustentabilidade.
Um estudo da IDC estima que o uso intensivo de tecnologia pode contribuir na redução de mais de 25% na quantidade de emissões anuais de CO2 até 2020. O relatório, que classifica os países do G20 de acordo com a sua capacidade de reduzir emissões de gases estufa por meio do uso focado de TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação), indica que o Brasil tem potencial para atingir uma redução de aproximadamente 27% em 2020, perdendo apenas para o Japão e os EUA.
Que tal ao planejarmos uma ação online começarmos a olhar também sob a ótica da sustentabilidade para agregar ainda mais valor ao projeto? [Webinsider]
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