As pessoas são os principais ativos das empresas

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Se você é da área de TI, provavelmente já leu algo sobre a experiência de trabalhar na Google. Entre os diferenciais de “bem estar” há vários restaurantes de culinárias diferentes, um tempo reservado para ter ideias e iniciar seus próprios projetos, instalações para a prática de exercícios, entretenimento, relaxamento, etc.

Além da perspectiva de trabalhar ao lado de pessoas brilhantes, essas informações tornam a Google a empresa dos sonhos de muitos profissionais da área. É claro, nem toda companhia tem condições de investir numa infraestrutura desse porte. Contudo, esta não é a questão e sim o motivo por trás dessas iniciativas: a Google busca o bem estar e a felicidade de seus funcionários porque entende que eles são seus principais ativos.

Os ativos de uma empresa constituem o conjunto de bens, marcas, direitos, etc. Compõe seu patrimônio mais seu capital. Ativos são passíveis de gerar mais ativos. Contudo, quem são os principais responsáveis por multiplicar o patrimônio de uma empresa? Você não precisará pensar muito para responder: as pessoas.

São as companhias que percebem as pessoas como seu diferencial estratégico que atualmente lideram, não apenas na área de TI, mas em qualquer outra. E não é muito difícil enxergar isso. Na verdade, é muito simples: profissionais felizes produzem mais e com qualidade e uma empresa que produz mais com qualidade tem garantia de sucesso.

Essa percepção deu origem a várias teorias e estratégias de gestão. Essas se concentram nas pessoas e no que elas podem oferecer às empresas. Todas têm um objetivo comum: o comprometimento genuíno de cada profissional para o sucesso da empresa.

A gestão por competências, a gestão do conhecimento, a educação corporativa e as comunidades de práticas são estratégias de gestão de pessoas que buscam maximizar a aplicação das potencialidades dos profissionais no desenvolvimento do negócio, embora cada uma se concentre num aspecto diferente da relação indivíduo/corporação. Mas como elas funcionam?

Gestão por competências

Se antes a avaliação para a admissão de um profissional era apenas técnica, levando em conta o conhecimento e habilidades do candidato, atualmente as companhias percebem cada vez mais que isso não é o suficiente, identificando agora o perfil comportamental ou atitude do indivíduo como essencial para determinar se ele é apto para determinado cargo. Dessa forma, a palavra “competência” é definida por três características:

  1. Conhecimentos
  2. Habilidades
  3. Atitude – ou CHA.

Foi da necessidade de gerir essa tríade que surgiram ferramentas e metodologias concentradas na gestão de pessoas com foco nas competências.

Gestão do conhecimento

A gestão do conhecimento vê o conhecimento existente na corporação – seja dentro dos processos e departamentos ou mesmo na cabeça das pessoas – como pertencente a ela. Busca organizar e sistematizar a capacidade da organização de captar, analisar, transformar, armazenar, disseminar e gerar informações. Essas informações, por sua vez, geram conhecimento.

Além de democratizar a informação, distribuindo-a e a tornando acessível a todos, o intuito da gestão do conhecimento é aplicar a informação de forma a tornar o conhecimento produzido um ativo da empresa e não mais um mero suporte à tomada de decisão. Além de usar o conhecimento existente dentro da empresa com mais eficácia, a gestão do conhecimento também promove a satisfação profissional, pois quando as pessoas são ouvidas e veem que suas opiniões são valorizadas e usadas para promover o sucesso da empresa sentem-se importantes e trabalham com mais paixão, dedicação e eficiência.

Educação corporativa

A educação corporativa consiste de uma parceria entre um ambiente acadêmico e uma organização. A partir dessa parceria nascem programas cujo objetivo é a formação de profissionais com conhecimento, habilidades e atitude (CHA – a tríade da competência) alinhados às metas estratégicas da organização.

As universidades que funcionam dentro das corporações são chamadas de universidades corporativas. A educação corporativa pode ser vista como um método de treinamento aperfeiçoado. Em vez de se concentrar apenas em habilidades técnicas promove a aprendizagem organizacional, produzindo profissionais não apenas competentes, mas que têm incutida em si a cultura da organização.

Comunidades de prática

As comunidades de prática são ambientes de aprendizado baseados em trocas síncronas ou assíncronas de informação, compostos por pessoas com um interesse comum e cujo objetivo é o aprendizado e a sua aplicação prática. A institucionalização de comunidades de prática que objetivam o desenvolvimento e a aplicação do conhecimento estratégico pode promover a inovação organizacional por meio do aprendizado coletivo.

Por serem comunidades informais constituídas em torno de um tema de interesse, elas não se restringem a um departamento específico, podendo conter profissionais de áreas e até mesmo de companhias e instituições diferentes.

E você? A gestão na sua empresa se concentra nas pessoas e usa alguma estratégia para tirar o máximo delas, ao mesmo tempo em que promove a satisfação profissional e garante a permanência de grandes talentos? Compartilhe sua experiência conosco e gere mais conhecimento! [Webinsider]

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Avatar de Catharina Pinheiro

Catharina Pinheiro (@catharinapin) é tradutora, revisora e redatora. Informações completas aqui: catharinapin.tumblr.com/.

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