O Brasil possui atualmente cerca de 224 milhões de celulares ativos (mais do que um aparelho por habitante), dos quais estima-se: 19 milhões são smartphones, ou seja, aparelhos dotados de recursos mais sofisticados, como acesso à internet, sincronização com outros devices e integracão de aplicativos. Em contraponto à tão auspiciosos números, há uma pesquisa realizada pela agência Mowa que aponta que apenas 7,5% das empresas investem em ações de mobile marketing.
De acordo com o estudo denominado “A presença mobile das 500 maiores empresas do país”, o SMS é o recurso mais praticado pelas marcas no Brasil na hora de manter contato com o consumidor, com 29% das citações. Em seguida, aparecem aplicativos para smartphones (21%), sites móveis (17%) e plataformas para tablet (13%). A pouca utilização da tecnologia móvel por parte das companhias pode ser explicada pela falta de conhecimento desse novo mercado repleto de oportunidades.
Mas, ao que tudo indica, é só uma questão de (pouco) tempo para que o mobile marketing passe de tendência à realidade. Com o barateamento dos aparelhos, a chegada dos tablets (já são 200 mil unidades vendidas no Brasil) e a adoração do brasileiro pelas mídias sociais, ter um aplicativo para mobile será tão comum para uma empresa quanto ter um site. E o grande beneficiado com isso será o consumidor, que usufruirá de uma gama mais diversificada e qualificada de produtos e serviços, havendo até a possibilidade de ser bonificado por isso.
O raciocínio para essa previsão é simples: existem hoje disponíveis para download impressionantes 330 mil aplicativos para iPhone e 206 mil para aparelhos Android. Nesse oceano vermelho de ofertas, tão precocemente saturado, as empresas “retardatárias” terão que usar artifícios para destacar seus aplicativos, como proporcionar uma experimentação diferenciada ou descontos e brindes exclusivos para seus usuários. Um exemplo é a Fnac e o seu One Day Shot, que promove produtos com descontos especiais somente para quem tem o software instalado em seu mobile.
O uso de games vinculados às marcas, que premiam os melhores jogadores, também deverá ser uma tendência. O fato é: cada vez mais a telinha de nosso celular será um espaço valioso.
Vale lembrar que o celular está conosco praticamente 24 horas por dia, sendo utilizado como despertador, rádio, televisão, agenda, guia de ruas, device para troca de mensagens, acesso às redes sociais e, pasmem, até como telefone.
As empresas disputarão espaço nos displays dos nossos aparelhos para estampar sua marca e se relacionar conosco. Estar na primeira tela do nosso device será como estar no horário nobre da TV. E quanto mais influente for a pessoa, quanto mais seguidores tiver no Twitter, no Facebook e no Foursquare (aplicativos de geolocalização serão um diferencial) maior a possibilidade dela ser bonificada. [Webinsider]
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Denis Zanini
Denis Zanini (@deniszanini) é consultor, palestrante e CEO da Ynusitado Marketing Digital.
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