A batalha do desenvolvimento web: HTML 5 versus Flash

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Não há dúvidas que o HTML 5 é uma estrela em ascensão. Porém, há um certo exagero em afirmar que o Flash deva ser substituido definitivamente. A ideia pode parecer interessante, mas sua insfraestrutura ainda apresenta algumas deficiências, especialmente para a publicidade digital. Os anunciantes também precisar tomar cuidado ao escolher o melhor tipo de mídia para servir as campanhas.

O aumento dos dispositivos que não suportam Flash pressiona as agências a desenvolverem peças publicitárias com HTML 5, evitando assim a criação de múltiplas versões para cada usuário de tablet. Com as diferenças referentes ao tamanho da tela e à entrega de anúncios, o smartphone não passa de um sinal de alerta. Mas no caso dos tablets, existe a oportunidade real em compartilhar os recursos com a versão do anúncio desenvolvida para computadores e laptops.

Sentindo essa pressão, assim como já acontece com o Safari, a Microsoft baniu os plug-ins do Metro, a versão para tablet do IE10, que será incluída no Windows 8. Com a Microsoft e a Apple rejeitando o Flash (e todos os plugins em navegadores) em seus futuros sistemas operacionais, fica claro o motivo pelo qual as agências apostam no HTML 5.

Se você acredita que o avanço dos tablets e a evolução dos sistemas operacionais vão abalar as estruturas da existência do Flash, então, a ascenção do HTML 5 torna-se inevitável. Porém, é melhor considerar: podemos estar perdendo quando os anunciantes buscam maneiras de otimizar a experiência dos consumidores com marcas.

Prós e contras

Enquanto a “caixa-preta” do Flash e os plug-ins de navegadores recebem críticas dos entusiastas pela padronização da internet, há muitas características fortes que ainda devem ser replicadas para o HTML 5. O conteúdo em Flash, por exemplo, é aceito por diversos navegadores e pode, inclusive, ser carregado dentro de outros conteúdos em Flash, como players de vídeo. Embedado na página, o conteúdo do plug-in não interage com o conteúdo externo. O conteúdo fechado dos plug-ins torna o conteúdo visualmente consistente onde quer que seja exibido. O conteúdo do HTML 5, por sua vez, está sujeito às diferenças de layout de plataformas e navegadores.

O design do Flash e as ferramentas de desenvolvimento já estão bem amadurecidas e repletas de funcionalidades. Além do Flash por si só, você tem à disposição o Flash Builder e uma série de ferramentas de desenvolvimento, como o FDT. O formato Flash também possui opções excelentes de integração com softwares de design: Photoshop, Illustrator e Fireworks. Essa integração permite aos designers partirem de um layout com múltiplas camadas para um conteúdo interativo. Além disso, é mais simples trabalhar com vetores do Flash que com qualquer outra ferramenta de HTML 5 disponível atualmente. Dessa forma, é possível obter apenas um arquivo binário com extensão swf ao invés de um diretório cheio de scripts, reduzindo a complexidade de colocar em produção seu trabalho final.

Embora muito já tenha sido feito para solucionar algumas questões referentes à performance do Flash para publicidade mobile, um player multimídia nesse formato para PCs permanece superior ao HTML 5 em termos de performance e funcionalidades suportadas. Vídeo em tela cheia, utilização de webcam e streaming de vídeo são apenas algumas das funcionalidades que o HTML 5 ainda não suporta. E quando analisamos o aúdio, a equação fica mais desequilibrada. Tanto no caso do áudio como do vídeo, há uma confusão generalizada sobre os formatos suportados por browsers e dispositivos.

Finalmente, a experiência com Flash é otimizada para a audiência, graças à instalação instantânea do Flash Player (além das atualizações automáticas). Por outro lado, as funcionalidades do HTML 5 para Rich Media são amplamente confiáveis em diretórios JavaScript baixados – semelhante a baixar o Flash Player cada vez que quiser visualizar o conteúdo em Flash.

Para aprimorar a experiência do usuário, os desenvolvedores de navegadores, sistemas operacionais, novos dispositivos e ferramentas de autor para HTML 5 devem trabalhar juntos para conseguirem diminuir as lacunas operacionais entre ele e o Flash. A diferença entre os dois formatos fica evidente quando pensamos em publicidade online. Nesse caso, seções concisas de perguntas & respostas e tempo otimizado de download são preocupações fundamentais.

Então por que não se inicia esse processo de aprimoramento com a instalação de uma lista com todos os arquivos necessários para ativar as funcionalidades do Flash em cada navegador? Ou, melhor ainda, que tal manter esse diretório online onde você possa fazer atualizações sempre que precisar?

Portanto, exceto pelos disparates técnicos, por que tudo isso é relevante para os profissionais de marketing digital?

Em primeiro lugar, enquanto muito tem sido feito para o HTML 5 deslanchar, ainda não existe uma configuração ou cobertura dos navegadores para substituir o Flash como uma solução geral para Rich Media. Então, a melhor saída é utilizar o HTML 5 para alcançar uma audiência específica, como usuários de tablets, ou em conjunto com um criativo em Flash.

Em segundo lugar, o HTML 5 é menos padronizado, portanto, a produção torna-se mais complicada – prepare-se para pagar mais pela produção criativa e participar de mais rodadas de perguntas & respostas.

Em terceiro lugar, a tecnologia ainda está em desenvolvimento – prepare-se para explorar a evolução do formato e se esforce para conseguir alcançar um nível de conforto com HTML 5 similar àquele que você já conhece ao utilizar o Flash.

Concordo que essa nova versão do HTML seja uma boa alternativa, mas ainda falta muito para substituir o Flash por completo. Para que esse formato continue amplamente livre na internet (por exemplo, com suporte a anúncios), a comunidade que utiliza HTML 5 e as empresas que conduzem sua adoção devem garantir à próxima geração de designers e desenvolvedores de publicidade Rich Media que a tecnologia converta-se em uma plataforma verdadeiramente viável. [Webinsider]

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Avatar de Michael Tuminello

Michael Tuminello é gerente sênior de marketing de produtos na MediaMind.

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