Um dia ele criou um blog porque se sentia sozinho em um país estrangeiro.
Com o tempo, o blog se tornou popular e começaram a aparecer convites para publicar nos meios tradicionais.
Essa oportunidade implicou em limitar o acesso do conteúdo dele a “mercados”, dificultando ou inviabilizando o acesso a quem não era atendido pelas estruturas de distribuição.
Um dia, ele cansou e, em 1400 palavras, mandou passear os principais jornais da Espanha, do México e da Argentina. E resolveu abrir uma editora.
Ele se propôs a fazer uma revista trimestral, sem nenhuma publicidade, com duzentas páginas, apenas com a participação das pessoas que ele gostava de ler.
De cara, teve dez mil pré-assinantes. Detalhe: a revista é disponibilizada online, grátis.
Vale a pena conhecer esta história:
[Webinsider]
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Juliano Spyer
Juliano Spyer (www.julianospyer.com.br) é mestre pelo programa de antropologia digital da University College London e atua como consultor, pesquisador e palestrante. É autor de Conectado (Zahar, 2007), primeiro livro brasileiro sobre mídia social.
6 respostas
Para complementar, sugiro a leitura:
http://webinsider.uol.com.br/2012/02/23/como-escrevi-meu-e-book-e-publiquei-na-amazon/
Oi Vladmir, concordo com voce. Mas esse horizonte ainda parece estar um pouco distante. Em que momento voce especula que o impresso sairá de linha? Abraços
Adorei a história narrada no vídeo, mas não sai da minha mente o pensamento sobre o modelo de negócios dele. Hoje em dia as pessoas compram a revista, mas será que continuarão a fazer isso a medida que equipamentos de acesso digital venham a se popularizar cada vez mais?
Se as pessoas puderem ler gratuitamente via tablet, quem comprará a revista quando os tablets estiverem disseminados em vários seguimentos sociais?
Pelo que pude entender o modelo dele está baseado na venda da revista impressa, mas um dia não haverá mais o mercado de revista impressa. Ou existirá apenas numa escala muito menor. O mundo caminha nessa direção.
O seja, um dia o modelo dele precisará ser reinventado.
Caro Leandro, como a revista nao tem “staff” para cuidar de vendas, distribuição, etc, eles tem menos gastos e se mantém apenas com assinantes.
Sem propaganda? Como ele planeja manter a qualidade ao longo do tempo e evitar que um dia as contas não fechem?
Realmente, essa iniciativa precisa ser disseminada no mundo todo! Afinal, o conhecimento só será livre, quando derrubarmos as injustas barreiras fiscais e da ganância.