A primeira pergunta a ser feita é: todas as empresas devem ter uma área, funcionários, equipamentos ou software dedicados à Inteligência de Mercado?
A resposta é simples: no ambiente competitivo de atuação das empresas, é impossível ignorar a importância do conhecimento, pois esse representa o cerne para todas as decisões estratégicas.
Já o tamanho dessa área na empresa, o número de funcionários direta ou indiretamente envolvidos, bem como equipamentos e sistemas são variáveis para serem estudadas. Tudo vai depender de alguns fatores colocados a seguir.
Análise e dimensionamento
O porte da empresa, o segmento no qual ela atua, o número de concorrentes atuais e potenciais em seu mercado, a diversidade de atuação (diferentes mix de produtos ou serviços), devem ser o balizador para definir o tamanho, a forma e o investimento na área.
Micro e pequenas empresas podem iniciar a área de inteligência de mercado com um especialista, alguém que conheça os processos, saiba diferenciar os fatores relevantes e onde buscar a informação (questões como de confiabilidade da informação são fundamentais para o inicio das análises). Este profissional, capacitado e com experiência pode ser o consultor para iniciar a área e depois poderá treinar pessoas com perfil analítico e com conhecimentos de ferramentas estatísticas.
Empresas de médio e grande porte – em setores com fortes concorrentes, em mercados mais dinâmicos e mutáveis – devem ter uma estrutura de inteligência de mercado mais forte e bem estruturada. A empresa deve definir o que é essencial no momento, quais as informações cruciais para seu posicionamento e até permanência no mercado.
Deve responder a pergunta básica: “Neste momento o que é mais critico para nossa empresa?”.
A forma como será estruturada a área de inteligência de mercado pode variar, por diversos motivos e condições de cada empresa, mas sem duvida alguma é um passo fundamental para que essa construa internamente um conhecimento sobre seu setor e como estão os concorrentes.
Finalizando: é fundamental para a empresa determinar uma grade de prioridades e começar a agir. A decisão do acompanhamento das prioridades deve ser uma posição da direção da empresa, que deverá dar sustentabilidade e credibilidade ao trabalho a ser desenvolvido.
Só o conhecimento gera a excelência na gestão corporativa. [Webinsider]
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Telma Cunha
Telma Cunha (@Ampla_Mercados), mestranda em Administração PUC/SP, pós-graduada em Administração de Empresas/Faap e Ciências da Computação/USP e bacharel em Estatística/Unicamp. Sócia-diretora da Ampla, consultoria focada em Serviços de Inteligência.