Quando a estratégia é ineficaz, não tem gênio que consiga ajeitar a tática.
Nepô, da safra 2011
Ok, já disse isso de várias maneiras, mas podemos ser mais diretos: implantar redes sociais nas empresas é algo estratégico e não operacional.
Motivos? O be-á-bá do planejamento estratégico para Dummies:
Tudo que altera de alguma forma – mesmo sem ser tão radical – o mercado, a sociedade e principalmente o relacionamento com o consumidor deve ser analisado, debatido e virar projeto estratégico.
Estou certo?
Mas parece que a ficha demora (muito) a cair por aí!
A maior insanidade da gestão moderna é não incluir a discussão sobre as mudanças em curso, em função do novo ambiente informacional-comunicacional, em relação ao mercado e aos consumidores no planejamento estratégico.
Pergunte a qualquer executivo: A Internet tem mudado o mercado, coisas no mundo e, por consequência, o consumidor?
“Sim”. Ele responderá.
Pergunte ao mesmo executivo: O que você tem feito do ponto de vista estratégico para alinhar esse movimento à sua empresa?
E ele vai responder: “quase nada”.
Os motivos? Medo, dificuldade de mudar, falta de tempo, gente para dizer isso de forma mais clara e direta.
Os gurus de plantão, na sua maioria, são operacionais, americanos (com a mentalidade de vamos aprendendo fazendo), precisam vender livros aos montes, têm uma carteira de clientes e não querem perder.
Seguem uma linha de continuidade e não de ruptura, o mesmo posso dizer das grandes agências de comunicação, das empresas de consultoria renomadas.
É fato? Infelizmente, sim, é fato.
Ou seja, muita gente fala o que o mercado quer ouvir. Discursam para as pessoas operacionais e não para os estrategistas.
Os operacionais aceitam tudo, pois precisam de receita de bolo, são convencidos sem muita lógica. Os estratégicos precisam entender o processo, perceber suas nuances, motivações, resultados e medições para fazer o seu trabalho.
É um velho filme de queda do avião.
Fulano devia ter apertado o parafuso, não o fez, pois foi tomar café por mais tempo. Aí veio uma tempestade mais forte e o piloto, naquela hora, estava no banheiro com problemas estomacais…
As empresas hoje cada vez mais investem menos em estratégia de longo prazo, pois o mercado competitivo exige olhar mais para o concorrente e pouco para o futuro.
Entretanto, temos aí um risco enorme diante de rupturas como a atual! Gurus, assim, dão aquilo que o mercado acha que precisa. E só;
Mas é hora de começar a dar aquilo que o mercado não quer ouvir.
Implantar projetos colaborativos é um rompimento radical com o modelo mental, afetivo, operacional, de controle, espiritual, e todos os “als” nos quais as empresas atuais se baseiam.
Vivemos tempos diferentes, pouco comuns e temos que escutar coisas dolorosas.
Se sua empresa não mudar radicalmente, começar a operar em outro paradigma de gestão, o jardim das oportunidades (que está agora por aí) vai murchar, outros vão plantar e vais colher cada vez mais riscos!
Que dizes?
Veja mais nesse post. [Webinsider]
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Carlos Nepomuceno
Carlos Nepomuceno: Entender para agir, capacitar para inovar! Pesquisa, conteúdo, capacitação, futuro, inovação, estratégia.
Uma resposta
Que ótima materia, falou tudo.
Vive numa pequena cidade no interior da Bahia e viu diariamente como os empresários locais pensam, que horror…
Isso precisa mudar!
Parabens.