Nos últimos três anos, “relevância” ocupou o primeiro lugar nos trending topics do livro de jargões dos profissionais de marketing digital. Este ano “startup” vai tomar esse posto.
Para os publicitários é muito comum que ideias geniais nasçam nos momentos mais inusitados, como enquanto você está lavando a louça, ou até durante um salto de bungee jumping. Sempre que converso sobre o significado de startup, gosto de ilustrar como sendo “o produto concreto de uma conversa de bar”.
Para exemplificar essa situação, lembra que entre a era Mesozoica e a Cenozoica tínhamos uma rede chamada Orkut? Pois bem, aposto que alguma vez, durantes conversas de bar, essas palavras devem ter saído da sua boca:
– Vamos criar a comunidade “Eu amo cerveja”, vai ser um sucesso!
Se você foi pra casa, ligou seu computador, criou a comunidade, personalizou e convidou seus amigos para participar. Você acabou de criar uma startup.
Mas e agora, como saber que seu projeto vai interessar a alguém? A menos que você tenha milhões para investir em propaganda e pesquisa, um bom começo é entender o que as pessoas esperam da sua startup:
Que ela os deixe curiosos
O cinema já faz isso há um bom tempo com seus trailers, a publicidade com teasers e stripers com aquela dancinha antes de tirar a roupa.
Fazer com que as pessoas experimentem sua startup é algo importante, porém criar uma expectativa em torno dela é crucial. Se você conseguir arrancar da maioria “acho que isso vai ser muito bom!˜, então já está bem encaminhado.
Que seja divertida
Se existe algo que cada ser humano compartilha é a vontade de se divertir.
Quer seja atirando pássaros em porcos, fotografando o cotidiano de forma hype, fazendo check-in em locais que você provavelmente nunca iria só para ganhar um cupcake ou até facilitando o pedido de um táxi, o fato de que essas atividades acrescentam algo fora da rotina das pessoas é o que diverte.
Que seja útil
Se você tiver bem definido quem deseja impactar com sua startup, é bem simples identificar algum interesse em comum do nicho e apostar as fichas em algo que supra alguma necessidade. Gerenciadores de gastos, sintetizadores, carteiras virtuais, ferramentas de streaming, entre outras coisas.
Que seja compartilhável
A máxima do buzz marketing de que um cliente satisfeito compartilha sua experiência com no mínimo 10 pessoas ganhou nos últimos anos mais duas variáveis incontestáveis: relevância e facilidade de compartilhamento.
Você acaba de botar no mercado algo que anteriormente não existia – dê ferramentas para que seus usuários possam botar a boca no trombone e dizer para outros milhares de usuários como foi sua experiência.
Mesmo que sejam feedbacks ruins, são justamente estes que vão te ajudar a criar algo que as pessoas gostem e se divirtam. A menos que você queira fazer como Satoru Iwata.
Que seja de graça (ou quase isso)
Por melhor que seja o produto/serviço, melhor mesmo só sendo de graça, não é mesmo? Sempre que possível opte por planos de utilização escaláveis e não restritivos. Atualmente os modelos de remuneração Freemium (Free/Premium), onde a base é gratuita e a aquisição de add-ons é paga, estão se mostrando mais simpáticos e rentáveis nesse universo.
A verdade é que não existe uma forma de agradar sempre todas as pessoas, mas não ignorando as questões acima é uma boa forma de não desagradar.
E você, adicionaria algum item nessa lista? [Webinsider]
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Madsen Lima
Madsen Lima (@madsenlima) é digital strategist na Hanse Ventures, uma incubadora de startups em Hamburg, Alemanha, e mantém o Twenty Weeks.