Sua empresa trabalha com inteligência?

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Em 1986, um grupo formado por profissionais de marketing, de agências governamentais e professores universitários fundou, nos Estados Unidos da América, uma associação chamada Society of Competitive Intelligence Professionals (SCIP).

Poderia parecer só mais uma associação – em um país com competição acirrada, inovação em produtos e serviços, mas voltado à alta performance empresarial. Após 21 anos, o tempo mostrou que não se tratava apenas de mais uma associação, mas sim daquela que começou a registrar uma das questões empresariais mais desafiantes para qualquer profissional da atualidade: a competição.

Essa sociedade – ou associação – buscou levar, primeiro para os americanos e, mais recentemente, para outros países, a existência de um conjunto de metodologias, técnicas e modelos de análises para os negócios, chamado Inteligência Competitiva. Na verdade “Competitive Intelligence”, em inglês.

A simples tradução não revela todas as ideias que os fundadores e pensadores acadêmicos têm sobre este tema.

Mas, afinal, o que é Inteligência Competitiva?

Inteligência Competitiva é um programa sistemático de coleta e análise da informação sobre atividades dos concorrentes e tendências gerais dos negócios, visando atingir as metas da empresa, conforme definição de Larry Kahaner, membro da SCIP.

Leonard Fuld, um dos pioneiros nesse campo e um dos fundadores da SCIP, define Inteligência Competitiva como a informação analisada sobre concorrentes que tem implicações no processo de tomada de decisão da empresa.

Para Jan Herring, Inteligência Competitiva é o conhecimento e a previsão do mundo que nos cerca – prelúdio para as decisões e ações do presidente da empresa.

Ben Gilard, outro membro da SCIP, define Inteligência Competitiva como a informação que garante ao tomador de decisão que a empresa ainda é competitiva.

Por que Inteligência Competitiva?

Em A Estratégia do Oceano Azul, W. Chan Kim e Renée Mauborgne comentam:

“Nossas pesquisas confirmam: não existem empresas excelentes para sempre, da mesma maneira que não há setores excelentes o tempo todo. Conforme constatamos em nossa própria trajetória acidentada, todos nós, assim como as empresas, fazemos coisas inteligentes e coisas não tão inteligentes. Para melhorar a consistência de nosso sucesso, precisamos estudar nossas ações de maneira sistemática. Isso é o que chamamos de fazer movimentos estratégicos inteligentes, e descobrimos que o movimento estratégico mais importante é criar oceanos azuis”.

Por isso, Inteligência Competitiva é um componente crucial da emergente economia do conhecimento. Ao analisar os passos de seus concorrentes, essa metodologia permite que empresas antecipem futuras direções e tendências do mercado, ao invés de meramente reagir a elas.

As 500 maiores empresas americanas têm uma área – ou um profissional – para monitorar a concorrência que, na maioria das vezes, tem o nome de Inteligência Competitiva.

No Brasil, cerca de 20% das 500 maiores empresas têm uma área ou profissional dedicado a acompanhar, monitorar e apresentar relatórios de “Inteligência Competitiva”. No entanto, os nomes da função, no Brasil, podem ser: Inteligência Competitiva, Inteligência de Mercado, Serviços de Marketing, Pesquisa e IC, entre outros, com atividades – por vezes – muito diferente das dos colegas americanos.

Mas o crescente interesse pelo tema, por meio de monografias, dissertações e teses de doutorado, além de eventos (cursos, palestras e seminários) que passaram a ser oferecidos, especialmente nos últimos três anos, mostra o crescimento da importância da análise da concorrência no Brasil.

Com isso, o tema Inteligência Competitiva já se faz cada vez mais presente, quando da elaboração de planos estratégicos, planos de marketing, planos de vendas e, principalmente, planos de desenvolvimento de negócios.

Assim, o crescimento de uma empresa de forma sustentável passa, cada vez mais, pela análise do mercado de atuação de seus concorrentes e, acima de tudo, de seus clientes e consumidores.

Ou seja, sem informações mercadológicas aumenta o risco na tomada de decisão por parte dos dirigentes de uma empresa e aumenta o risco de a empresa perder vendas, perder mercado, perder rentabilidade. E, com os movimentos de países como China, Coréia do Sul e Índia, fica claro: o competidor não mora “só” ao lado. [Webinsider]

…………………………

Acompanhe o Webinsider no Twitter e no Facebook.

Assine nossa newsletter e não perca nenhum conteúdo.

Avatar de Alfredo Passos

Alfredo Passos - (@profdrpassos) Partner da Knowledge Management Company, Professor ESPM, Membro da Society of Competitive Intelligence Professionals - SCIP, autor de diversos livros sobre Inteligência Competitiva.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *