Tuíto, logo posso ser gerente de mídias sociais

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Esse artigo é direcionado a ajudar essa nova “safra” de publicitários que está chegando ao mercado. Um pessoal com muita vontade, que tem no seu DNA a Internet, que passa 8, 10 horas por dia conectado mas que ainda não está preparado para entrar no mercado e ter uma responsabilidade de gerir uma marca nas redes sociais. Vou explicar o porquê.

Boa parte do motivo por esse despreparo está nas próprias faculdades e universidades. Uma vez vi um vídeo no YouTube do Danilo Gentili (CQC) sobre a faculdade em que fez Comunicação. Danilo, fazendo uma brincadeira, disse que ao perguntar ao seu professor quanto custava um comercial na TV teve como resposta: “Depende. Na TV Tupi uns 50 mil réis…” Acho que as faculdades pararam no tempo igual à piada de Gentili.

Os alunos têm entre 17 e 21 anos, são apaixonados por internet, passam 90% do seu tempo nas redes… então por que as universidades não falam com eles sobre o poder da web para vendas? Conversando recentemente com uma estudante, ouvi dela “Sim, eu estou nas redes sociais. Tenho perfil no Twitter, Facebook, Orkut e escrevo o dia todo lá“. Perguntei então: “Você já pensou em usar o seu Twitter para vender um produto?” E a resposta foi: “Não, nunca tinha pensado nisso“.

Como uma pessoa quer gerir uma marca nas redes se não tem na mente o básico, que é vender o produto pela rede? Claro, há muito mais do que venda envolvido, mas o princípio básico de uma ação na rede é gerar receita à marca, certo?

Outro dia uma pessoa me mandou um link do seu Twitter e blog pedindo uma análise, para ver se ele estava preparado para concorrer uma vaga de assistente de mídias sociais de uma agência de médio porte. Li várias mensagens como “galera, tô no Mc. O que vocês sugerem para mim comer“, sim, mim comer. Ou “estou na casa da namo. Dá hora aqui“. Legal, a sua rede social é sua e você posta o que deseja, mas o que tenho visto e ficado com certo medo é o quanto essas pessoas dizem conhecer e estar preparadas para gerir marcas nas redes porque tem uma conta no Twitter ou porque sabem jogar Máfia Wars no Facebook.

Pessoal, vamos além disso!

Marcas de carros têm um pátio com 2 mil carros estocados esperando que o seu tweet mova o consumidor até a concessionária mais próxima. A Coca-Cola tem 23 milhões de pessoas em seu Facebook não à toa. Não achem que qualquer marca será o Charlie Sheen, que consegue 1,2 milhões de seguidores no Twitter em dois dias.

Sem querer fazer muito jabá, mas já fazendo, a Pós de Marketing Digital da FIT tem o objetivo de preparar esse pessoal para esse desafio. Como um tweet pode mover o consumidor até o ponto de venda ou mesmo até a loja virtual de uma marca?

Em resumo, você que está começando na profissão e quer se dedicar às redes sociais estude, mas estude muito! Leia André Telles, Martha Gabriel, Conrado Vaz, Claudio Torres, Julio Ribeiro, Philip Kotler. Aliás, devore as obras desses mestres. Estude muito, veja o que deu errado ou certo nas redes, estude muito e cheguem preparados para as entrevistas.

Dizer “eu tenho Orkut e posso cuidar de uma marca nas redes” é muito perigoso. Soube recentemente de um caso desses – uma pessoa que dizia saber tudo de redes sociais e na primeira semana fez tanta besteira que foi mandada embora porque três frases dela no Twitter da empresa quase causaram o famoso #fail. Além de escrever como se estivesse no seu Twitter, a pessoas quis parecer dona da verdade. Redes sociais são relacionamentos e isso só ocorre com respeito entre as partes e quando um fala o outro ouve, responde e vice-versa. [Webinsider]
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Avatar de Felipe Morais

Felipe Morais é diretor da FM Consultoria em Planejamento. Coordenador do MBA de Marketing Digital e do MBA de Gestão de Ecommerce da Impacta. Autor do livro Planejamento Estratégico Digital (Ed. Saraiva).

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6 respostas

  1. Parabéns, ótimo artigo, algumas empresas deveriam antes mesmo de contrar, quem está na rede postando seus produtos, contrar um especialista, formado na área e não um armador da vida, isso tem acontecido direto no twitter, facebook entre outras redes o mau uso do funcionário, e infelizmente o que vemos, é a empresa taxada, fora os erros de português gritantes a nossa frente.

  2. Perfeito, Felipe!
    Por mais que essas recomendações possam parecer óbvias, não são, pois as pessoas (sobretudo o jovens que querem ingressar no mercado de trabalho)ainda dão mancadas homéricas nas redes. Você não fala com seu irmão ou com seus amigos mais próximos como fala com o gerente de RH quando está numa entrevista de emprego. E, se você encontra vagas e empresas nas redes, elas também te encontram. Isso deveria ser óbvio, não é? Mas eles aprendem.

  3. O pior é quando o cliente te indaga:
    Se o Google Analytics é gratuito porque sua agência quer me cobrar para analisar relatórios?

  4. Legal Felipe!

    Estudar sempre! Conseguimos reunir um pessoal legal para ajudar os estudantes a completar sua formação nessa área no comdpi, dá uma olhada!

    []’s

    randy

  5. Excelente artigo.

    Sou publicitário e realmente as nossas Universidades não estão nem de longe preparadas para essa nova safra de alunos e principalmente para a publicidade no meio digital.

    Isso reflete-se nos profissionais que estão tentando se lançar ao mercado digital, que ao acreditarem que apenas estudar disciplinas ligas a publicidade offline podem entrar nesse novo mercado tranquilamente.

    Precisamos nos preparar, ler, estudar, pesquisar e aí sim entrar nesse mercado.

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