UX design do Google evolui na simplicidade

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Falta menos de um mês para o Interaction South America 2011. Enquanto isso, vamos conhecer um pouco mais do dia a dia e dos desafios de um profissional de design e user experiences.

Com apoio da organização do IxDSA11, entrevistamos para o Webinsider o especialista em User Experiences do Google, Gustavo Moura. Vamos lá:

– Sabemos que estética – visual – nunca foi forte no Google. Atualmente, diversas plataformas estão de cara nova e com uma navegação muito mais inovadora, em sintonia com o histórico destas mudanças em outros produtos da empresa. Você pode nos contar um pouco sobre essa repercussão para os usuários e para os negócios?

Gustavo: – A preocupação central dos engenheiros do Google sempre foi fazer produtos espertos e com desempenho surpreendente. Em outras palavras, os produtos devem resolver problemas que afligem usuários e devem fazer isso de forma rápida e descomplicada.

Do ponto de vista de design, a orientação era criar interfaces simples e intuitivas, não necessariamente levando em consideração um padrão de desenho específico. Pela primeira vez, há um esforço orquestrado para que os produtos possam compartilhar uma linguagem visual entre si. O resultado desse grande esforço de re-design foi inspirado na simplicidade, que sempre foi a principal característica dos produtos da empresa.

No lado dos usuários, queremos oferecer interfaces mais refinadas esteticamente, menos densas e mais fáceis de usar. Elas também ficaram consistentes em todos os produtos, o que acelera a curva de aprendizado. No lado do Google, os produtos agora, visualmente, fazem parte da mesma família e vamos desenvolver ainda mais essa nova identidade visual.

– A migração de profissionais entre Facebook, Google e Apple é bastante comum. Quais os produtos representam o melhor o resultado desta “troca de know how”? Seriam o Google+ e o novo design do Gmail?

– Mobilidade de profissionais é comum em diversas indústrias. Apesar desse intercâmbio, cada empresa seguirá os princípios que melhor se alinham com a missão empresarial.

No caso do Google: organizar as informações do mundo e torná-las universalmente acessíveis e úteis para as pessoas. Por isso, prezamos uma interface fácil de usar e compreensível para usuários de diferentes partes do mundo.

– Assisti um workshop no UXWeek 2011 com Jon Wiley, líder do time de User Experiences do Google Search. Ele nos disse que a proximidade com a cultura da Apple, entre outras coisas, também permitiu mudanças mais arrojadas no design da nova interface do Google Search. A Apple sempre foi a favor de inovações, mesmo que pesquisas e testes com usuários dissessem o contrário. Em sua opinião, podemos esperar grandes mudanças de navegação e de padrões como os círculos de amizade do Google+ a partir de agora? Você acredita em uma mudança cultural no Google em prol da inovação do ponto de vista do design de interfaces?

– A preocupação estética que sempre orientou o desenvolvimento da Apple só se tornou compreendida nos últimos anos. No Google também acreditamos que algumas inovações introduzidas, como os círculos – só para citar um exemplo -, tornar-se-ão mais e mais familiares para os usuários de outros produtos.

– Nas agências, falar com o Google era um dos grandes desafios. Atualmente, o Google está muito mais próximo, não só em projetos de mídia, mas também incentivando projetos experimentais. Qual o envolvimento dos User Experiences Designers do Google neste tipo de projetos?

– Essa é uma percepção interessante. O Google desde o início das suas operações no Brasil tem um trabalho muito próximo às agências. Entretanto, muitos profissionais do setor ainda não tinham despertado completamente para a importância que estava ganhando a publicidade online. Recentemente esse relacionamento ganhou novo impulso e a percepção de proximidade aumentou.

– Muitas agências e até mesmo portais, estão testando modelos de integração do time de User Experiences no workflow tradicional. No Google, onde vocês se encaixam? Como é o envolvimento com as demais equipes? Existe alguma dificuldade?

– No Google, a disciplina de user experience “flutua” entre engenharia, gerência de produto e pesquisa. Pois todos os profissionais envolvidos são apaixonados pelo produto que está sendo construído e têm várias ideias a respeito dele, por isso os designers precisam ouvir todas as perspectivas do produto para garantir que todas as ideias foram ilustradas e testadas, antes de tomar a decisão sobre com qual delas vamos seguir em frente. Claro: em um processo participativo como esse, existem alguns desafios e conflitos, o que geralmente é resolvido com testes de usabilidade e experimentos com os usuários.

– Quais as surpresas para o IXDSA11 no campo de comportamento do usuário? Você pode adiantar alguns dos temas que o Google pode nos reportar?

– Durante o IXDSA11 pretendo contar um pouco sobre como é a disciplina de user experience no Google e compartilhar algumas boas práticas que observamos nesse processo.

Agora é só aguardar dia 1 de dezembro para ouvir de perto o que o Gustavo Moura e outros 15 palestrantes têm a nos dizer.

O site oficial do IxDSA11 é o http://www.interaction-southamerica.org/2011/.[Webinsider]

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Avatar de Melina Alves

Melina Alves (@melinalves) fundadora da DUX Coworking. Consultora em User Experience, Designer de Experiência e Interação. Mantém o blog Melina Alves.

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3 respostas

  1. Obrigada pelos comentários!

    Guilherme, concordo com você neste ponto de vista relacionando a serviços web, como o caso do Google. Imagino que essa mudança de design de interface justamente demorou porque eles precisavam conciliar inovação + experiência para não perder os principais motivos/objetivos lembrados por você. Bem observado!

    Em relação ao comentário do Aparecido, entendo sua posição e a do Gustavo Moura. A situação do Gustavo não deve ter sido das mais confortáveis porque muitas perguntas estão diretamente relacionadas ao Google. Aposto que se ele pudesse falar por si mesmo, poderia escrever de outra forma. Mas o que muitas vezes pode parecer cuidado ou respostas superficiais, na minha opinião é um caso de ética profissional. Independentemente da proporção ou negócio da empresa, certamente vai aparecer uma situação em que é preciso ter um posicionamento bem comportado: ou para se aproximar do cliente que solicitou seu serviço ou para vender a sua empresa. No caso do Gustavo isso é totalmente aceitável, afinal ele está nos contando detalhes de uma das empresas mais polêmicas do mundo. É preciso ter cautela para usar as palavras…

    É sempre bom ver esse tipo de participação por aqui, passem sempre que puderem!

  2. Grandes perguntas da Melinda para respostas bem medíocres.

    Eu prefiro mil vezes trabalhar numa empresa bem pequena, mas com princípios sólidos e flexíveis do que trabalhar numa grande empresa e ser “obrigado” a usar esse linguajar padrão “empresarial”.

    Sério mesmo. Não aguento mais essa linguagem de mercado. Essas repostas padrão. Esse modo “bem comportado”. Esse jeito técnico e sem sal. Pelo amor de Deus.

  3. Sem querer puxar o saco do Google, nao acho que o design das ferramentas seja fraco ou simplista d +.

    Acredito que o design é “FÁCIL” ponto.

    Não precisamos de firulas, enfeites, efeitos e design bonitinho em tudo na maioria das vezes menos é mais, muito, muito mais.

    Não quero dizer que nao devemos criar interfaces inovadoras, efeitos e coisas do tipo, pelo contrário valorizo muito isso, mas temos que lembrar que oque importa no final das contas é o conteúdo, a velocidade, o desempenho e o resultado final.

    Grande abraço.

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